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A China eliminou a pobreza extrema com muito trabalho. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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04 Janeiro 2022

 

"A inclusão social e o maior bem-estar das pessoas e famílias na China se deu via mercado de trabalho e via aumento do capital humano e do capital produtivo. A capitalização dos fatores de produção (das pessoas, das empresas e do Estado) garantiu o enriquecimento da nação, embora tenha provocado um empobrecimento do meio ambiente", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador de meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 30-12-2021.

 

Eis o artigo.

 

A China conseguiu eliminar a pobreza extrema nos últimos 40 anos e retirou cerca de 1 bilhão de pessoas da situação de miséria.

O gráfico abaixo do site Our World in Data mostra a percentagem da população vivendo em condições de extrema pobreza no Mundo, Brasil e China entre 1981 e 2019. Nota-se que pobreza extrema na China era dramaticamente elevada e atingia 88% da população (equivalente a 1,24 bilhão de habitantes hoje em dia). Nesta mesma data, a extrema pobreza era de cerca de 40% no mundo e algo em torno de 20% no Brasil.

Ao longo das últimas 4 décadas a pobreza extrema foi reduzida no mundo para 9,3% em 2017, para 4,6% no Brasil em 2019 (equivalente a quase 10 milhões de brasileiros) e para somente 0,2% na China em 2019 (equivalente a 2,8 milhões de chineses). Ou seja, a extrema pobreza na China em 2019 apresenta um índice apenas residual e para uma população de 1,4 bilhão de habitantes significa que a China retirou mais de 1 bilhão de pessoas da miséria, contribuindo para a redução da pobreza global.

Existem conceitos diferentes para medir a extrema pobreza e dependendo da “régua” o resultado pode ser um pouco diferente. Porém, não há dúvidas de que a China, em maior ou menor medida, conseguiu sim reduzir a pobreza.

 

 

Qual foi o segredo para este sucesso?

 

O segredo foi o Pleno Emprego e o Trabalho Decente. A China aproveitou bem o 1º bônus demográfico e chegou a empregar e inserir no processo de produção cerca de 60% da população total do país. O Brasil nunca chegou a ocupar nem 50% da população total.

O que a China fez foi colocar em prática o que Adam Smith ensinou em seu livro “A Riqueza das Nações”, publicado em 1776, e que dizia que “O trabalho é a base da riqueza das nações”. Karl Marx – que construiu sua obra com base no tripé: “Economia política inglesa”, “socialismo francês” e “filosofia alemã” – também assumiu que o trabalho é a fonte de riqueza das nações e o fortalecimento da classe operária uma condição para o avanço de qualquer modo de produção de bens e serviços.

Desde a morte de Mao Tsé-Tung e as reformas de Deng Xiaoping, no final de década de 1970, a China iniciou um processo de inserção soberana na globalização e se transformou na “fábrica do mundo”. A economia cresceu cerca de 9% durante 40 anos, as exportações chinesas que eram menores do que as brasileiras, superaram as dos EUA e a China passou a ser o país líder do comércio internacional.

A política macroeconômica da China teve como objetivo criar uma forte base produtiva e competitiva e para tanto adotou mudanças demográficas e econômicas para dar uma base ao novo estilo de desenvolvimento. O gráfico abaixo, com base nos dados do FMI, mostra que a China mantém elevadíssimas taxas de poupança e investimento, bem superiores às do Brasil. Mesmo quando a renda per capita (em termos constantes em paridade de poder de compra – ppp) da China era bem menor que a brasileira, as taxas de poupança já eram maiores. Atualmente são mais do dobro.

Com o enriquecimento da China as taxas de poupança e investimento aumentaram, ainda mais, ficando acima de 40% do PIB. Outra característica é que a China é exportadora de poupança (capitais) e o Brasil é importador. Isto significa que a China avançou na transição demográfica e aproveitou o 1º bônus demográfico potencializando o fortalecimento econômico. O aumento das taxas de poupança e investimento são essenciais para o crescimento do emprego. E maiores taxas de emprego significam mais produção, mais renda (lucros e salários), mais impostos e mais qualidade de vida.

