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Religião e política, além da secularização

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10 Agosto 2022

 

"Certamente o nexo entre religião e política resulta problemática na Itália, por ser pouco aceito, mas, por outro lado, exige-se maior firmeza por parte da Igreja em manter fé em seus valores básicos", escreve Roberto Cipriani, professor emérito de Sociologia na Universidade Roma Tre, onde foi diretor do Departamento de Ciências da Educação de 2001 a 2012 e ex-presidente da Associação Italiana de Sociologia, em artigo publicado por Settimana News, 09-08-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Até pouco tempo atrás parecia que a secularização disseminada havia apagado completamente os velhos laços entre religião e política, com o fim dos partidos políticos confessionais e a autonomia civil das massas dos cidadãos, não só em Itália. Mas, ao contrário, percebemos que os cenários mudaram, mas alguns interesses comuns entre as esferas religiosa e política ressurgem com força e às vezes até mais fortes e evidentes do que no passado. O uso descarado de alguns líderes políticos de símbolos religiosos para legitimar a sua credibilidade não é uma novidade dos dias atuais e, aliás, repete esquemas obsoletos, que, no entanto, se pensava terem sido definitivamente postos de lado.

 

O que aparece e é percebido em um nível popular e difundido, na verdade tem um peso muito diferente e motivado. O fio condutor é uma desconfiança tendencial a qualquer mistura entre religião e política, entre liderança religiosa e política, entre valores confessionais e os direitos/deveres do cidadão.

 

Os dados

 

A pesquisa sociológica serve também para refutar algumas afirmações gratuitas, infundadas, contudo ainda presentes e dadas como certas. Para melhor traçar o quadro geral da relação entre religião e política, pode-se fazer referência aos resultados da dupla pesquisa (3238 questionários e 164 entrevistas aprofundadas) sobre religiosidade na Itália (realizada em 2017), cujos resultados foram divulgados em 2020 em várias publicações (principalmente em Franco Garelli, Gente di poca fede. Il sentimento religioso nell’Italia incerta di Dio, il Mulino, Bologna, 2020 e Roberto Cipriani, L’incerta fede. Indagine quanti-qualitativa sulla religiosità in Italia, Franco Angeli, Milão, 2020).

 

A sociologia muitas vezes se interessou pela distinção entre público e privado, contrapondo o mundo do trabalho, da política e da cidadania ao universo da vida cotidiana centrado na família, nos afetos, na sexualidade, na relacionalidade.

 

Já a partir da concepção das festas, transborda uma clara conexão entre dimensão religiosa e política, como se depreende da afirmação de uma entrevistada de média cultura: "As festividades cristãs são... a continuação das festividades que já, como dizer, foram institucionalizadas por ... milênios do Império Romano, então o que eu acho das festividades? Que são necessárias para a instituição política, religiosa e econômica da Igreja, têm também um motivo econômico”.

 

Acima de tudo, o aparecimento do conceito de Estado, em entrevistas qualitativas, precisamente em relação à Igreja, não deixa de ter significado: aqui fica evidente que a relação entre política institucionalizada e religião institucional é um problema (como ressalta, aliás, a própria presença do conceito de Igreja entre os sentimentos negativos sobre o par Deus-Igreja). Como escrevia William James (em Le varie forme della coscienza religiosa. Studio sulla natura, Bocca, Milão, 1945, pp. 291-292), “o espírito da política e o gosto pelas regras podem então impregnar e contaminar a coisa originalmente inocente; de modo que hoje, quando ouvimos a palavra ‘religião’, necessariamente pensamos em alguma ‘igreja’ ou similar; e para algumas pessoas a palavra ‘igreja’ sugere tanto a ideia de hipocrisia, tirania, baixeza e a tenacidade de toda superstição, e, de maneira geral e indeterminada, se gabam dizendo que ‘são absolutamente contrárias a qualquer religião’".

 

Mesmo quando consideramos a influência da Igreja na política italiana (in Franco Garelli, op. cit., p. 111), a orientação predominante é bastante crítica, mesmo que seja uma simples afirmação (“A religião na Itália tem uma grande influência na política", com uma única possibilidade de resposta), o que, no entanto, dá origem a uma constatação concreta: 71,5% acreditam que na Itália a religião influencia muito ou bastante a política. Muito pequeno é o número daqueles (21,2%) que negam que haja uma influência eclesiástica na política. Não faltam as habituais abstenções que desta vez somam 7,3%.

