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Reforma do Vaticano mostra por que jornalistas não deveriam ser porta-vozes

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03 Janeiro 2019

Na noite de Ano Novo, quando surgiu a notícia de que os dois porta-vozes oficiais do Vaticano, o estadunidense Greg Burke e a espanhola Paloma Garcia Ovejero, haviam renunciado, palavras como “repentino” e “inesperado” figuravam em muitas manchetes.

A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada por Crux, 02-01-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

É possível entender a situação, pois não houve nenhuma indicação antecipada de que suas saídas fossem iminentes. No entanto, para ser completamente honesto, não achei a medida “inesperada”, já que estou antecipando isso desde que os dois foram nomeados em 2016.

A razão é simples: Burke e Garcia Ovejero são, no fundo, jornalistas, e os jornalistas não foram feitos para ser porta-vozes corporativos.

Ambos, é claro, são católicos devotos e, por isso, quando a Igreja lhes pediu que servissem, eles disseram que sim. No entanto, é precisamente este o ponto – indubitavelmente, a Igreja deveria saber que não devia pedir isso, porque tanto Burke quanto Garcia Ovejero são mais valiosos olhando de fora para dentro do que o contrário.

Burke é um antigo jornalista estadunidense, com profundo conhecimento de Roma e do Vaticano. Ele começou na imprensa católica, depois fez seu caminho na Time e na Fox News. Garcia Ovejero era correspondente em Roma da rede de rádio espanhola Cope, a rádio oficial dos bispos espanhóis e a segunda maior plataforma de rádio da Espanha, na qual ela era conhecida como a jornalista mais trabalhadora, além de ser uma colega incrivelmente generosa e apoiadora.

Talvez as coisas tivessem sido diferentes se Burke e Garcia Ovejero tivessem tido uma oportunidade real de moldar a mensagem do Vaticano, com acesso direto ao chefe e um papel significativo no processo de tomada de decisão. Porém, nunca foi assim que seus papéis foram concebidos – eles se reportavam à Secretaria de Estado do Vaticano, e não a Francisco diretamente, o que significa que você tinha jornalistas dependentes de burocratas.

Honestamente, essa nunca é uma receita de sucesso (se alguém no poder no Vaticano tivesse consultado jornalistas em atividade antes que isso acontecesse, muitas dores de cabeça poderiam ter sido evitadas).

Em vez de aconselhar Francisco sobre como certas decisões ou declarações seriam recebidas antes do fato, para que mal-entendidos pudessem ser evitados e para que os sinais pretendidos realmente fossem enviados, Burke e Garcia Ovejero foram reduzidos a gerenciar aspectos incidentais do trabalho da comunicação – tuítes e postagens no Instagram, por exemplo – ou a gerir a manutenção básica da própria Sala de Imprensa.

Essas tarefas não exigem jornalistas altamente talentosos, criativos e motivados.

Sejamos claros – seu período na Sala de Imprensa vaticana não foi um fracasso.

Pelo contrário, eles injetaram um ethos mais relaxado e humano à Sala de Imprensa, tornando-a um lugar onde os jornalistas realmente se sentiam tratados com respeito e cortesia básica (isso pode não parecer muito, mas acredite, nos últimos 20 anos, esse nem sempre foi o caso).

Além disso, eles foram pioneiros em novas formas de fornecer informações – “meeting points” informais entre autoridades e repórteres, por exemplo, evitando declarações demoradamente preparadas e fazendo um uso mais eficiente do tempo. Eles tornaram mais amigáveis as viagens papais, outro aspecto da experiência que nem sempre pode ser dado como garantido.

Eles entenderam que o Vaticano é um órgão internacional e garantiram que boas traduções de textos importantes fossem disponibilizadas nos idiomas-chave. Detalhes sobre eventos, notícias de última hora e desdobramentos em histórias foram repassados em tempo real, fazendo uso de aplicativos como o Telegram.

Tanto Burke quanto Garcia Ovejero entendem as pressões dos prazos, respondendo a telefonemas e mensagens em tempo real – no caso de Garcia Ovejero, até mesmo às 3 horas da manhã, fazendo muitos de nós imaginar quando ela dormia. Os dois também entendem os tipos de perguntas que os repórteres são obrigados a fazer, não ficando abalados ou na defensiva quando elas chegam.

Nem Burke nem Garcia Ovejero favoreciam alguns, dando a jornalistas ou publicações preferidas um tratamento especial, o que havia sido uma característica do modo como o sistema funcionava desde tempos imemoriais.

Por tudo isso e muito mais, qualquer pessoa que tenha mantido relação com a Sala de Imprensa vaticana desde que eles assumiram deve a Burke e Garcia Ovejero uma dívida de gratidão.

No entanto, devia ser uma situação frustrante para ambos viver todos os dias com a lacuna entre as realidades da sua situação e o que ela poderia ter sido.

Dado que tal lacuna está basicamente ligada ao modo como o Vaticano lida com as comunicações – o que, aliás, é pouco provável que vá mudar, apesar de todas as reviravoltas das últimas semanas – é justo dizer que Burke e Garcia Ovejero sempre estavam destinados a se chocar contra uma parede.

Uma maneira de pensar sobre isso é o custo de oportunidade.

Suponhamos que, nos últimos dois anos, alguns repórteres extremamente talentosos – pessoas que têm excelentes contatos, que entendem profundamente o contexto das notícias de última hora e que sempre acertam seus fatos – estivessem em uma posição de poder contar a história da crise dos abusos sexuais do clero, por exemplo, ou as tensões internas desencadeadas na era do Papa Francisco, ou a natimorta reforma financeira do Vaticano.

Ao fazer isso, esses repórteres poderiam expor a estagnação e a má-conduta burocráticas, promover um entendimento público mais bem informado sobre o papado e talvez até compelir a Igreja a limpar as suas ações em algumas áreas-chave.

Agora, pergunte a si mesmo: esse teria sido um uso melhor do tempo deles do que gerir aquilo que equivale a uma gigante máquina copiadora de relações públicas?

De todos os modos, eis uma previsão: não ouvimos a última palavra de Burke ou de Garcia Ovejero sobre a pulsação vaticana. Honestamente, eu suspeito que os melhores dias deles ainda estão pela frente, enquanto eles voltam para o lado da rua ao qual eles provavelmente sempre pertenceram.

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