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“Segundo o Evangelho, é preciso sujar as mãos”. Entrevista com o novo cardeal Augusto Paolo Lojudice

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25 Novembro 2020

Batizado por uma irmã como o “padre dos ciganos”, Augusto Paolo Lojudice, o arcebispo de Siena, um dos novos cardeais nomeados por Francisco, assegura que apenas “segue o exemplo do Bom Samaritano”. O Papa disse que ele é um bispo “batalhador”.

A entrevista é de Victoria Isabel Cardiel, publicada por Alfa&Omega, 22-11-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis a entrevista. 

 

Como acolhe esta nova etapa?

Sendo sincero, não sei como mudará a minha vida a partir de 28 de novembro. Sei que os cardeais, na teoria, ocupam-se de ajuda o Papa no caminho da Igreja universal, porém veremos na prática.

Você reuniu-se com o Papa poucos dias antes do anúncio do novo consistório. Ele lhe disse o que tinha em mente?

Não, não me disse nada. Esse não é o seu estilo. Como sempre diz o Santo Padre, os cardeais saem da janela do Palácio Apostólico. Falei com ele no dia seguindo do anúncio do ângelus e me transmitiu muita tranquilidade. Eu lhe expressei minhas dúvidas e ele me disse: “não te preocupes”. Assim só posso agradecê-lo por sua confiança.

A expressão “pastor com cheiro de ovelha”, lhe cai bem. O que aprendeu nesses anos que esteve lidando na linha de frente com pessoas que perderam tudo?

O Papa sempre me diz que eu sou um dos bispos “mais batalhadores”, porém apenas me coloquei sempre ao lado dos mais fracos. Isso é o que diz o Evangelho, é preciso ir até o fim e sujar as mãos. Há coisas que não se podem fazer desde um despacho ou por telefone. Porém, minha experiência como guia espiritual no seminário também me deixou muito marcado. Alguém pensa que no seminário apenas se encontra com pessoas quase que perfeitas, mas não é assim.

Por outro lado, nas zonas periféricas, tentei sempre entrar em conversa com o povo e não ter medo de ir ao seu encontro. Tratei de buscar respostas concretas para poder ajuda-los de verdade. Na maioria das vezes sem resultados positivos, isso também. São pessoas que vivem em realidades muito difíceis, e que tem uma história por trás do sofrimento que as levou até ali. Cada um com sua responsabilidade, está claro, porém há alguns que tiveram a vida mais difícil que outros. E nesses casos, não basta apenas lhes dar um tapinha nas costas. Eu apenas sigo o exemplo do Evangelho do bom samaritano. Não podemos permanecer inertes ante estas situações, porém tampouco tocar os extremos, que são muito perigosos.

Uma irmã inclusive chegou a lhe batizar como “o padre dos ciganos”. Recorda de alguma história?

Quando visitava as famílias em Tor Bella Monaca, saía a seu encontro e me dispus a sair batendo de porta em porta. Num momento, em meio à escuridão, uma senhora abre a porta. Do interior da casa saía um cheiro nauseabundo. Ela vivia sem luz, nem gás, em um estado de indigência tal que em sua casa havia até cadáveres de animais mortos.

Outra vez, outra senhora do bairro, também com transtornos mentais, disse-me que seu marido estava dormindo na sala e ao me aproximar dei-me conta que ele estava morto. O médico certificou depois que havia falecido a quase uma semana.

Porém, também há histórias de milagres. Como, por exemplo, a de uma menina, cuja vida era difícil ver alguma esperança, inclusive para os crentes. Era viciada em drogas e sua própria família a colocara na prostituição desde seus 11 anos de idade. Quando a conheci já tinha 17. Ao final, com ajuda, entrou em uma comunidade e conseguiu se desintoxicar. É preciso dar oportunidades, mesmo sabendo que muitas vezes não vai dar certo.

Em 2015, o papa Francisco reuniu-se com cerca de 5 mil ciganos no Vaticano. Você foi um dos principais motivadores desse encontro.

Sim. Lembro que uma mulher com quatro filhos se apresentando ao Papa, pedia-lhe: “Você me batiza?”. E Francisco, que não deixa escapar nenhuma ocasião, disse que sim. Perguntou a ela quem a acompanhava e ela apontou para mim. Então o Papa me fez um gesto com a mão – “depois conversaremos”. Ele empenhou-se a pagar do próprio bolso todas os gastos da viagem até a Casa Santa Marta das famílias que iam se batizar.

Como acredita que estas experiências lhe ajudarão agora, em seu serviço como cardeal?

Eu creio que estão justamente na base pela qual o Papa me escolheu. Quando me pediram para deixar de ser pároco em Tor Bella Monaca para dar aula em um seminário e me ocupar das coisas do espírito, senti essa mesma sensação. Naquele momento era inédito que um padre de uma periferia se tornasse em padre espiritual. Porém, creio que isso me ajudou muito no seminário. Inventei uma série de exercícios com situações extremas para que os seminaristas se colocassem à prova, como parte da formação.

Sentiu-se mais perto de Deus quando estava, por exemplo, em meio ao campo dos ciganos?

O que senti com clareza foi a força do coração do Evangelho. Vinham com nitidez à minha mente as imagens evangélicas do bom samaritano e de Mateus 25, essa frase: “foi a mim que fizeram”, na qual Jesus diz que Ele está ali onde há sofrimento.

Eu me colocava na pele desses rapazes, em seus olhos, que tinham por desgraça o destino da delinquência já marcado. E me perguntava: o que eu, um simples padre, posso fazer por eles? Que posso dar esses rapazes para que tenham um futuro distinto?

 

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