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Entre os sinais dos tempos, a mulher no espaço público, também eclesial. Artigo de Andrea Grillo

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11 Outubro 2018

“A entrada da mulher no âmbito público não é simplesmente um ‘espetáculo maravilhoso’, mas também envolve uma profunda transformação no modo como a Igreja vive e pratica a autoridade.”

A opinião é do teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, do Instituto Teológico Marchigiano, em Ancona, e do Instituto de Liturgia Pastoral da Abadia de Santa Giustina, em Pádua.

O artigo foi publicado por Come Se Non, 10-10-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Um grande texto de João XXIII, na encíclica Pacem in terris (1963), inaugura uma nova consideração sobre as “coisas modernas” no âmbito do discurso eclesial. Relê-lo na íntegra, durante estes dias sinodais, pode fazer muito bem.

Eis o texto dos parágrafos 39-45 da Pacem in terris, que têm como título geral “Sinais dos tempos”:

Sinais dos tempos

39. Três fenômenos caracterizam a nossa época. Primeiro, a gradual ascensão econômico-social das classes trabalhadoras.

40. Nas primeiras fases do seu movimento de ascensão, os trabalhadores concentravam sua ação na reivindicação de seus direitos, especialmente de natureza econômico-social, avançaram em seguida os trabalhadores às reivindicações políticas e, malmente, se empenharam na conquista de bens culturais e morais. Hoje, em toda parte, os trabalhadores exigem ardorosamente não serem tratados à maneira de meros objetos, sem entendimento nem liberdade, à mercê do arbítrio alheio, mas como pessoas, em todos os setores da vida social, tanto no econômico-social como no da política e da cultura.

41. Em segundo lugar, o fato por demais conhecido, isto é, o ingresso da mulher na vida pública: mais acentuado talvez em povos de civilização cristã; mais tardio, mas já em escala considerável, em povos de outras tradições e cultura. Torna-se a mulher cada vez mais cônscia da própria dignidade humana, não sofre mais ser tratada como um objeto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social.

42. Notamos finalmente que, em nossos dias, evoluiu a sociedade humana para um padrão social e político completamente novo. Uma vez que todos os povos já proclamaram ou estão para proclamar a sua independência, acontecerá dentro em breve que já não existirão povos dominadores e povos dominados.

43. As pessoas de qualquer parte do mundo são hoje cidadãos de um Estado autônomo ou estão para o ser. Hoje comunidade nenhuma de nenhuma raça quer estar sujeita ao domínio de outrem. Porquanto, em nosso tempo, estão superadas seculares opiniões que admitiam classes inferiores de homens e classes superiores, derivadas de situação econômico-social, sexo ou posição política.

44. Ao invés, universalmente prevalece hoje a opinião de que todos os seres humanos são iguais entre si por dignidade de natureza. As discriminações raciais não encontram nenhuma justificação, pelo menos no plano doutrinal. E isto é de um alcance e importância imensa para a estruturação do convívio humano segundo os princípios que acima recordamos. Pois, quando numa pessoa surge a consciência dos próprios direitos, nela nascerá forçosamente a consciência do dever: no titular de direitos, o dever de reclamar esses direitos, como expressão de sua dignidade, nos demais, o dever de reconhecer e respeitar tais direitos.

45. E quando as relações de convivência se colocam em termos de direito e dever, os homens abrem-se ao mundo dos valores culturais e espirituais, quais os de verdade, justiça, caridade, liberdade, tornando-se cônscios de pertencerem àquele mundo. Ademais são levados por essa estrada a conhecer melhor o verdadeiro Deus transcendente e pessoal e a colocar então as relações entre eles e Deus como fundamento de sua vida: da vida que vivem no próprio íntimo e da vida em relação com os outros homens.

Esse novo fôlego, ao olhar para o trabalho, para a condição feminina e para a independência política, aparece no horizonte eclesial no dia 11 de abril de 1963, no mesmo ano em que o Concílio Vaticano II, iniciado há alguns meses, se estrutura e toma forma.

Com a noção de “sinais dos tempos”, inaugura-se um novo olhar sobre a realidade, saindo da desconfiança e do preconceito do mala tempora currunt: mas os “tempos novos” e as “res novae” também são oportunidades de crescimento eclesial, de nova compreensão e de atualização. O que unifica os “tria signa” é uma inédita relevância do “direito dos sujeitos”: os trabalhadores, as mulheres e os povos descobriram que têm direitos que os outros devem aprender a reconhecer e a valorizar. E a Igreja está envolvida em tudo isso e começa a sair de uma compreensão que absolutiza a autoridade e que se abre ao reconhecimento da liberdade: liberdade do trabalho, liberdade da mulher e liberdade dos povos. Ela se abre, por assim dizer, à “sociedade aberta”, à “sociedade secular”, à “sociedade diferenciada”.

A mulher como “res nova” e a Reforma da Igreja

É muito interessante que, em relação ao sujeito feminino, o texto da Pacem in terris 22 diz a novidade com estas palavras: “o ingresso da mulher na vida pública”, que, depois, ele ilustra deste modo: “Torna-se a mulher cada vez mais cônscia da própria dignidade humana, não sofre mais ser tratada como um objeto ou um instrumento, reivindica direitos e deveres consentâneos com sua dignidade de pessoa, tanto na vida familiar como na vida social”.

