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Aquele fim que nos torna tão humanos

Foto: Carlos Sueli / unsplash

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14 Outubro 2022

 

"A experiência do fim continua a ser uma experiência própria da vida. É uma encruzilhada que nos confronta: por um lado, o devir do tempo impõe sua lei inexorável. Aqui novamente podemos evocar as palavras de Eclesiastes: viemos do pó e ao pó estamos destinados a retornar sem escapatória. Mas, por outro lado, o próprio pó, como ensina a extraordinária arte de Giorgio Morandi e Claudio Parmiggiani, é algo que permanece no transcorrer do tempo", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pávia e de Verona, em artigo publicado por La Repubblica, 12-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Ao contrário dos animais, a morte é uma experiência que marca toda a nossa vida. Por isso é importante que seja digna. A experiência do fim começa desde o início, pode-se dizer, sem abusar muito do jogo de palavras. É, de fato, já com seu primeiro suspiro que a vida começa a morrer. É nossa inevitável condição de finitude, é nossa condição de seres mortais.

 

Como recordava o Eclesiastes bíblico, a vida é apenas um breve sopro de vento entre dois nada: o que precede a nossa vinda ao mundo e o que acompanha o nosso fim. Deste ponto de vista, todo ser vivo compartilha a morte como seu destino final. Mas a morte para os seres humanos, como lembrava Heidegger, não deve ser entendida de forma alguma como a última nota que fecharia a melodia da existência, mas como "uma iminência sobrejacente".

 

Os animais como as folhas de uma árvore perecem, mas não carregam em suas vidas a consciência de seu destino finito, não conhecem a iminência sobrejacente da morte. A vida deles é uma vida cheia de vida, vida abençoada, vida eterna. Pelo contrário, a forma de vida humana é afetada desde sua origem pelo seu fim, não pode subtrair-se da presença da morte já em vida.

 

Na verdade, a morte não é apenas a nossa morte ou a morte dos outros, mas é uma experiência que encontramos em nossa vida sempre que somos confrontados com o trauma da perda. Por esta razão, Freud concebia a existência humana como o resultado de uma série contínua de separações: da vida intrauterina, do seio, da presença da mãe, do próprio núcleo familiar. Cada vez que a vida avança, está fadada a perder uma parte de si mesma. Hegel também se recordava disso à sua maneira: a condição para um broto nasça da terra é a morte da semente. Só os animais ou os deuses, como reconhecia Aristóteles, escapam à falta que distingue o nosso ser mortal. Nesse sentido, nosso fim já é anunciado desde o início.

 

No entanto, a experiência do fim continua a ser uma experiência própria da vida. É uma encruzilhada que nos confronta: por um lado, o devir do tempo impõe sua lei inexorável. Aqui novamente podemos evocar as palavras de Eclesiastes: viemos do pó e ao pó estamos destinados a retornar sem escapatória. Mas, por outro lado, o próprio pó, como ensina a extraordinária arte de Giorgio Morandi e Claudio Parmiggiani, é algo que permanece no transcorrer do tempo.

 

É o sinal de uma presença – por mais frágil, aérea e inconsistente que seja – que nunca se deixa reduzir a nada. As inúmeras mortes e as inúmeras perdas que cercam e atravessam a nossa vida justamente não permanecem sempre conosco, não são presenças que assumiram a forma de ausência ou ausências que se revelam ainda presentes? Não somos justamente nós formas de vida destinadas a levar conosco o que definitivamente perdemos? Enquanto a vida animal vive sempre em um presente sem passado e sem amanhã – é a vida imersa no puro imediatismo da vida –, a vida humana aparece como uma vida marcada pela ausência. Também nesse sentido, o fim da vida é sempre parte da vida. A dor de um abandono, a perda de um amor, a traição de um ideal, o desmoronamento de um projeto ao qual nos havíamos dedicado com paixão, a separação da terra em que nascemos, mas também a memória de tudo o que foi e já não é mais, são todas experiências em que a ausência se faz presente, são todas experiências que nos confrontam com o enigma do fim.

 

Não acontece apenas no momento de nossa saída irreversível da vida, mas é o que acompanha cada momento de nossa vida. Talvez seja isso que leva Morandi e Parmiggiani a pensar que a luz não seja em oposição ao pó, mas surja justamente do pó, que o próprio pó seja uma fonte de luz? O fim da vida é, de fato, ainda um momento da vida, uma passagem em que é possível fazer algo de si mesmo, uma oportunidade de dar testemunho de uma existência recolhendo as vozes de quem a acompanhou. Tornar-se pó pode não significa cair no esquecimento, desaparecer, mas ser algo que permanece, que não pode ser totalmente destruído, que resiste à violência da morte.

 

Memórias indeléveis, palavras inesquecíveis, aromas inconfundíveis, tempos de alegria e dor, de dança e de emoção, mas também simples gestos cotidianos que ficam gravados na nossa memória. Esse é o ensinamento mais profundo do pó: o pó não é justamente o sinal de algo que permanece mesmo no tempo que passa? Não apenas, portanto, o pó como sinal do tempo que passa, mas o pó como sinal de algo que não é completamente destruído pelo caráter inexorável do devir, sinal de um resto, justamente, indestrutível.

 

Não é isso que acontece com nossos inúmeros mortos? Pó que pode ficar conosco como se fosse luz. Não é isso talvez o tempo fundamental da herança? O que guardamos em nós daqueles que nos deixaram? O que levamos no coração daquela presença que já se tornou ausência? Quanta luz conseguimos extrair da poeira dos nossos incontáveis mortos?

 

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