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08 Junho 2018

"Em Jesus, os adolescentes completaram sua Páscoa - passagem da Morte à Ressurreição - e celebramos sua presença no meio de nós. Foi uma verdadeira experiência de Fé na Vida. Foi “outra” Celebração do Corpo de Cristo, no corpo dos adolescentes mortos e ressuscitados. Éramos uma Comunidade de verdadeiros Irmãos e Irmãs, seguidores e seguidoras de Jesus de Nazaré", escreve Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP), professor aposentado de Filosofia (UFG), 30-05-2018.

Eis o artigo. 

Jesus de Nazaré foi “morador de rua” antes de nascer. No seio de sua mãe Maria e com seu pai José, perambulou nas ruas de Belém até encontrar um estábulo que abriu as portas para que sua mãe pudesse dá-Lo à luz. Nasceu como “sem-teto” numa manjedoura: “não havia lugar para eles dentro de casa” (Lc 2,7). Anunciou a Boa Notícia do seu nascimento aos pastores, os “sem-terra” da época: “eu anuncio a vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo” (Lc 2,10). Foi migrante no Egito, fugindo de Herodes, um rei ganancioso e assassino. Foi operário (marceneiro) na oficina de seu pai José.

Em sua vida pública, Jesus de Nazaré “andou por toda parte fazendo o bem” (At 10,18). Esteve sempre ao lado dos pobres e “descartados” da sociedade: os leprosos, os mendigos e outros. Nunca morou em palácios ou mansões. Nunca sentou numa cátedra, a não ser a “cátedra” na qual recebeu a “coroa de espinhos”. Sua presença na casa de Zaqueu e seu encontro com o jovem rico provocaram neles uma tomada de posição: Zaqueu se converteu e mudou radicalmente de vida; o jovem rico - diante das exigências da proposta de Jesus - não teve a coragem de segui-lo e “foi embora triste” (Mt 19,22). Foi acusado de ser “subversivo”: “achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo” (Lc 23,2). Foi preso, torturado e morto na cruz: “Pai em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Venceu a morte e ressuscitou: “Ele não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24,6).

Por fim, Jesus de Nazaré enviou o Espírito Santo, o Amor de Deus, aos discípulos: “assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês, recebam o Espírito Santo” (Jo 20,21-22). Eles perderam o medo, abriram as portas do lugar onde se encontravam e saíram anunciando a Boa Notícia de Jesus (o Reino de Deus) e denunciando tudo o que é contrário a essa Boa Notícia, até sofrerem o martírio.

É esse Jesus que continua presente hoje, que vive entre nós e caminha conosco: “eis que eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28, 20); “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles” (Mt 18,20).

É esse Jesus que - no dia 25 de maio passado, no Jardim Europa, em Goiânia - na pessoa de 9 irmãos nossos adolescentes (todos pobres e a maioria negros) - morreu carbonizado e seu nome era: Daniel, Douglas Matheus, Elias, Elizeu, Gabriel, Johny, Lucas, Lucas Ranyel e Wallace. É esse Jesus que - no dia 30 do mesmo mês - vivo e ressuscitado, estava presente no Ato Público (em frente ao 7º Batalhão da Polícia Militar, onde se encontra o Centro de Internação Provisória), em memória dos adolescentes mortos, denunciando o Estado de Goiás como o responsável pela barbárie praticada e partilhando a dor das mães e familiares.

“Eles prenderam meu filho vivo e me devolveram um pedaço de carvão” (uma mãe). “Meu filho foi preso por 157 (roubo) e sabe qual foi a pena dele? A morte. Isso de internação é uma mentira” (outra mãe).

No Ato, éramos muitas pessoas presentes: crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos. Estávamos lá não só em nome pessoal, mas também em nome das Entidades que representávamos: Associações e Conselhos de Profissionais, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras, Movimentos Sociais Populares, Foruns de Defesa e Promoção de Direitos Humanos, Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-GO), Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e outras.

Em círculo, ao redor de ramalhetes de flores e mensagens escritas, “cheios e cheias de Ira e tristeza” - como Jesus quando, com seu olhar, fixava os fariseus e partidários de Herodes (cf. Mc 2,5) - expressamos, do mais profundo do coração, os nossos sinceros sentimentos de solidariedade às mães e familiares dos adolescentes mortos, partilhando sua dor e seu sofrimento, com falas, cantos e orações (muitas pessoas choravam). Gritávamos o nome dos adolescentes mortos e todos e todas em coro respondíamos: “presente”.

Em Jesus, os adolescentes completaram sua Páscoa - passagem da Morte à Ressurreição - e celebramos sua presença no meio de nós. Foi uma verdadeira experiência de Fé na Vida. Foi “outra” Celebração do Corpo de Cristo, no corpo dos adolescentes mortos e ressuscitados. Éramos uma Comunidade de verdadeiros Irmãos e Irmãs, seguidores e seguidoras de Jesus de Nazaré. Fizemos o que Jesus teria feito e o que nosso irmão, o Papa Francisco - estando em Goiânia - faria.

Pessoalmente - sem nunca perder a esperança - nessa trágica história, a exemplo de Jesus de Nazaré, dois fatos deixaram-me “cheio de ira e tristeza”. Primeiro fato: constatar que no Ato Público, eu era o único Padre presente (sei que alguns Padres - embora poucos - queriam participar, mas não puderam por motivo justo). Constatar também que não havia ninguém representando oficialmente a Paróquia local e ninguém (nem bispo, nem padre, nem outro agente de pastoral) representando oficialmente a Arquidiocese de Goiânia.

Segundo fato: constatar que a Arquidiocese - além de não ter feito nenhuma Nota Oficial de denúncia dos responsáveis por essa barbárie e de solidariedade às famílias dos adolescentes mortos - na Missa Solene da Festa do Corpo de Cristo (Praça Cívica - Setor Central), não fez nenhuma referência à tragédia acontecida e nenhuma oração no momento das preces. Deve ter sido para não “desagradar” ou “ofender” as autoridades presentes! Que hipocrisia! Que farisaísmo!

Não é esse um comportamento que trai Jesus na pessoa dos adolescentes queimados e dos pobres, como fez Judas? Não é esse um comportamento de conivência com os Herodes e Pilatos de hoje?

Um livro, publicado depois do Concílio Vaticano II, pergunta: “será que os católicos são ainda cristãos?”. Felizmente, baseado na minha longa experiência de convivência com o povo, posso afirmar que - entre os católicos e católicas pobres - existem muitos verdadeiros cristãos e cristãs, seguidores e seguidoras de Jesus de Nazaré, santos e santas de Deus. De qualquer forma, vale a pena refletirmos!

Termino com o testemunho da avó (70 anos) do adolescente D.P.C. (15 anos), único sobrevivente do incêndio, que teve o braço esquerdo amputado em consequência das queimaduras sofridas e que ainda se encontra em grave estado de saúde. O testemunho é mais uma prova de que os menores infratores precisam de políticas públicas e de programas socioeducativos que suscitem neles a autoestima, a responsabilidade e o desejo de buscar - cada vez mais - o verdadeiro sentido da vida. Eles não precisam de Centros de Internação, que são verdadeiras cadeias ou, pior, depósitos de “lixo humano”.

Diz a avó: “D.P.C. (que na escola tinha notas boas, gostava de tocar violino e, antes da internação, vinha praticando aulas) mandou uma cartinha para mim falando que estava rezando todos os dias para voltar para casa logo, para voltar para as aulas dele, para as coisinhas dele” (O Popular, 05/06/18, p. 13). Meditemos!

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