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O que significa que o papa Francisco escreva a Lula: “Reze por mim”?

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16 Agosto 2018

Visitar detentos e cuidar para que sejam tratados como pessoas são obras de misericórdia da Igreja. 

“Qualquer gesto de Francisco para Lula na prisão deve ser visto como algo puramente pastoral, nunca como uma intervenção oficial da Santa Sé nos assuntos do Brasil”, escreve Juan Arias, jornalista, em artigo publicado por El País, 14-08-2018.

Eis o artigo.

Que o papa tenha enviado a Lula na prisão um livro com uma dedicatória em que escreve: “A Luiz Inácio Lula da Silva, com minha bênção, lhe pedindo que reze por mim”, assinada simplesmente Francisco, não deveria criar perplexidade para os católicos nem fazer o PT acreditar que se trata de uma absolvição papal.

É natural que o PT, em seu afã de procurar declarações em favor de Lula ao redor do mundo, tenha batido à porta do papa no Vaticano. Mas Roma é eterna, e a diplomacia pontifícia é considerada uma das mais sutis do mundo. Sabe até onde pode chegar, e nunca intervém nas decisões de um país soberano e democrático. Por isso, qualquer gesto de Francisco para Lula na prisão deve ser visto como algo puramente pastoral, nunca como uma intervenção oficial da Santa Sé nos assuntos do Brasil.

Visitar os detentos, cuidar para que não deixem de ser tratados como pessoas, rezar por eles – essa é uma das obras de misericórdia da Igreja. Que o papa Francisco peça a um detento como Lula, condenado por corrupção, que reze por ele, como fez nessa dedicatória, não deveria parecer chocante para os cristãos. E ainda menos na boca do papa Francisco, que já declarou: “Eu também peco”. Para a Igreja, ninguém é inocente perante Deus. Pedir a alguém, mesmo que condenado e preso, que reze por nós é apenas um gesto de reconhecimento de que todos nós necessitamos da ajuda e do perdão dos outros. Além disso, Lula é católico praticante e, dizem os religiosos que o visitam, que costuma rezar na prisão.

Esta polêmica sobre o gesto do papa Francisco para Lula, pedindo-lhe que reze por ele, me fez recordar o longínquo 26 de dezembro de 1958, quando o papa João XXIII foi visitar os detentos da penitenciária romana de Regina Coeli, muitos deles condenados à prisão perpétua. “Vim pôr meus olhos em seus olhos, meu coração junto ao seu”, disse-lhes o papa, e, no silêncio lúgubre daquelas grades, um aplauso ecoou como um trovão.

Durante a audiência, o apelidado “papa bom”, que escreveu em seu testamento “nasci pobre e morro pobre”, contou aos presos, para quebrar o gelo daquele difícil encontro, uma passagem da sua vida. Disse-lhes: “Quem sabe se alguns de vocês não estão aqui sem serem culpados?”. E acrescentou: “Eu tive um parente meu que foi condenado e passou muitos anos na prisão, e afinal de contas era inocente”.

Dessa vez um grande silêncio golpeou as paredes descascadas do cárcere.

(Nota de IHU On-Line: Foi a primeira saída de João XXIII fora do Vaticano. Aliás, ele o recorda aos presos. O memorável discurso, de improviso, que João XXIII profere na prisão Regina Coeli, em Roma, em italiano, pode ser visto e ouvido a seguir:

Cinco anos depois, em 2 de junho de 1963, quando João XXIII estava agonizando, aqueles detentos da Regina Coeli lhe enviaram uma mensagem assinada por eles: “Santo padre, estamos todos ao seu lado”.

O atual papa Francisco, que pediu a Lula, com certo escândalo dos católicos e exagerado otimismo do PT, que reze por ele, já foi acusado também de comunista e herege por ter pedido aos bispos que “tenham mais cheiro de ovelha que de príncipes”, que se misturem aos mais pobres das periferias do mundo em vez de ficarem em seus palácios. É acusado de pedir que não se trate como anátema aos gays, nem aos cristãos divorciados, nem às mulheres que abortam. Que suas consciências sejam respeitadas. E acaba de eliminar do catecismo a pena de morte que a Igreja aceitava, desde são Tomás, contra os tiranos.

Talvez por isso seja considerado o papa mais próximo de João XXIII, a quem os cardeais da Cúria quiseram depor de seu cargo quando, nos anos sessenta, em plena Guerra Fria, decidiu convocar a Roma os 3.000 bispos da Igreja, alguns ainda nas prisões comunistas, para a celebração do polêmico Concílio Vaticano II, que inauguraria uma nova primavera da Igreja. Os cardeais achavam que o Papa havia enlouquecido.

“A liberdade de espírito sempre infunde medo aos burocratas da fé”, disse a um grupo de jornalistas, em sua casa pobre de São Felix do Araguaia, em Mato Grosso, o bispo Pedro Casaldáliga. Ameaçado de morte por defender os camponeses, negou-se a aceitar escolta policial. Alegou que os pobres estavam mais ameaçados que ele, e que, entretanto, ninguém os protegia. Outro louco?

Aos burocratas da fé que um dia se escandalizaram com João XXIII e hoje com o papa Francisco, seria o caso de lhes recordar as palavras de Paulo aos coríntios: “Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens [...]. O que é estulto no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios”. (I Cor.1,25 ss).

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