02 Março 2016
“Não devemos deixar de trabalhar para descobrir os crimes e os pecados, de fazer justiça para as vítimas e fazer, sim, que estas coisas inenarráveis não aconteçam mais. Devemos trabalhar a 360 graus na prevenção. Há muitas iniciativas dentro e fora da Igreja”, diz. Hans Zollner, jesuíta, membro da Comissão anti-pedoflia criada por Francisco, que efeito lhe faz ver Spotlight?
A reportagem é de Paolo Rodari, publicada por Repubblica, 01-03-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
“Sinto-me conturbado e transtornado. É incrível como há somente 15 anos se podia agir assim. A descoberta dos fatos em Boston foi um momento decisivo para fazer determinar o então cardeal Ratzinger na luta contra esta praga. Ele, como Papa, tomou depois uma posição muito clara e, através das diretivas da Doutrina da Fé lutou contra a lei do silêncio. Francisco prossegue nesta mesma linha: encontra vítimas e, pela primeira vez, ele o fez dentro do Vaticano e disse que um bispo deslocou um sacerdote abusador de sua paróquia a uma outra onde deveria pedir demissão”.
- No filme estão os números de muitos Países. Falta a Itália, por quê?
“O único País do qual temos números certos são os USA. Fala-se de um enorme “Dunkelfeld”, palavra alemã que significa “um campo escuro” do qual é difícil perceber as verdadeiras dimensões, tanto na Igreja, ou nas outras instituições, como nas famílias”. Pode-se hoje dizer que a Igreja refreou o fenômeno? “Não devemos deixar de trabalhar para descobrir os crimes e os pecados, de fazer justiça para as vítimas e fazer, sim, que estas coisas inenarráveis não aconteçam mais. Devemos trabalhar a 360 graus na prevenção. Há muitas iniciativas dentro e fora da Igreja”.
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“Aquela história me conturbou. É incrível como há somente 15 anos se agia desta maneira”, diz jesuíta depois de ver “Spotlight” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU