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Francisco, Yorio e Jalics: memória difícil. Artigo de Francesco Strazzari

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11 Mai 2023

Totalmente exonerado por Jalics (Yorio faleceu em 2000) Francisco não nega o "distanciamento" com Jalics nem mesmo em sua última conversa ("vi que ele sofria porque não sabia como falar comigo") e ressalta: "As feridas daqueles anos ficaram em mim e nele". Em geral, "a situação que se vivia na Argentina era confusa e não estava claro o que deveria ser feito". Francesco Strazzari reconstrói o clima com base em seus contatos nas viagens à Argentina (red.).

O artigo é do cientista político italiano Francesco Strazzari, professor de Relações Internacionais na Scuola Universitaria Superiore Sant’Anna, em Pisa, na Itália, publicado por Settimana News, 10-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

No diálogo com os coirmãos jesuítas durante a viagem a Budapeste (cf. Civiltà Cattolica 9 de maio de 2023), em 29 de abril, o Papa Francisco respondeu a uma incômoda pergunta sobre dois jesuítas que, à época de seu provincialado na Argentina (1973-1979), foram presos, torturados e, depois de alguns meses, libertados: Orlando Yorio e Ferenc Jalics.

Ferenc Jalics. (Reprodução | Settimana News)

“Espalhou-se a lenda de que fui eu quem os entregou para serem presos. Saibam que no mês passado a Conferência Episcopal Argentina publicou dois volumes dos três previstos com todos os documentos relativos ao ocorrido entre a Igreja e os militares. Encontrarão tudo lá." "Fiz o que achei necessário fazer para defendê-los".

Totalmente exonerado por Jalics (Yorio faleceu em 2000) Francisco não nega o "distanciamento" com Jalics nem mesmo em sua última conversa ("vi que ele sofria porque não sabia como falar comigo") e ressalta: "As feridas daqueles anos ficaram em mim e nele". Em geral, "a situação que se vivia na Argentina era confusa e não estava claro o que deveria ser feito". Francesco Strazzari reconstrói o clima com base em seus contatos nas viagens à Argentina (red.).

Também sob a breve presidência de Isabelita Peron (1974-1976) aconteceram sequestros e desaparecimentos nos bairros pobres. Já antes do golpe de estado (24 de março de 1976), que deu início à impiedosa ditadura, na igreja de Santa Maria Madre del Pueblo, o pároco Rodolfo Ricciardelli, uma das figuras mais carismáticas e atuantes do movimento dos padres "terceiromundistas", juntamente com os padres Jorge Venazza e Carlos Mugicas (assassinado em 1974), percebeu o perigo de continuar trabalhando nos blocos do bairro.

Ali atuavam militantes de distintos setores. Entre eles estavam os jesuítas Orlando Yorio e Ferenc Jalics. Bergoglio tinha conhecido Yorio no início dos anos 1960 no Colégio Maximo. Fora seu professor nos dois anos de teologia. Conheceu Jalics no mesmo lugar e na mesma época.

Os jesuítas na ditadura militar

Bergoglio não compartilhava suas posições e atividades. Há tempo havia se distanciado, causando mal-estar na Companhia argentina. Superior em 1973, aos 36 anos, não era a favor de que os jesuítas se envolvessem em questões políticas. Os dois jesuítas - havia também outros - tinham-se orientado para os pobres com atividades pastorais, que tinham uma finalidade muito específica, marcadamente evangélica.

Foto: Reprodução | Settimana News

Eles moravam no bairro de Rivadavia e eram muito ativos no movimento "Peronismo de Base" (PB). Quando aconteceu o golpe de estado, os dois com o padre Luis Dourron não tinham mais as autorizações necessárias para exercer o ministério. A Companhia de Jesus havia decidido dissolver a comunidade do bairro de Rivadavia, permitindo-lhes celebrar missa até ingressarem em outra congregação ou incardinados em alguma diocese.

Jalics e Yorio não ficaram satisfeitos com a solução, na verdade tiveram uma reação muito dura. Dentro do Colégio, discutiu-se com Bergoglio durante um ano inteiro, permanecendo em posições distantes. O próprio Bergoglio em uma audiência de 2010 divulgou que os dois pediram para sair da Companhia. O pedido foi encaminhado a Roma.

Yorio e Dourron foram dispensados da Companhia em 19 de março de 1976, enquanto Jalics optou por permanecer. Dourron foi incardinado na diocese de Morron, enquanto Yorio ficou à espera. Bergoglio declarou na audiência: "Eu ofereci a eles para morar na cúria provincial junto comigo, os três".

Sequestros e tensões

De 11 a 23 de maio de 1976, grupos ligados às forças armadas da ditadura invadiram as casas de militantes e moradores do bairro de Rivadavia e Flores. Yorio e Jalics, que tinham contatos com o "peronismo de base", também foram sequestrados.

“Meu primeiro sentimento – Bergoglio relatará mais tarde – era que eles seriam libertados imediatamente porque não tinham nada do que serem acusados. Além disso, eu estava convencido de que não era uma operação para procurar somente eles, mas que era uma blitz no qual eles caíram”. Os militares sequestraram os dois jesuítas porque eram próximos de um grupo de jovens leigos, sequestrados dias antes e porque pretendiam limpar a igreja dos padres "terceiromundistas", que eles consideravam comunistas, como demonstram os assassinatos dos párocos palotinos de São Patrício no bairro de Belgrano e de outros no mesmo ano”.

É impiedosa a avaliação de Horacio Verbitsky em sua obra: Historia política da la Iglesia Catolica (III vol.). Criticando duramente a atuação de Bergoglio, afirmava que havia se proposto expurgar a Companhia dos "jesuítas canhotos".

Únicos sobreviventes

Após quase seis meses de sequestro, Yorio e Jalics se encontraram em um campo na localidade de Canuelas em outubro. Eles estavam completamente nus. Yorio ligou para Bergoglio e o informou sobre a libertação. Eles haviam cursado a Escola de Mecânica do Exército junto com outros detentos e depois haviam sido transferidos para uma localidade que não conseguiram identificar.

Orlando Yorio. (Foto: Reprodução | Settimana News)

Bergoglio se empenhou para que o secretário da nunciatura ajudasse Yorio a obter autorização para ser incardinado na diocese de Quilmes. Depois ele foi enviado a Roma para estudar direito canônico. Jalics foi para os Estados Unidos, onde morava sua mãe.

Yorio faleceu em 2000 em Montevidéu, onde trabalhava na paróquia de Santa Bernadete. Bergoglio manteve contato com Jalics ao longo dos anos. Em 1978, Jalics encontrou hospitalidade no mosteiro de Wilhelmsthal, no sul da Alemanha. Depois mudou-se para Budapeste em 2017, onde morreu de Covid em 2021.

Em 15 de março de 2013, emitiu uma declaração muito importante e esperada: “Anos depois, tivemos a oportunidade de conversar com o padre Bergoglio sobre o que havia acontecido. Depois, celebramos a missa junto com as pessoas e nos abraçamos solenemente. Estou reconciliado com os acontecimentos e considero a questão encerrada".

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