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Competitividade e meritocracia, a outra economia segundo Bergoglio. Artigo de Andrea Ranieri

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31 Mai 2017

“É preciso outra economia, Francisco parece nos dizer. Que comece a partir do valor de uso das coisas e da dignidade das mulheres e dos homens que trabalham como variável independente.”

A opinião é do político italiano Andrea Ranieri, ex-senador da Itália de 2006 a 2008 e ex-dirigente da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), em artigo publicado por Il Manifesto, 30-05-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Eu evitaria discutir o discurso do Papa Francisco na Ilva como se o centro da sua intervenção tivesse sido a contraposição entre direito à renda e direito ao trabalho. Porque mesmo aqueles que defendem o direito à renda nunca o pensaram como uma medida substituta para a necessidade de criar trabalho.

E porque o trabalho, para aqueles que pensam que o direito à renda o contrasta, é radicalmente diferente daquele no qual o pontífice pensa. Digno, estável, com a possibilidade de tanto tempo livre, começando pelo domingo, com um salário que permita uma vida livre do pesadelo da miséria. O contrário do precariado e dos vouchers, que aqueles que nos governam gostariam de reintroduzir por lei, depois de tê-los revogado para fugir do julgamento do referendo.

O apoio à renda para os desempregados é a condição para se subtrair da chantagem que obriga a aceitar trabalhos sem direitos e com um salário abaixo do nível mínimo de subsistência. Isto é, aqueles trabalhos que Francisco rotulou como indignos de um Estado civil. O porte revolucionário da intervenção na Ilva está no modo em que ele falou da figura do empresário, de competitividade e de meritocracia, colocando sob acusação um pouco de palavras e práticas que já entraram no senso comum generalizado, até mesmo na esquerda.

O empresário que resolve os problemas da sua empresa demitindo não é um empresário, mas um “comerciante”, e dos piores, porque trata como uma mercadoria as pessoas que trabalham. E a competitividade na gestão da empresa é um desvalor, porque mina a confiança e a colaboração entre os trabalhadores. Parece quase que o Papa Francisco leu Richard Sennet, que, no seu recente livro, Insieme [Juntos], mostra-nos com riqueza de histórias e de exemplos como o estímulo à competitividade dentro das empresas, a luta de todos contra todos para emergir e se afirmar torna as empresas impotentes para reagir às crises e, ao mesmo tempo, incapazes de inovação produtiva e organizacional. A substituição da competição pela cooperação na teoria e na prática organizacional não é uma das causas não últimas da crise que estamos atravessando.

O mesmo vale para a meritocracia. Aqui também Francisco parece conhecer as razões que animaram quem introduziu o termo. Um velho sociólogo old labour, ferozmente antiblairiano, Michel Young, que escreveu um livro de ficção-sociológica, “A origem da meritocracia”, para nos mostrar a quais horrores pode chegar uma sociedade em que renda e poder são distribuídos com base em coeficientes de inteligência. A meritocracia, disse-nos o papa, serve para culpabilizar os perdedores, para virar as costas para os pobres e para aqueles que ficam para trás, na escola, na sociedade, nos lugares de trabalho.

Parece-nos que o que Francisco fez no domingo é uma operação nada banal. Porque pôs em discussão conceitos que atravessaram e impregnaram também o campo da esquerda histórica. A competitividade como reguladora dos comportamentos das empresas no mercado e na organização do trabalho, e a meritocracia como modo para regular as posições de poder e de renda dentro da economia e da sociedade. E Francisco parece não se preocupar justamente com a compatibilidade econômica das suas afirmações. Porque a economia que nos impõe as suas compatibilidades como se fossem uma necessidade natural é uma economia “abstrata”, que vira as costas diante dos “rostos” de quem trabalha e de quem está desempregado, da pobreza e do ambiente. E é aquela que impulsiona ao consumismo e à dívida das pessoas e dos Estados como norma do seu funcionamento.

É preciso outra economia, Francisco parece nos dizer. Que comece a partir do valor de uso das coisas e da dignidade das mulheres e dos homens que trabalham como variável independente. Uma bela tarefa, se tivermos vontade e força, para a esquerda que trabalha para se reconstruir.

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