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“A história da humanidade é tecida por uma sucessão de migrações”. Entrevista com Eva Maria Geil

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11 Novembro 2021

 

Seja por razões relacionadas ao clima, aos conflitos ou à subsistência, os seres humanos sempre se deslocaram e se misturaram, conforme demonstra a análise do genoma de restos ósseos encontrados em sítios arqueológicos. As explicações são dadas por Eva Maria Geigl, diretora de pesquisas do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França e corresponsável por uma equipe de paleogenômica do Instituto Jacques Monod, em Paris.

A entrevista foi publicada originalmente pela Unesco e reproduzida por Rebelión, 10-11-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Qual é a função da paleogenômica?

A paleogenômica é uma disciplina complementar da arqueologia e a antropologia. Os arqueólogos realizam escavações e extraem fragmentos de ossos que buscam situar em uma determinada época e cultura. A análise de restos humanos encontrados em escavações pode facilitar a identificação do sexo do indivíduo e, às vezes, de seu perfil social e das doenças que sofreu, e inclusive pode fornecer pistas sobre o funcionamento de uma sociedade.

O trabalho dos paleogeneticistas consiste em extrair o DNA dos ossos para analisar seu genoma, que depois é comparado com o de outros indivíduos que viveram em períodos e lugares diferentes ou que procedem de populações atuais. Desse modo, é possível reconstruir as linhagens, ou seja, os vínculos de parentesco, de proximidade genética, e também as migrações e as mestiçagens ocorridas ao longo da história.

De que forma os dados genéticos podem narrar a história biológica de uma população?

A análise genética permite caracterizar a história do povoamento de uma determinada região e assim estabelecer os deslocamentos e sua hibridização com as comunidades autóctones. Desse modo, a paleogenômica permitiu demonstrar que, 8.500 anos atrás, grupos de agricultores da Anatólia e da região do Mar Egeu se deslocaram para o noroeste da Europa.

A agricultura e a domesticação de animais se desenvolveram há aproximadamente uns 12.000 anos, no Crescente Fértil do Oriente Médio, no Irã e na Anatólia. Há aproximadamente 8.500 anos, esses agricultores começaram a migrar para a Europa por uma rota continental que iniciava na Grécia, passava pelos Balcãs e seguia pela Hungria, Áustria e Alemanha, até terminar ao norte da França (na bacia de Paris).

Uma segunda rota contornava a costa mediterrânea ao longo do que hoje é a Croácia, Itália, Sicília, Sardenha e Córsega, até chegar ao sul da França e o nordeste da Península Ibérica. Esses deslocamentos já eram conhecidos graças à análise dos vestígios encontrados nas escavações, em forma de restos de cerâmica e ferramentas de sílex ou ossos de animais domésticos, como o cordeiro, que foram introduzidos por esses grupos de agricultores.

Contudo, a partir dos materiais disponíveis, os arqueólogos não conseguiam especificar se apenas os conhecimentos e as técnicas dos agricultores do Oriente Médio haviam se espalhado entre os povos da Europa ou se os inventores dessas técnicas haviam se deslocado fisicamente. Graças à análise do genoma, foi possível estabelecer que os agricultores haviam se encontrado com os caçadores-coletores autóctones assentados na Europa, cerca de 14.500 anos antes, e que houve uma miscigenação parcial entre as duas populações.

É possível que a análise baseada no genoma ajude a esclarecer determinadas realidades históricas, em uma perspectiva inovadora?

Foi o que aconteceu em 2012, quando na Caverna de Denisova, localizada nos Montes Altai, na Rússia, foram encontrados os restos de uma jovem que viveu lá, cerca de 50.000 anos atrás. A análise do genoma de uma de suas falanges permitiu demonstrar a existência de uma população que coexistiu com os neandertais. Essa população que vivia na Ásia se deslocou e seus membros se acasalaram com os primeiros Homo sapiens procedentes da África. Até aquele momento, os paleoantropólogos não suspeitavam da existência desse grupo humano.

A migração para a Europa dos yamnayas, nômades procedentes das estepes localizadas ao norte do Mar Negro, é outro exemplo. Esses povos, cuja economia se baseava na criação de gado bovino, ingressaram no centro e o norte da Europa há aproximadamente 5.000 anos.

Esses nômades das estepes, em sua maioria do sexo masculino, acasalaram-se com mulheres das comunidades autóctones de agricultores do Neolítico Tardio. Mas, ao se alcançar melhores taxas de reprodução, ocorreu uma importante substituição genética, que é chamada de introgressão.

Ainda hoje, na Bretanha, no oeste da França, Irlanda e Reino Unido, de 80 a 90% dos homens são portadores do cromossoma Y dos yamnayas. Os arqueólogos ignoravam esse fenômeno, porque não havia sido encontrado restos materiais da passagem dos yamnayas.

As causas dessas migrações são conhecidas?

É possível imaginar diferentes causas, mas são hipóteses. Não podemos apresentar provas científicas. Esses deslocamentos talvez tenham ocorrido por motivos climáticos, mas também podem ter sido por causas demográficas. Sem dúvida, as migrações podem ter sido causadas por necessidades relacionadas à subsistência do grupo, como aconteceu com as comunidades de caçadores coletores que seguiam as migrações dos grandes quadrúpedes.

Na medida em que o clima mudava, os seres humanos tiveram que buscar outras regiões para se estabelecer. Mas os choques entre diversos grupos humanos também podem ter sido a causa. Assim como acontece atualmente, é provável que as pessoas se deslocavam por motivos climáticos e de subsistência ou por causa dos conflitos.

À luz da análise do genoma de nossos antepassados, é possível afirmar que todos somos migrantes?

Sem dúvida. Para começar, todos somos de origem africana, porque todos os nossos ancestrais vieram da África. O Homo sapiens evoluiu na África e abandonou o continente em ondas sucessivas. A última dessas migrações foi a de nossos antepassados diretos.

E também somos todos migrantes, porque a história da humanidade é tecida por uma sucessão de migrações. Desde sempre, os grupos de população se deslocam e se misturam, às vezes, resultando na substituição das populações autóctones, embora nem sempre seja assim.

Não somos sedentários. Sempre tivemos que nos movimentar e nos adaptar. Não existem populações geneticamente “puras”. Isso também deve nos alegrar porque, biologicamente, precisamos que o nosso patrimônio genético se misture.

 

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