09 Fevereiro 2023
Dois de seus amigos se referem a alguns dos últimos pensamentos do cardeal, até então inéditos: ele estava chateado com a forma como os funerais de Bento foram conduzidos.
A reportagem foi publicada por Gaudium Press, 02-06-2023.
“Em particular, ele poderia ser duro com a falta de respeito pelos mortos, como havia sido em nossa última conversa, na noite anterior à sua entrada no hospital [onde seria operado no quadril, pelo que iria morrer]. Naquela ocasião, ele estava chateado porque o Vaticano havia permitido a abertura de lojas durante o funeral do Papa Bento XVI. na Praça de São Pedro, o pobre sermão do Papa Francisco sobre seu predecessor, a omissão do cânon romano em favor de outra oração eucarística e os burocratas da cúria dificultando a concelebração dos padres.
Por sua vez, Pe. Frank Brennan, depois de recordar o papel significativo desempenhado pelo cardeal australiano nos dois últimos conclaves, afirmou que "apesar de ter mais de 80 anos e não poder votar, esperava ter uma influência decisiva na determinação do resultado do próximo. Em um almoço em Roma, algumas semanas atrás, ele me assegurou que o próximo conclave não estava longe." Essa vontade de influenciar teria sido decisiva para impedir a operação na Austrália, já que “não queria correr o risco de estar do outro lado do mundo depois da operação e antes do conclave”.
O jornalista do Il Giornale declara que também é testemunha dos pensamentos do cardeal Pell: “quem escreve aqui pode confirmar ambas as revelações: é verdade, segundo Livingstone, que os métodos de gestão do funeral de Bento XVI perturbaram o cardeal como é verdade que, apesar dos conselhos de amigos e conhecidos para operar em seu país de origem ou pelo menos em Londres, Pell quis firmemente permanecer em Roma porque estava convencido de que um possível conclave poderia ser realizado a qualquer momento”, expressa Spuntoni.
