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Ratzinger: De Tübingen de Hans Küng a Regensburg

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01 Setembro 2020

"Mas estava em marcha a tremenda revolução dos anos 60 (lembrar 1968), em várias frentes. Foi a revolução política, social, de costumes, sexual, e que atingiu, naturalmente, a Igreja


Ratzinger foi ficando profundamente assustado com o que estava a acontecer, quando tudo parecia posto em causa, com movimentos extremistas, que criavam enormes tensões entre uma criatividade autêntica e a perda da identidade na Igreja", escreve Anselmo Borges, professor de Filosofia, em artigo publicado por Religión Digital, 30-08-2020.

 

Leia aqui o primeiro artigo da série, intitulado Bento XVI. Ratzinger, uma estrela no Concílio. 

 

Eis o artigo. 

 

1. Uma advertência. Tinha anunciado que faria três crônicas com a síntese da biografia do Papa Bento XVI, de Peter Seewald. No entanto, tratando-se de 1150 páginas, vejo-me forçado a mais duas.

2. Como ficou dito, Ratzinger ascendeu à Universidade de Tübingen em 1966. Os dois eminentes teólogos — ele e Hans Küng — entendiam-se bem. “No fundo, coincido com o colega Ratzinger”, diz Küng nas aulas. Do mesmo modo, Ratzinger: “Concordo com Küng.” Os dois tinham aliás um público igualmente grande: 400 ouvintes. (Aqui, uma nota interessante: na Alemanha, não se pergunta: “Que professores tiveste?”, mas: “Que professores ouviste?”).

Mas estava em marcha a tremenda revolução dos anos 60 (lembrar 1968), em várias frentes. Foi a revolução política, social, de costumes, sexual, e que atingiu, naturalmente, a Igreja. Diria mais tarde Ratzinger: Não se imaginaria que o Concílio, “em vez do esperado salto em frente, introduziria também um processo de decadência. Os Padres conciliares queriam adaptar a fé, mas apresentando-a em toda a sua força”, porém, em vez disso, surgiu a impressão de que “a reforma significava apenas deitar fora um peso morto, facilitar de tal modo que a reforma propriamente dita não consistia numa radicalização da fé, mas numa espécie de diluição da fé.”

 

Hans Küng (Foto: Religión Digital)

Ratzinger foi ficando profundamente assustado com o que estava a acontecer, quando tudo parecia posto em causa, com movimentos extremistas, que criavam enormes tensões entre uma criatividade autêntica e a perda da identidade na Igreja. Havia padres que até se orgulhavam de retirar a cruz dos altares. No campus da Universidade, eram distribuídos panfletos a denunciar a cruz como símbolo de uma glorificação do sadomasoquismo. A teóloga católica G. Hasenhütl exigia uma “radical abertura ao mundo”, cujo ponto culminante só podia ser “uma Papisa negra, grávida”. Ratzinger podia observar “a destruição da Teologia, que, através da sua politização no sentido do messianismo marxista, estava a acontecer”.

Evidentemente, os cristãos não podem ficar indiferentes perante a pobreza e a injustiça, mas o Evangelho não é favorável a uma instrumentalização da Igreja e da fé para fins políticos, observava. E constatava que o comunismo era responsável por 100 milhões de mortos e que não tinha havido um único governo comunista que não tivesse perseguido o cristianismo e as outras religiões. Face à revolução sexual, Paulo VI publicou a Humanae Vitae, proibindo a pílula e, perante a crise da Igreja, chegou a falar no “fumo de Satanás” que tinha entrado no templo de Deus.

Ratzinger já não aguentava. Em 1969, depois de Bona, de Münster, de Tubinga, segue para Regensburg/Ratisbona, que deveria ser, como disse, “decididamente a sua última peregrinação”. Ele, que ganhou o Concílio, não queria perder o pós-Concílio. Construiu uma casa, na Universidade tinha uma multidão de ouvintes, era internacionalmente convidado. Mas o facto é que em 1977 era nomeado arcebispo de Munique e, poucas semanas depois, feito cardeal pelo Papa Paulo VI. Seewald perguntou-lhe se este foi “o fim da sua felicidade pessoal e de todos os seus sonhos”, tendo ele melancolicamente respondido: “Sim.”

 

Papa Paulo VI e Ratzinger (Foto: Religión Digital)

3. Ratzinger não saiu zangado de Tübingen, nem sequer com o colega Hans Küng: “Tinha com Küng uma relação muito positiva e despedi-me dele em paz.” Küng concordava: “Os três anos em Tübingen decorreram sem sombras para o nosso trabalho comum. Convivi com ele verdadeiramente muito bem.”

De qualquer modo, Ratzinger tomava uma nova orientação, que o correspondente do Die Welt, R. Lambrecht, em 1981, descreveu assim: “Ratzinger, outrora um pensador progressista, não mudou o seu carácter, mas corrigiu o seu rumo, quando viu que havia desenvolvimentos que poderiam levar à dissolução. Como arcebispo e cardeal não se tornou príncipe da Igreja. Toma a sua exigência no pensamento e na acção como um serviço.”

Foi neste contexto que Küng diria mais tarde: “Ratzinger rejeitou completamente aquele caos de 1968, e creio que foi esse o ponto decisivo da sua mudança rumo a uma orientação conservadora.” Aqui, o biógrafo recusa, caracterizando esta afirmação como uma “lenda”. Mais: para exaltar Ratzinger, tenta diminuir Küng, o que, no meu entender, não precisava nem devia fazer. Seja como for, em Dezembro de 1979, Hans Küng é o primeiro grande teólogo a ser condenado, tendo-lhe sido retirada a “missio canonica”, isto é, já não podia ser considerado teólogo católico nem ensinar como tal. A causa próxima foi a publicação de Unfehlbar? (Infalível?), que punha em questão a infalibilidade do Papa. Ratzinger não contribuiu para a condenação pela Congregação da Doutrina da Fé, mas também não se lhe opôs. Comentou: Küng tem evidentemente o direito de manifestar a sua opinião livre, a Igreja por sua vez tem o direito de “não o considerar como intérprete da sua fé, e daí tirar as consequências”.

Küng deixa uma poderosa, consistente e vastíssima obra filosófico-teológica, para o aprofundamento da fé cristã e o diálogo ecumênico, inter-religioso e com as ciências e para um ethos (atitude ética) global. Já Papa, Ratzinger recebeu-o no Vaticano e, depois da resignação, escreveu-lhe, confessando: “A minha última e única tarefa é ajudar Francisco”.

Küng sempre se considerou católico. A última vez que o encontrei foi em Barcelona em 2004 por ocasião do encontro do Parlamento das Religiões do Mundo. E confessou-me a sua alegria por ir celebrar os seus 50 anos de padre. (Continua)

Ratzinger (Foto: Religión Digital)

 

Leia mais

  • Bento XVI e Hans Küng. Contexto e perspectivas do encontro em Castel Gandolfo. Artigo de Karl-Josef Kuschel. Cadernos Teologia Pública, Nº. 12
  • 1968, um ano múltiplo – Meio século de um tempo que desafiou diversas formas de poder. Revista IHU On-Line, Nº. 521
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  • O Concílio Vaticano II no caminho da Igreja. Artigo de Carlo Molari

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