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Com “comida sagrada”, torne-se um José para o seu Faraó interior

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25 Agosto 2017

"Comer para desfrutar é bem diferente do que comer para se alimentar: quanto mais linda a refeição, tanto menos se irá comer. Comer menos é um modo de temperar a nossa alimentação. Há um momento por vir de escassez? Talvez não nos EUA, mas o momento já está aqui para muitos de nós na economia global" escreve Donna Schaper, ministra da Judson Memorial Church na Cidade de Nova York, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 22-08-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Eis o artigo.

O faraó se assustou. Em dois sonhos ele foi alertado sobre a vinda de um período de escassez e, então, chamou José para desenvolver um plano. José, filho de Jacó, acabou armazenando 20% das colheitas de anos abundantes em vista dos anos de vacas magras.

O relato completo em Gênesis 41 seria uma boa base para algumas políticas econômicas nestes tempos de degradação ambiental e melancolia. Ele também poderia servir para se ter uma boa conduta espiritual. Preparar-se para momentos de escassez durante um período de fartura é uma política sustentável pessoal, assim como uma política pública.

Chamemos esta prática de comida sagrada.

Muitas vezes, as nossas práticas se tornam vacas sagradas – e as fizemos com uma careta estampada no rosto e com uma dor nas costas, caminhando ao lado dos nossos companheiros de yoga indo para as aulas, ou encarando algo que se parece alimento, imaginando-o como bom para nós.

Há oito anos, escrevi um livro intitulado “Sacred Chow: Some Holy Ways to Eat”. Eu finalmente percebi que gosto deste livro a ponto de revisitá-lo com vocês, de certo modo a partir de um desespero espiritual e público: Por que a minha própria mesa parece tão farta ao mesmo tempo em que tenho tantos sonhos ruins com vida nem sempre sendo assim? Por que a minha própria mesa se compara tão negativamente com as mesas vazias de outros?

De certo modo, a “comida sagrada” está ajudando o Faraó. Ela não é uma vaca sagrada, tampouco uma disciplina. Em vez disso, é estar sendo José para o Faraó dentro de nós e fora de nós. O leitor pode estar se perguntando: O que isso quer dizer, afinal? Quer dizer que todos temos medos internos e uma capacidade interna para interpretar estes medos. Podemos ser os nossos próprios adivinhos.

Comida sagrada é também comer de um modo sustentável em quatro níveis, de uma vez só: biologicamente, espiritualmente, politicamente e esteticamente. Na verdade, muitos definem sustentabilidade pela sua presença simultânea em muitos níveis; a sustentabilidade liga uma ação a outra, no sentido contrário de que o método científico as dispersa e mantém as conexões invisíveis.

A sustentabilidade também nos liga às tradições antigas da terra e agricultura, alimentação e ritual. Ela pega aquele momento de fartura e torna denso o tempo, nas mesas da vida diária. A comida sagrada aduba a nossa alimentação, da forma como José adubou 14 anos (sete de colheita generosa e sete de fome) e os fez todos sustentáveis.

Muitas vezes eu tenho inveja dos camponeses quando penso em José. Por inveja dos camponeses quero dizer o modo desnecessário de as pessoas, em tempos modernos, aceitarem o desapego da terra, do pedaço de terra e do ritual da mesa, como se estivéssemos condenados a “destemperar” os alimentos.

Nos tempos bíblicos, José administrava as colheitas para a sua tribo. Hoje, em uma economia global, percebo que preciso administrar a minha tribo e a mim mesma de um jeito diferente. Eu não tenho o mesmo controle sobre a minha alimentação local ou a da minha localidade como ele tinha.

Porém nós não precisamos desistir dos modos de vida campesinos para viver no século XXI. A conexão com a terra e a alegria ritual à mesa podem ser nossas também. Sem estas conexões, concordaremos em ser um povo insustentável – um acordo que vem sob grande perigo para nós próprios e para o planeta.

A sustentabilidade igualmente reconhece o custo oculto da economia oculta em nossos corpos e almas. A comida sagrada é uma consciência simultânea sobre a alimentação para o nosso eu, e a alimentação para o “outro”, em particular os que cultivam, produzem e vendem o nosso alimento. É belo comer de um tal modo em que a alegria de estar bem-alimentado se estende a uma porção mais ampla do mundo. A oração pública que faço quando me pedem para abençoar uma refeição é dizer: “Que todos um dia comam tão bem quanto iremos comer nesta noite”.

Replico a alimentação dos 5 mil por Jesus, o encontro da maná pelo povo de Moisés naquela manhã e a festa que conclui cada um dos dias do Ramadã. Comemos bem eucarística e escatologicamente. Os camponeses compreendem estes rituais e excessos, na medida em que a profundidade deles torna viva a alma, e que a sua ausência a desanima.

Muitos supõem que a comida sagrada serve ou para aqueles com bom gosto ou para os que querem se mostrar. Estes e aqueles são em geral elogiados e zombados. O elogio é apropriado; a zombaria, não.

Contrário aos rótulos reducionistas muitas vezes associados aqui, as pessoas que compreendem a comida sagrada são também pessoas profundamente políticas.

Quem sabe, uma pobreza populista pode se tornar a riqueza diária de alimentos bem-preparados e escolhidos. Como Ralph Waldo Emerson, as pessoas que optam pela comida sagrada transformam a pobreza em elegância, um pequeno maná em grandes momentos.

Quais as três coisas que nos permitem transformar-nos em um José para o nosso Faraó interior quando precisamos administrar os nossos próprios temores com confiança e fazer um plano?

Um jeito é cozinhando. Os membros da geração millennial comem fora muito mais do que os membros das gerações anteriores. Comer fora não só é caro, mas também tem formatos fixos e cria o fenômeno de comer no metrô e à escrivaninha. Comer fora cultua o altar da conveniência, enquanto o cozinhar reverencia o “slow” e os elementos considerados em sua prática.

Um outro é desfrutar a alimentação. Comer para desfrutar é bem diferente do que comer para se alimentar: quanto mais linda a refeição, tanto menos se irá comer. Comer menos é um modo de temperar a nossa alimentação. Há um momento por vir de escassez? Talvez não nos EUA, mas o momento já está aqui para muitos de nós na economia global.

Um terceiro e último modo é rezar uma oração antes das refeições. Isso é realmente bastante simples, e lembra ao nosso Faraó interior sobre o nosso José interior. Este modo diz “obrigado” por este alimento nesta estação do ano, aqui e agora.

Haverá tempos de vacas magras? Infelizmente, sim. Mas nós podemos nos preparar para eles já nos tornando mais conscientes da nossa alimentação.

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