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Viagem às grutas onde Jesus nasceu. Artigo de Gianfranco Ravasi

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19 Dezembro 2022

Belém. Nas cavernas sob a Basílica da Natividade não está apenas a estrela que indica o local onde nasceu o Menino. Há também a gruta atribuída aos Magos e aquela em que São Jerônimo rezava e jejuava.

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, publicado por Il Sole 24 Ore, 18-12-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

Quando menino, sonhava com duas coisas. Uma gruta e uma caneta-tinteiro com muitas folhas em branco. Mas a gruta que pedia para o Natal (o presépio caseiro já não me satisfazia mais) não era uma caverna qualquer em algum lugar dos meus condados. Eu realmente imaginava justamente Belém, pois me haviam contado que tinham muitas grutas por lá. Então sonhava com essa dupla sorte: morar onde havia nascido Jesus, onde o Natal era perpétuo... Um ano ganhei de presente, antecipado, a caneta-tinteiro. Mas não a gruta, tive que desistir da viagem. Um padre que andava por casa, sabendo daquele meu projeto, disse rindo que eu queria realmente imitar São Jerônimo...”.

Era junho de 1986 e, ao meu lado, na gruta conhecida como "de São Jerônimo" em Belém, o escritor Luigi Santucci anotava essas linhas autobiográficas que entrariam então, no ano seguinte, no livro Pellegrini in Terrasanta (ed. Paoline) que compusemos a quatro mãos. Era uma espécie de duplo guia em cujas páginas, espelhadas, aparecia a sua história e a minha descrição histórico-arqueológica daqueles lugares bíblicos. Assim, pensei em conduzir idealmente, como havia feito então com o autor do Orfeu no paraíso, os leitores por aquela rede de grutas que se ramificam sob a grandiosa basílica bizantina da Natividade em Belém. Mas primeiro vamos subir o rio da história, recriando uma história antiga.

Ele estava prestes a ordenar a seus soldados que usassem as tochas incendiárias e as bestas quando seu olhar caiu sobre a fachada daquele templo cristão que ele queria destruir. Lá em cima, eram retratados em mosaicos três personagens vestindo as mesmas roupas de gala que ele. Ele então cancelou o ataque, deixando de pé justamente aquela basílica que mencionamos acima. Era 614, quando essa espécie de milagre aconteceu, e aqueles três personagens eram os magos que levavam seus dons ao recém-nascido Jesus, enquanto o aspirante destruidor era o rei persa Cosroe. Dentro daquela igreja, construída em 330 por Helena, mãe de Constantino, radicalmente reestruturada em 531 por Justiniano e recentemente restaurada em sua estrutura, nos mosaicos e afrescos das naves, existem duas escadas paralelas que conduzem precisamente à Gruta da Natividade de Cristo.

É hoje gerida pelos ortodoxos gregos: sob o altar uma estrela de prata, que passou por atormentadas aventuras devido ao escasso ecumenismo existente no passado entre as várias confissões cristãs com o relativo acompanhamento de afiadas disputas, ostenta esta inscrição latina: Hic de Virgine Maria Jesus Christus.

É, portanto, a indicação tradicional do lugar do nascimento de Jesus. Ao lado dessa gruta abre-se outra confiada aos franciscanos, e é aquela simbolicamente atribuída aos Magos que vieram do Oriente (Mateus 2,1-12 ) e diversamente identificados pelos estudiosos: comerciantes de especiarias, aromas e metais preciosos, fiéis persas zoroastrianos, astrônomos ou astrólogos babilônicos... Eles, como vimos, séculos depois salvaram aquela basílica e a memória do Natal de Belém.

Mas surge espontaneamente uma pergunta: Jesus realmente nasceu naquela ou em outra gruta? Não podemos entrar na questão extremamente complicada do "primeiro censo" ordenado pelo governador romano da Síria, Quirino, que o evangelista Lucas adota como coordenada histórica para a data daquele nascimento. É possível que fosse, porém, um recenseamento "étnico" em que os diversos sujeitos da província imperial da Judeia deviam se registrar na sede de origem do seu clã. Foi por isso que, de Nazaré na Galileia, o casal Maria e José (ele era de descendência davídica) teve que se mudar para Belém, cidade natal do rei Davi.

Eis a parca anotação topográfica de Lucas: “E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na katályma" (2,6-7). Deixamos a palavra grega usada pelo evangelista: indica um "quarto ou sala" para ser usado como acomodação. É interessante notar que Lucas usa o mesmo termo para definir o Cenáculo onde Jesus realizará sua última ceia pascal (22,11). Para compreender bem a tipologia, é necessário voltar à planta dos edifícios residenciais populares da época, de modo a justificar a surpreendente presença de uma “manjedoura” (phátne).

As casas modestas consistiam essencialmente de dois cômodos: de um lado, o katályma, a vasta sala dividida em sala de jantar e setor "noite"; por outro lado, abria-se um espaço construído ou escavado na rocha, se fosse numa colina (Belém fica a 777 metros), que servia de estábulo para os animais e também de abrigo para parar e dormir durante o intenso frio do inverno. Isso explica a presença não só da manjedoura, mas também do boi e do jumento, acrescentados pela tradição popular mas desconhecidos do Evangelho. A José e sua esposa grávida os parentes só puderam atribuir aquele lugar secundário, não havendo lugar para eles no katályma, o alojamento principal, talvez também considerando a superlotação daqueles dias de recenseamento.

A fascinante tradição do presépio criado por São Francisco em Greccio, em 1223, tornou a gruta mais realista e pitoresca que, como vimos, poderia ter um fundamento real. Neste ponto, porém, gostaríamos de reservar uma menção também a ironia bem-humorada daquele sacerdote que lembrou ao pequeno Luigi Santucci a figura de São Jerônimo. Como se sabe, o famoso santo dálmata, tradutor da Bíblia para o latim (a Vulgata) viveu por 36 anos, de 386 até sua morte, em Belém, estabelecendo dois mosteiros, um masculino e outro feminino (com Paula e Eustáquio, mãe e filha, nobres romanas descendentes dos Gracos).

A tradição atribui-lhe ainda na mesma zona uma gruta onde se retirava para rezar, jejuar e estudar e que hoje se encontra adaptada como capela. É natural evocar a iconografia do santo ambientada naquele ambiente rústico. Fazemos isso com uma famosa pintura a óleo de Leonardo da Vinci, localizada na sala IX da Pinacoteca do Vaticano, um painel de pouco mais de um metro de altura e 74 cm de largura, deixado pelo artista em estado de esboço executado por volta de 1482. Rocambolesca foi sua descoberta por um tio de Napoleão, o cardeal Joseph Fesch (1763-1839).

Ele havia identificado a parte inferior adaptada como tampa para um baú em uma loja de móveis usados em Roma, enquanto a parte superior havia sido encontrada como o assento de um banquinho de seu sapateiro. Talvez a história narrada pelo cardeal tenha um perfil lendário; o fato é que os estudiosos estão convencidos de que a mesa foi cortada em cinco pedaços! Jerônimo aparece ali com o corpo encovado, ajoelhado, emaciado pelo jejum, segurando uma pedra para bater no peito. Na face já se vislumbram os ossos com olhos ardentes e suplicantes afundados nas cavidades, enquanto aos pés está agachado com as mandíbulas escancaradas quase em admiração, o leão, símbolo tradicional desse santo rude e veemente.

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