É evidente que esse “sinal” – ao contrário daquele que tem como sujeitos os trabalhadores e os povos – envolve uma maior dificuldade; poderíamos dizer, é um “sinal dos tempos” que exigiu e ainda exige “tempos mais longos”. Talvez isso possa ser explicado pelo fato de que o tema “mulher” não só adquire uma nova relevância pública, mas também deve se depurar de uma captura histórica no plano exclusivamente privado. Isso certamente não vale para o trabalho e para a identidade nacional. Que, portanto, têm apenas “meio caminho” a fazer.

Por isso, o caminho de “reconhecimento do ingresso da mulher na esfera pública” ocorreu significativamente para a Igreja “ad extra”, mas custou muito a ser elaborado “ad intra”, onde muitas vezes permanecemos ancorados a uma lógica substancialmente privada, que nega à mulher o exercício de uma verdadeira autoridade.

Poderíamos dizer que, hoje, os “sinais dos tempos” exigem não apenas um “novo olhar sobre o mundo”, mas também “uma nova compreensão que a Igreja tem de si mesma”: uma nova inteligência de si mesma, aquela inteligência que Paulo VI tinha compreendido, meditando os textos do seu antecessor, apenas alguns meses após a publicação desse texto, na solene abertura da segunda sessão do Concílio Vaticano II, no fim de setembro. Um discurso que, nas intenções do próprio Paulo VI, tinha não apenas a função de abrir a segunda sessão do Concílio, mas também de anunciar os conteúdos fundamentais do seu pontificado, então nos seus primeiros passos. Eis uma passagem decisiva:

“Cremos ter chegado a hora em que a verdade acerca da Igreja de Cristo deve ser explorada, ordenada e expressada, não talvez com aqueles solenes enunciados que se chamam de definições dogmáticas, mas com aquelas declarações com as quais a Igreja, com um magistério mais explícito e de autoridade, declara aquilo que pensa de si mesma” (Paulo VI, 29-09-1963, abertura da Segunda Sessão do Concílio Vaticano II).

Os “sinais dos tempos” também se torna, princípio de Reforma da Igreja, desde que a Igreja não se defenda da realidade, dando crédito não aos profetas, mas aos profetas da desgraça, e permanecendo fixada em concepções e doutrinas fundamentadas em convenções antigas e também muito enraizadas, mas incapazes de captar as novidades da história como “passagem do Espírito”.

A entrada da mulher no âmbito público não é simplesmente um “espetáculo maravilhoso”, mas também envolve uma profunda transformação no modo como a Igreja vive e pratica a autoridade.

Os jovens e os sinais dos tempos

No Sínodo dos jovens, os sinais dos tempos também devem se tornar não apenas “olhar e escuta renovados”, mas também uma nova inteligência que a Igreja tem de si mesma.

Sobre a questão “feminina”, um pequeno exercício da memória deveria levar a entender que o que está em jogo é grande. Basta pensar naquilo que era – por assim dizer – a “pastoral juvenil” até 60 anos atrás: uma rigorosa distinção entre a “educação dos jovens” e a “educação das jovens”. Isso reproduzia dentro da Igreja as convicções de uma sociedade que dividia com precisão a vida masculina e a vida feminina, não apenas em privado.

Houve, durante décadas, uma Ação Católica feminina, diferente da masculina, e uma Juventude Feminina da Ação Católica, de 1918 a 1969. Com o reconhecimento do “sinal dos tempos”, cessou também a razão de uma diferenciação estrutural entre masculino e feminino. Isso ocorreu em muitíssimos setores da sociedade e das associações eclesiais. Ainda restam as Lupetti e Coccinelle [ramo do escotismo], mas segundo lógicas em grande transformação.

Evidentemente, isso não ocorre sem riscos: de cair em uma forma de igualdade que pode se tornar homologação ou diferença perdida. No entanto, o que se torna essencial hoje é a aquisição eclesial desse “ingresso feminino na vida pública”.

Nesse plano, as resistências, mentais e procedimentais, ainda são muito fortes, eu diria viscerais. É como se se quisesse “desmarcar” a Igreja, na sua autocompreensão e na sua disciplina, desse “sinal dos tempos”. Como se a entrada da mulher na vida pública, reconhecida e apreciada fora, tivesse que deixar a Igreja imune a essa riqueza nova, que só poderá ser plenamente experimentada e vivida se se tornar possível e concreto exercício de autoridade.

Os sinais dos tempos só são realmente tais se se tornam princípios de reforma da Igreja, pelo modo com que ela considera e trata a mulher, o trabalho e os povos.

Os jovens, dos quais o Sínodo se ocupa com admirável zelo, trazem em seu corpo os traços evidentes desses sinais dos tempos. Eles são o fruto de um mundo que raciocina e opera de acordo com essas novidades. A Igreja pode ler neles, de reflexo, a história de um crescimento e de uma reforma de si mesma.

Em certo sentido, no relato dos jovens e na sua experiência, ela é forçada a reconhecer que “de te fabula narratur”: essa é justamente uma boa notícia, desde que não a deixemos na abstração de uma intenção boa, mas estéril.

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