 

 

O modelo chinês é baseado em um alto intervencionismo estatal e uma proteção social que passa pela universalização do emprego e não de políticas de transferência de renda. Segundo Samuel Pessoa (FSP, 04/12/2021), a China estabeleceu a política de que os seguros públicos típicos de um Estado de bem-estar social não são atribuição do Estado, mas sim preponderantemente responsabilidade dos indivíduos e famílias. Ele diz:

“Esses fatos são claríssimos quando olhamos os números chineses. Em 2019, a despesa pública com educação, aposentadorias e saúde foi, respectivamente, de 3,6% do PIB; 3%; e 1,8%. Para as três áreas, o gasto público total é da ordem de 8,5% do PIB, ante mais de 23% do PIB do gasto brasileiro para as mesmas rubricas”.

Ou seja, como os riscos sociais são jogados sobre os ombros dos indivíduos, as famílias precisam poupar e acumular riqueza para enfrentar as adversidades sociais. Mas, concomitantemente, as empresas e o Estado garantem altas taxas de poupança e investimento que resultam em aumento da infraestrutura, da produtividade, do emprego e da renda.

Extensas jornadas de trabalho também explicam o rápido crescimento econômico na China. Por exemplo, o bilionário chinês Jack Ma, cofundador da gigante online Alibaba, defende que a população chinesa trabalhe das 9h da manhã às 9h da noite, seis dias por semana, no que é chamado de o “sistema 996”. Assim, mesmo sem a existência de políticas sociais amplas do tipo “Welfare State”, mas com aumento do percentual da população ocupada e com longas jornadas de trabalho, a China reduziu a pobreza, enquanto aumentava o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A inclusão social e o maior bem-estar das pessoas e famílias na China se deu via mercado de trabalho e via aumento do capital humano e do capital produtivo. A capitalização dos fatores de produção (das pessoas, das empresas e do Estado) garantiu o enriquecimento da nação (embora tenha provocado um empobrecimento do meio ambiente).

Infelizmente, o Brasil (que é retrógrado líder em desmatamento) seguiu um caminho oposto na economia, desvalorizando a base produtiva do país e tentando compensar com políticas sociais limitadas, desfocadas e, muitas vezes, fiscalmente insustentáveis. O país aproveitou parcialmente o bônus demográfico e não conseguiu implementar um mercado de trabalho dinâmico e inovador.

O Brasil parece que não aprendeu a lição que diz que o Trabalho é a base da riqueza de qualquer nação e é a única forma de garantir, no longo prazo, o bem-estar da população.

 

Referências

 

Samuel Pessoa. Dilma, China e a inflação da Covid. Folha de São Paulo, 04/12/2021. Disponível aqui.

ALVES, JED. A ascensão da China, a disputa pela Eurásia e a Armadilha de Tucídides, IHU, 21/06/2018. Disponível aqui.

China’s Epic Journey from Poverty to Prosperity. The State Council Information Office of the People’s Republic of China, 28/09/2021. Disponível aqui.

ALVES, JED; CAMARANO, AA. Tendências demográficas e pandemia de covid-19, Webinário IPEA, 23/06/2021. Disponível aqui.

 

Leia mais

 

  • China, nova potência mundial – Contradições e lógicas que vêm transformando o país. Revista IHU On-Line, Nº 528
  • Transição urbana e demográfica na trajetória chinesa da pobreza à prosperidade. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • Competição Geopolítica: A China joga no ataque e os EUA na defesa
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  • China. As maiores mobilizações de trabalhadores do último ano
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  • A China está vencendo a guerra comercial. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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  • IDH do Brasil, China, Venezuela e Vietnã em 2019. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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  • A economia chinesa como alternativa ao Consenso de Washington. Entrevista especial com Luis Antonio Paulino

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