• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O nosso futuro está ameaçado. Artigo de Leonardo Boff

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Julho 2023

"A situação atual representa antes um desafio que um desastre inevitável, a travessia para um patamar mais alto e não fatalmente um mergulho na autodestruição. Estaríamos, portanto, num cenário de crise de paradigma civilizacional e não de tragédia", escreve Leonardo Boff, teólogo, filósofo e escritor. 

Eis o artigo. 

Um fato que tem provocado muitos cientistas, especialmente biólogos e astrofísicos, a falarem do eventual colapso da espécie humana é o caráter exponencial da população. A humanidade precisou de um milhão de anos para alcançar, em 1850, um bilhão de pessoas. Os espaços temporais entre um crescimento e outro diminuem cada vez mais. De 75 anos (de 1850 a 1925) passaram para cada 5 anos atualmente. Prevê-se que por volta de 2050 haverá dez bilhões de pessoas. É o triunfo inegável de nossa espécie.

Lynn Margulis e Dorion Sagan, no conhecido livro Microcosmos (1990), afirmam, com dados dos registros fósseis e da própria biologia evolutiva, que um dos sinais do colapso próximo de uma espécie é sua rápida superpopulação. Isso pode ser visto com micro-organismos colocados na cápsula de Petri (placas redondas de vidro com colônias de bactérias e nutrientes). Pouco antes de atingirem as bordas da placa e se esgotarem os nutrientes, multiplicam-se de forma exponencial e de repente todas morrem.

Para a humanidade, comentam eles, a Terra pode mostrar-se idêntica a uma cápsula de Petri. Com efeito, ocupamos quase toda a superfície terrestre, deixando apenas 17% livre, por ser inóspita como os desertos e as altas montanhas nevadas ou rochosas. Lamentavelmente de homicidas, genocidas e ecocidas nos fizemos biocidas.

O eminente biólogo Edward Wilson atesta, em seu instigante livro O futuro da vida (2002, p. 121): O homem até hoje tem desempenhado o papel de assassino planetário… a ética da conservação, na forma de tabu, totemismo ou ciência, quase sempre chegou tarde demais; talvez ainda haja tempo para agir.

Vale citar ainda dois nomes da ciência que possuem grande respeito: James Lovelock, que elaborou a teoria da Terra como Superorganismo vivo, Gaia, com um título forte: A vingança de Gaia (2006). O autor é contundente: até o fim do século 80% da população humana desaparecerá. Os 20% restantes vão viver no Ártico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva… quase todo o território brasileiro será demasiadamente quente e seco para ser habitado” (Veja, Páginas Amarelas, 25-10-2006). O outro notável é o astrofísico inglês Martin Rees, que ocupa a cátedra de Newton (Hora final, 2005). Ele prevê o fim da espécie antes do fim do século XXI.

Carl Sagan, já falecido, via no intento humano de demandar à Lua e enviar naves espaciais como o Voyager para fora do sistema solar como manifestação do inconsciente coletivo que pressente o risco de nossa próxima extinção. A vontade de viver nos leva a cogitar formas de sobrevivência para além da Terra.

O astrofísico Stephen Hawking falava da possível colonização extrassolar com naves, espécie de veleiros espaciais, propelidas por raios laser que lhes confeririam uma velocidade de 30 mil quilômetros por segundo. Mas, para chegar a outros sistemas planetários, teríamos que percorrer bilhões e bilhões de quilômetros de distância, necessitando muitos e muitos anos de tempo. Ocorre que somos prisioneiros da luz, cuja velocidade de 300 mil quilômetros por segundo e é até hoje insuperável. Mesmo assim, só para chegar à estrela mais próxima – a Alfa do Centauro – precisaríamos de 43 anos, sem ainda saber como frear essa nave a esta altíssima velocidade.

Naturalmente, precisamos ter paciência para com o ser humano. Ele não está pronto ainda. Tem muito a aprender. Em relação ao tempo cósmico possui menos de um minuto de vida. Mas com ele, a evolução deu um salto, de inconsciente se fez consciente. E com a consciência pode decidir que destino quer para si. Nesta perspectiva, a situação atual representa antes um desafio que um desastre inevitável, a travessia para um patamar mais alto e não fatalmente um mergulho na autodestruição. Estaríamos portanto num cenário de crise de paradigma civilizacional e não de tragédia.

Mas haverá tempo para tal aprendizado? Tudo parece indicar que o tempo do relógio corre contra nós. Não estaríamos chegando tarde demais, tendo passado já o ponto de não retorno? Mas como a evolução não é linear e conhece frequentes rupturas e saltos para cima como expressão de maior complexidade e como existe o caráter indeterminado e flutuante de todas as energias e de toda a evolução, consoante a física quântica de W. Heisenberg e de N. Bohr, nada impede que ocorra a emergência de um outro patamar de consciência e de vida humana que salvaguarde a biosfera e o planeta Terra.

Essa transmutação seria, segundo Santo Agostinho, em suas Confissões, fruto de duas grandes forças: de um grande amor e de uma grande dor. É o amor e a dor que têm o condão de nos transformar inteiramente. Desta vez mudaremos por uma imenso amor à Terra, nossa Mãe e por uma grande dor pelas penas que está sofrendo e da qual a inteira humanidade participa.

Leia mais

  • A justa medida pode salvar a vida e o planeta Terra. Artigo de Leonardo Boff
  • Um “racismo amador” ou um racismo cultural. Artigo de Leonardo Boff
  • Se Deus existe como as coisas existem, então Deus não existe. Artigo de Leonardo Boff
  • Sexta Extinção em Massa das Espécies
  • O que esperar da sexta extinção em massa de espécies?
  • “Estamos diante da possibilidade real de uma sexta extinção em massa”, afirma David Attenborough
  • Sexta extinção em massa na Terra ameaça mais de meio milhão de espécies
  • James Lovelock, pai da teoria de “Gaia”, morre aos 103 anos
  • Carl Sagan – infelizmente – tinha razão
  • “Este século difícil pode nos levar a uma regressão global”. Entrevista com Martin Rees
  • “Esta crise nos interroga sobre as nossas verdadeiras necessidades mascaradas nas alienações do cotidiano.” Entrevista com Edgar Morin
  • O humano além do humano: o infinito a um passo do nada
  • Catástrofe climática: a Terra inóspita e inabitável
  • É possível o fim da espécie humana?

Notícias relacionadas

  • A humana é uma “espécie anômala” - explodiu os mecanismos espontâneos de autorregulação das populações animais que habitam o nosso pequeno e frágil planeta. Entrevista especial com Giuseppe Fumarco

    LER MAIS
  • Informe da ONU sobre o clima. ‘É fundamental que os governos tomem ações’. Entrevista com Carlos Rittl

    Carlos Rittl,  secretário-geral do Observatório do Clima, comenta o novo informe da Organização das Nações Unidas. A entre[...]

    LER MAIS
  • Eduardo Viveiros de Castro: ‘O que se vê no Brasil hoje é uma ofensiva feroz contra os índios’

    LER MAIS
  • FSC Friday: Cuidando do começo da vida

    “Se mudarmos o começo da história, mudamos toda a história”. Essa é uma das frases que fazem parte do documentário “O c[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados