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Para reconhecer o Cristo ressuscitado. Artigo de Gianfranco Ravasi

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21 Abril 2022

 

Na ceia de Emaús, os discípulos não entenderam imediatamente quem era o viandante que encontraram no caminho. Somente quando estavam à mesa e Ele tomou o pão e o partiu é que os seus olhos se abriram.

 

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado em Il Sole 24 Ore, 17-04-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

“No início dos anos 1930, os sacerdotes ortodoxos eram deportados em massa para a Sibéria. Imaginemos a cena: em um vagão de carga, estão carregando uma coluna de padres. Muitos deles são velhos e custam a subir pela escada íngreme. Um soldado da escolta olha e vê que, na abertura do vagão, está Cristo ajudando os prisioneiros a subir. Vendo o Salvador, invisível aos próprios padres, o soldado joga o fuzil no chão, cai de joelhos e crê em Deus. Os mártires iam ao encontro da morte, e o Senhor os ajudava.”

 

Foi assim que Andrei Sinjavskij, figura mítica da dissidência durante o regime soviético, respondeu a um jornalista italiano que o entrevistava sobre o significado da ressurreição de Cristo. O testemunho foi depois recolhido em 1996 em um pequeno volume da editora La Locusta, de Vicenza, sob o título “Una parabola di Pasqua” [Uma parábola de Páscoa].

 

O fato significativo foi sublinhado justamente pelo entrevistador: “Por que Cristo apareceu àquele soldado e não aos padres?”. O tema nos leva espontaneamente nestes dias pascais a um surpreendente fenômeno evangélico, o das “aparições” do Ressuscitado, um termo um pouco infeliz, porque muitas vezes recebe na linguagem comum uma auréola de cores sobrenaturais ou mágicas. Na realidade, nos Evangelhos, usam-se apenas os verbos “ver”, “reconhecer”, “manifestar-se”.

 

Trata-se, portanto, de encontros às vezes marcados por um elemento desconcertante: alguns discípulos não reconhecem no Cristo ressuscitado o rabi que haviam ouvido, com quem haviam caminhado e até jantado, cujos gestos extraordinários haviam admirado. São como os sacerdotes ortodoxos que não descobrem na pessoa que segura o seu braço a figura do Senhor que haviam celebrado e pregado.

 

É paradoxal no Evangelho de João (capítulo 20) o caso de Maria Madalena, que confunde o Ressuscitado com o zelador do jardim do cemitério onde o corpo de Jesus havia sido depositado. Só ao ouvir a voz que a interpela é que ela o reconhece.

 

Nós nos deteremos em outro caso, confiado à pena refinada e viva de Lucas, o terceiro evangelista, no capítulo 24 da sua obra. É a cena dramática em dois atos que tem como protagonistas dois discípulos, um certo Cléopas e outro anônimo.

 

O primeiro movimento do relato vê os dois a caminho de Jerusalém para um vilarejo chamado Emaús, situado a “60 estádios” da cidade santa, na prática 11 quilômetros, identificado de várias formas pelos arqueólogos.

 

Os dois prosseguem tristemente, provavelmente voltando para a sua residência, deixando para trás o sonho de um Messias libertador cuja história está selada agora por um túmulo, após uma terrível execução capital. A frase que vão se trocar é velada por uma nostalgia decepcionada: “Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel”.

 

De repente, ouvem passos de outro viandante que tenta alcançá-los e que tece um diálogo com eles justamente sobre o evento ocorrido em Jerusalém. Ele tenta interpretá-lo e justificá-lo segundo um projeto superior recorrendo às Sagradas Escrituras hebraicas. São palavras que impressionam os dois interlocutores que não se deram conta de que há haviam chegado ao seu vilarejo, em frente às suas casas. E é aí que ocorre o segundo ato, o mais intenso, enquanto cai o anoitecer. O convite ao hóspede é simples: “Fica conosco, pois já é tarde, e a noite vem chegando”.

 

O viandante desconhecido aceita a hospitalidade. Sentam-se à mesa, e aqui é preciso deixar a voz a Lucas: “Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles. Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles o reconheceram”.

 

É necessário lembrar que “partir o pão” na linguagem cristã das origens era a definição da eucaristia, a presença de Cristo nos sinais do pão e do vinho. Ao longo de toda a narrativa, Lucas estendeu um véu interpretativo: na liturgia leem-se as Escrituras (primeiro ato) e come-se o pão e o vinho eucarístico. Esse segundo ato é o tempo e o lugar – como havia ocorrido em Emaús – para “reconhecer” o Cristo sempre vivo.

 

O evento pascal incide, sim, na história, como atestam o túmulo vazio e as mulheres na aurora de Páscoa, mas na sua substância é sobrenatural e transcendente. Para ter o “reconhecimento” do Cristo ressuscitado não basta ter tido uma experiência histórica anterior, vivendo com ele na Galileia e na Judeia, ouvindo-o nas praças ou ceando com ele. É necessário um canal de conhecimento e de compreensão superior, o da fé, que torna a “aparição” um encontro pessoal eficaz.

 

Como cantava Gertrud von le Fort (1876-1971): “Tu entras no coração da nossa solidão / para descerrá-la como uma porta escancarada... / Somos um só corpo e um só sangue”.

 

No início, evocamos a parábola de Siniavskij; concluímos, por sua vez, com uma imagem altíssima da ceia de Emaús. Estamos em 1601-1602, e Caravaggio pinta um óleo sobre tela (141x196,2 cm) que agora está exposto na National Gallery de Londres.

 

O traço iconográfico inovador está no Cristo imberbe, com o braço esquerdo e a mão suspensa sobre o pão, deposto sobre uma mesa enriquecida com outros alimentos, como o cesto com romã, maçãs, uvas, com um frango assado e com a presença de um estalajadeiro ou servo.

 

Caravaggio, “Cena in Emmaus”, 1601-1602, National Gallery de Londres (Foto: Wikimedia Commons)

 

Comenta Mia Cinotti, uma das maiores intérpretes do pintor que eu tive a sorte de conhecer: “O ‘Emaús’ é um quadro revolucionário, não tanto pela introdução do Cristo imberbe, mas pela concepção pictórica e sobretudo pela solução espacial (...). Os elementos portadores dessa concepção são as formas vigorosamente escorçadas e a mímica violenta dos gestos: na mão em escorço quase frontal do Cristo e nos braços do discípulo abertos quase perpendicularmente ao fundo”.

Mas quem quiser encontrar a mesma ceia de Emaús confiada também ao pincel de Caravaggio pode acessar também a Pinacoteca di Brera, onde está exposto desde 1939 – por doação dos Amici di Brera – um óleo sobre tela (141x175 cm) que reinterpreta a cena evangélica de uma forma menos inovadora, mas igualmente original.

 

Caravaggio, “Cena in Emmaus”, 1606, Pinacoteca de Brera (Foto: Wikimedia Commons)

 

Apesar da adição de uma doméstica, os elementos são simplificados; os gestos, contidos; a pintura, despojada e essencial. No entanto, reaparecem a natureza morta, os contrastes das luzes e das sombras, representa-se um dos dois discípulos de costas, quase sem rosto, a atmosfera é intensa com o gesto da bênção de Cristo.

 

Como Mia Cinotti também anotava, “a passagem para a meditação espiritual sobre o objeto não ocorre em detrimento da pintura, mas na pintura”.

 

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