 

Por vezes, a posição do entrevistado (de nível superior, nesse caso) é bastante clara, ainda que genérica e pouco circunstanciada: "há mil anos, a Igreja Católica promovia a guerra, lembramos as Cruzadas, que ainda é reprovada pela cultura islâmica. Como no fundo a instituição religiosa é apenas uma... instituição política que cuida dos interesses econômicos. Eu, repito, cada um encontra a religiosidade em si mesmo, não há necessidade de filtros que sejam precisamente as instituições religiosas... as instituições religiosas são uma política, uma parapolítica, uma mistura com a política, com a economia, com todas as estruturas que regem as sociedades, sejam ocidentais, sejam culturas orientais ou culturas árabes, então o que dizer... a instituição religiosa é política... são interesses e... que nada têm a ver com a espiritualidade que está em cada um de nós ... o paradoxo é este ... projeta para um Deus, uma religião, mas ao mesmo tempo se distancia dela”.

 

Num tom menos áspero mas substancialmente convergente é a opinião de uma senhora com nível médio de escolaridade: “Não acredito na Igreja em nível de instituição, portanto não acredito nas suas boas intenções, também porque acho que... hoje em dia também, além da política, porém, e da corrupção que se diz estar difundida em outros ambientes, penso que inclui também a Igreja”.

 

Outra entrevistada é ainda mais explícita e direta, que diz: "se você precisa de um emprego e conhece alguém dentro de uma ordem eclesiástica, amanhã você já está dentro... para mim eles têm poder, estão na mesma linha da política".

 

Igreja e política: orientação crítica

 

Com referência à figura do Papa Francisco, são muitos os que esperam que haja uma virada decisiva na Igreja Católica e que desejam um papel eficaz para o bispo de Roma, que trata a todos na da mesma forma e não privilegia os poderosos da política e que "deu um sinal a todo esse miserável bando de políticos, politiqueiros, fraudadores, que simplesmente não ligam para a natureza".

 

Além disso, “o Papa Francisco foi um personagem quisto por uma área política da Igreja... para encontrar consenso no cristianismo, porque estão perdendo... estão perdendo [tom baixo], estão perdendo, ninguém mais quer ser padre, ninguém, humm, então deve encontrar uma figura pobre, tranquila, humilde, com um grande carisma, mas que lhe dê a possibilidade de, tanto que também falou dos gays”.

 

Em suma, para a influência da Igreja na política, a orientação é bastante crítica. Deve-se notar também que é difícil compreender a função política da religião e da Igreja em particular (emblemático é o caso do Vaticano que é ao mesmo tempo um Estado em sentido pleno e o lugar mais simbolicamente representativo de uma confissão religiosa). É difícil compreender a função política da religião e da Igreja. Os juízos sobre o Papa Francisco quase sempre dizem respeito a aspectos exteriores.

 

Em particular, são os jovens que manifestam um acentuado dissenso em relação à Igreja como dimensão política. O distanciamento da nova geração já não se dá, como provavelmente acontecia no passado, quase como consequência da não partilha da moral sexual ensinada pela Igreja, mas sim como escolha de ordem mais ampla e generalizada, que também vê crentes e praticantes tomar partido em posições que não levam em conta a Igreja como tal (na medida de 65,4%).

 

E isso também explica os vários não à influência da Igreja na política (71,5%), ao poder da Igreja (68,6%), às figuras dos padres (43,7%). Em suma, cerca de metade da amostra entrevistada por questionário, não demonstra confiança na Igreja. Enquanto isso, no entanto, pede-se a ela, por 60,4%, para manter bem firmes seus princípios.

 

Finalmente, deve-se lembrar que nas 164 entrevistas qualitativas a política (ou um conteúdo relacionado a ela) é citada 242 vezes enquanto a religião registra 1109 ocorrências e a religiosidade 149.

 

Conclusão

 

Certamente o nexo entre religião e política resulta problemática na Itália, por ser pouco aceito, mas, por outro lado, exige-se maior firmeza por parte da Igreja em manter fé em seus valores básicos.

 

No contexto italiano, diferentemente de outras situações no cenário internacional, a interface entre religião e violência política, amplamente presente em outros lugares, não é ressaltada, como destaca Bryan S. Turner em seu livro Religione e politica. Una sociologia comparata della religione (Armando, Roma, 2018), que identifica os inúmeros casos nacionais em que há uma separação completa entre religião e política enquanto em outras esferas culturais e territoriais a união é bastante sólida.

 

Turner debruça-se em particular no peso da secularização em questões de regime democrático, casamento, legislação e conversões e, em particular, na teoria liberal da liberdade de culto.

 

Leia mais

 

  • Conversa com o filósofo Charles Taylor. Secularização e Cristianismo
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  • Transição religiosa e secularização nos Estados Unidos
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  • Religião e política. A instrumentalização recíproca. Entrevista especial com Ricardo Mariano
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  • Linguagem religiosa como linguagem política no Brasil hoje: um olhar sobre a nomeação de André Mendonça como Ministro do STF. Artigo de Christina Vital
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