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“Uma Vida Oculta”, as táticas do diabo e o primado da consciência

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04 Março 2020

Uma Vida Oculta retoma a veia narrativa de Malick, abandonada após seu quarto filme O Novo Mundo. E, no entanto, neste filme, toda a veia espiritual desenvolvida desde A Árvore da Vida parece culminar. Nesse sentido, o diretor não volta atrás, mas sintetiza seu gesto cinematográfico. Vamos tentar entendê-lo.

A reportagem é de François Huguenin, publicada por La Vie, 05-12-2019. A tradução é de André Langer.

Digamos imediatamente que, saindo da exibição de Uma Vida Oculta, a impressão de uma densidade teológica sem precedentes na história do cinema impõe-se de maneira muito clara. E, no entanto – e isso é um sinal de que Malick nunca está em um filme de tese, ou pior, em um suposto “filme cristão” –, podemos ver o longa-metragem sem entender por um momento a profundidade espiritual do que é dito e deixar-se levar por uma magnífica história humana. As citações da Bíblia que aparecem durante o curso da ação nunca são destacadas e integram-se à narrativa, como são no texto bíblico. Podemos passar ao lado, e ainda provar a obra-prima. Mas também podemos nos impressionar com o que é dito e mostrado. Quem tem ouvidos ouça.

Nome: Uma vida oculta
Nome Original: A hidden life
Cor filmagem: Colorida
Origem: Inglaterra
Ano de produção: 2019
Gênero: Drama
Duração: 174 min
Classificação: 14 anos
Direção: Terrence Malick
Elenco: August Diehl, Valerie Pachner

“Um dia, os homens não serão mais capazes de aceitar a verdade”. Essa frase, que ouvimos no filme, ressoa nos nossos ouvidos contemporâneos. Ela é profética no sentido de que o filme nos fala bem de um combate pela verdade, mas um combate travado por apenas uma pessoa contra todos. A questão para Franz Jägerstätter não é tanto não lutar ao lado dos nazistas. Isso lhe seria concedido. A questão é não prestar juramento a Hitler, não se curvar ao ídolo que toma o lugar de Deus. Todo o Antigo Testamento volta para nós como um bumerangue nesta batalha antecipadamente perdida contra aquele que toma o lugar de Deus. Porque é disso que se trata nessa luta política: dizer não a um poder idólatra.

A partir de então, o filme de Terrence Malick, que sabemos desde A Árvore da Vida que é perpassado pelo livro de Jó, não deixará de mostrar que o homem nada mais é do que um pedaço de palha varrido pelos acontecimentos. Os planos desequilibrados do par de Franz e de sua esposa Franziska dizem respeito tanto à leveza da alegria do amor que ninguém pode mudar quanto ao caos da ameaça que ninguém pode afastar. Raramente, um filme foi tão longe ao capturar pela câmera uma condição humana que pode passar da felicidade de ser feliz como um Deus ao mais completo desamparo, que poderia até fazer com que alguém se arrependa de existir.

Franz, portanto, encontra-se no momento em que, como Jó, passa da maior bênção, que é o olhar amoroso de sua esposa em uma vida pacífica, para o inferno na luta contra um poder invencível que sempre vence. Jó piorado, porque Franz tem uma escolha. Ele pode optar por não enfrentar o monstro e retornar à sua vida de camponês. Mas sua vida como camponês foi invertida pela adesão ao nazismo dos moradores de Sankt-Radagund, na Alta Áustria, e seu prefeito. As cenas em que a vila mergulha na colaboração com o nazismo são impressionantes. Todo mundo, basicamente, procura preservar seu pequeno interesse. “Quem quer ganhar sua vida vai perdê-la”, é o que Malick nos mostra. Na realidade, voltar atrás é impossível para Franz. Este mundo não é mais o seu. Ele não é deste mundo.

E, no entanto, são as “táticas do diabo”, para usar a expressão de C. S. Lewis, que vão se abater sobre o nosso herói. Todos ao seu redor tentarão desviá-lo de sua ação. “Você não vai mudar o mundo”, dizem-lhe. Aldeões, prefeito, padre, todos têm o mesmo discurso. Referem-se a Franz como alguém que foi tomado pelo orgulho. Lutar sozinho contra um poder político é insano. Pior ainda: o silêncio de sua esposa Franziska, que não quer contradizê-lo, é para Franz a ocasião da dor mais extrema. Aquela que ele ama não o entende. Onde, então, está o significado de sua luta?

A descida ao inferno de Franz nas prisões do Reich lhe dará a solução. Mesmo quando um prisioneiro, como Satanás, tentando Jesus no deserto, vai tentar convencê-lo de que sua obstinação é absurda – “Seu Deus não tem piedade” –, mesmo quando sofrer a Paixão de Cristo, torturado e humilhado, Franz, alimentado pelos Salmos, continuará sendo um homem em pé na sua prisão. “Eu não posso fazer o que penso que está errado”. Essa é a convicção íntima e invencível de Franz. O que sua consciência lhe diz para não fazer, ele não fará, custe o que custar. É isso que esses carcereiros não conseguem entender, mas também seus amigos e familiares. O que eles não entendem é que a consciência que impede Franz de prestar juramento a Hitler não é seu bel prazer nem uma ideologia. É a voz de Deus nele que ele escuta com e contra todos.

Finalmente, Uma Vida Oculta seria apenas um filme de tortura psicológica sem a cena em que Franziska visita Franz na prisão. Perdão por dar o spoiler de uma cena chave, mas é difícil falar de um filme em um nível teológico sem abordar essa passagem. Essa mulher que só quer encontrar o seu marido para cultivar a terra com ele e com ele criar seus filhos, confrontada com ele na prisão, em vez de convencê-lo a desistir de sua luta que não é a sua, diz-lhe: “Faça o que é justo. Eu sempre o amarei”. Suas palavras o reenviam de volta à sua consciência, em vez de lhe impor sua visão pessoal. Ela o liberta, no sentido de reconhecer no seu marido o templo do Espírito Santo, um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, capaz de seguir o Cristo até o fim na rejeição do ódio e da violência. Ao se “sacrificar” também ela, Franziska, como Maria ao pé da cruz, dá para a salvação do mundo o ser que lhe é mais querido. Também podemos esperar que um dia ela seja beatificada da mesma maneira que o marido.

 

 

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