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Os perigos da mineração em águas profundas do Pacífico

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26 Junho 2023

A comunidade científica alerta para os perigos que envolveria a mineração na região Clarion-Clipperton, entre o México e o Havaí, que se tornou alvo de empresas devido ao aumento global da demanda por cobalto e níquel.

O artigo é de Sophia Marencik e David E. Guggenheim, cientistas marinhos da organização Ocean Doctor, publicado por Esglobal, 23-06-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Enquanto celebramos o Dia Mundial dos Oceanos [8 de junho], El Niño está aumentando as temperaturas da superfície do mar a níveis sem precedentes e, agora, os fundos marinhos enfrentam uma nova ameaça: a mineração em águas profundas está cada vez mais próxima.

Existem inúmeras empresas muito interessadas em extrair terras raras dos depósitos localizados em nódulos por todo o solo marinho. Esses minerais são um componente fundamental de tecnologias como smartphones, veículos elétricos e turbinas eólicas. Embora sempre tenham sido obtidos de minas terrestres, justamente agora que sua demanda está aumentando, as reservas estão diminuindo.

O primeiro pedido de arrendamento de uma área de solo marinho para fins de exploração está previsto para muito em breve, no mês de julho. Contudo, as preocupações da comunidade científica provocaram uma reação contra as partes interessadas e levaram vários setores industriais e países a boicotar essa atividade. No entanto, apesar da polêmica, não parece que o processo será interrompido.

As profundezas marinhas constituem um dos ecossistemas mais extremos, remotos e misteriosos da Terra. Embora em outros tempos se pensasse que eram desprovidas de vida, as pesquisas mais recentes apontam que, na realidade, esse bioma aparentemente inóspito pode abrigar uma biodiversidade surpreendente.

Recentemente, foram descobertas mais de 5.000 novas espécies que habitam a região Clarion-Clipperton (CCZ, em inglês), uma fratura submarina a oeste do México que se tornou um alvo crucial para a prospecção do solo marinho. Os pesquisadores estimam que de 88% a 92% das espécies presentes nela ainda podem ser descobertas. Muitas delas, provavelmente, oferecerão grandes possibilidades medicinais.

Os organismos das águas profundas, que têm uma grande e muito difícil capacidade de adaptação biológica, impulsionam novos e apaixonantes avanços farmacêuticos no tratamento do câncer, doenças infecciosas e até mesmo do mal de Alzheimer. Muitas espécies nesses ambientes submarinos não existem em nenhum outro lugar da Terra. Alterar um habitat pode significar o perigo de extinção para espécies inteiras.

Até agora, o solo marinho nunca foi explorado. Com poucos ou nenhum teste prévio, a extração apresenta riscos desconhecidos para os ecossistemas das profundidades marinhas. Os pesquisadores preveem que os efeitos serão imensos. Existe o risco de que a maquinaria equipada com luzes potentes cegue organismos adaptados a viver sem sol.

Por outro lado, o barulho gerado pela perfuração se somará à cacofonia da poluição acústica antropogênica que já se estende por todo o oceano. Além disso, os sulcos abertos no solo marinho podem afetar as comunidades microbianas bentônicas, que desempenham um papel fundamental no ciclo marinho do nitrogênio, o que prejudicaria a produtividade das águas próximas e representaria um grave risco econômico para as empresas pesqueiras mexicanas e centro-americanas.

A extração e o processamento desses minerais podem gerar colunas de sedimentos tóxicos capazes de percorrer grandes distâncias pelo mar, soterrar recifes de coral e turvar a água. Os cientistas estão só começando a identificar esses riscos, então, ainda não formularam hipóteses sobre como mitigá-los.

Com a nossa atual ignorância sobre os impactos da mineração em águas profundas, é provável que avançar com os planos de exploração provavelmente colocará em risco a existência de milhares de biotas dos fundos marinhos e de inúmeros organismos desconhecidos, antes mesmo de termos a oportunidade de descobri-los. Dado esse risco, os cientistas estão pedindo às empresas que aguardem para perfurar o solo marinho até a capacidade de resistência do ecossistema e todos os perigos associados passarem por um estudo mais a fundo.

Algumas empresas, entre elas, Google, Volkswagen, Samsung e Volvo, prometeram não comprar e nem obter vantagens com minerais procedentes do solo marinho. No Hemisfério Ocidental, Chile, Costa Rica, Equador e Panamá pediram que, como medida cautelar, os planos sejam suspensos.

Apesar dessas reações contrárias, a organização encarregada de regular as extrações, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, em inglês), não tomou nenhuma providência para deter, nem mesmo impedir, esse processo. A ISA é uma organização intergovernamental que tem duas tarefas contraditórias: regular a exploração mineira dos solos marinhos e proteger o ecossistema das profundezas.

Criada em 1982 sob os auspícios da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), a organização é responsável por gerenciar a extração de recursos em todas as áreas do solo marinho localizadas fora das jurisdições nacionais, ou seja, mais de 50% dos fundos marinhos do planeta. Apesar de estar vinculada à Organização das Nações Unidas, a ISA não é obrigada a acatar muitas das políticas aprovadas pela ONU, desde a sua criação. Por exemplo, o recente Tratado do Alto Mar, que em suas diretrizes estabelece o Princípio da Precaução e, portanto, reafirma a preferência pela cautela e a revisão quando surgem situações de consequências desconhecidas.

Ainda que a ISA, em teoria, deve ser imparcial, não se importou nenhum pouco com as preocupações da comunidade científica. A ISA recebe nada menos do que 500.000 dólares por cada contrato de exploração que aprova, o que sugere que existe um possível conflito de interesses econômicos.

Há muitos cientistas preocupados com a falta de imparcialidade da ISA e de seus dirigentes. Ao mencionar essa inquietação pelo meio ambiente, o secretário-geral da ISA, Michael Lodge, respondeu: “Quando você passa a vida estudando os vermes que vivem nos nódulos, você se apega a eles. E me parece que as árvores não os deixam ver a floresta”.

No entanto, é pouco provável que os vermes que vivem nos nódulos das profundezas marinhas sejam os únicos organismos afetados pela mineração: os efeitos serão notados em todo o oceano e no mundo inteiro.

A pressa em começar a exploração mineira dos fundos marinhos não tem justificativa e é perigosa. Muitas das áreas que se pretende explorar estão praticamente inexploradas e as consequências desta atividade são desconhecidas e imprevisíveis. A ciência sempre se mostrou limitada quando se trata de calcular a biodiversidade dos oceanos.

Por exemplo, um estudo recente revela que os cientistas subestimaram drasticamente a biodiversidade microbiana do oceano e que apenas 99 recifes de coral do Pacífico abrigam mais micróbios do que todo o planeta. Ainda estamos a tempo de deter esse processo de degradação e salvaguardar outras descobertas oceânicas semelhantes no futuro.

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