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Vereador de Curitiba está sendo cassado por suas virtudes e não por seus defeitos

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13 Mai 2022

 

"As virtudes de Renato de Freitas se tornaram insuportáveis para a Câmara Municipal de Curitiba e é por isso que está sendo cassado". A opinião é de Cesar Sanson, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

 

(Foto: Reprodução | Facebook)

 

Eis o artigo.

 

Os gregos, “inventores” da democracia, exigiam a um cidadão ateniense que participasse da vida pública na Ágora um conjunto de virtudes: a transparência, a honestidade, a coragem e a verdade. A mais importante delas era a verdade. Para os gregos da antiga Atenas a mentira corrompe a política.

 

Nos parlamentos brasileiros, não se cultiva a verdade, o que se mais vê ali é dissimulação, cinismo, hipocrisia, falsidade. Há uma regra que impera nesses espaços: você pode tudo, mas jamais critique ou insinue publicamente que um dos seus pares é mau-caráter. Isso é imperdoável.

 

Renato selou a sua cassação quando teve a coragem de afirmar que vereadores da bancada evangélica era formada por “pastores trambiqueiros que não estão nem aí para a vida e só pensam no seu curral eleitoral bolsonarista”. A crítica foi feita no contexto da pandemia ao denunciar que esses parlamentares defendiam com veemência o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19 – medicamento à época já descartado por autoridades de saúde internacionais e brasileiras.

 

Outros vereadores da mesma Câmara Municipal de Curitiba, ao menos uma dúzia deles, foram acusados com fartas e consistentes provas de assédio sexual e agressão, racismo, rachadinha, nepotismo e peculato. O que aconteceu? Em alguns casos nem processo foi aberto, noutros o desfecho foi de absolvição ou o processo foi arquivado e em um deles a pena foi branda, suspensão de 30 dias.

 

O que há de comum entre esses vereadores e o restante dos seus pares? Um conluio tácito, o de que se eu amanhã for pego numa acusação dessas também serei beneficiado pela vista grossa dos colegas. Entre eles impera um pacto: ninguém critica ninguém e nada de tornar público as podridões que eventualmente se conheçam. Ainda mais: todos são base de apoio do prefeito, o que torna o executivo cúmplice dessa confraria de amigos.

 

Renato, porém, não está sendo cassado apenas por dizer a verdade e ter a coragem de confrontar os seus pares. Também está sendo cassado porque a sua presença, o seu corpo, a sua cor e mais do que tudo isso, a sua fala, incomoda. Renato vem da periferia, fala a linguagem dos ‘manos’ e passou a travar uma disputa com a fala branca, a fala da família tradicional, a fala dos religiosos de púlpito. Para esses, a periferia é violenta, drogada, desajustada, perigosa. O interesse desses pela periferia se resume ao curral eleitoral, ao clientelismo, ao lugar em que se deve levar a conversão das drogas. Consideram a periferia como o espaço da pregação dos seus supostamente valores morais superiores.

 

Quem é esse que vem do nada, de “família desajustada”, com essa “arrogância” nos interpelar? Aquela parte do texto do “volta para senzala” que Renato recebeu supostamente do relator do processo na Comissão de Ética é emblemático do que muitos pensam, mas não têm coragem de afirmar publicamente. Há sim um claríssimo componente de racismo nesse processo contra Renato. E a verdade precisa ser dita: na Curitiba das famílias brancas, principalmente aquelas de origem italiana, polonesa e alemã – que compõe o núcleo hegemônico da classe média curitibana – racismo se aprende em casa. O racismo está entranhado na alma e no corpo da cidade em suas famílias, em sua arquitetura, em sua estética, em suas instituições.

 

Cabe ainda uma palavra sobre as instituições. Uma delas errou gravemente e o seu reconhecimento tardio do erro não a exime da gravidade que cometeu. A Igreja Católica, representada pela Mitra Arquidiocesana de Curitiba ao registrar um boletim de ocorrência contra o vereador Renato de Freitas também carregará a responsabilidade de sua cassação. Da duríssima e agilíssima condenação ao que aconteceu na Igreja do Rosário até o seu pronunciamento em que pedia a não cassação, o tempo de silêncio foi enorme, tempo em que se viu crescer o ódio contra o parlamentar.

 

Errou e erra também o partido a que pertence o vereador. O silencio e a omissão do PT nacional foi um equívoco. As notas tardias lamentando a sua cassação soam como hipocrisia. Está evidente, o partido teme que o caso respingue na campanha eleitoral. O erro foi o de não confrontar com firmeza desde o início as mentiras da direita. É curioso, a direita defende “os seus” mesmo quando cometem crimes e a esquerda vacila e é tímida em defender os seus mesmo quando injustiçados.

 

Ao cabo de tudo o que aconteceu, fica evidente de que Renato Freitas está sendo cassado por suas virtudes e não por seus defeitos.

 

Leia mais

 

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