O massacre de Orlando. Causas complexas

Mais Lidos

  • “Não podemos fazer nada”: IA permite colar em provas universitárias com uma facilidade sem precedente

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

15 Junho 2016

Em meio à indignação diante do massacre de Orlando, certos defensores e adversários de direitos de gays, lésbicas e transgêneros encontraram a certa altura um ponto em comum. A responsabilidade pelo crime recai, segundo uns e outros, na intolerância do Islã em relação à homossexualidade. Um bom exemplo dessa estranha unidade pode ser encontrado nas declarações dos candidatos à Casa Branca. Donald Trump, que considera nomear à Suprema Corte juízes dispostos a revogar o casamento gay, disse que os Estados Unidos devem fechar as portas a muçulmanos e ataca os democratas por não culpar o “Islã radical” pelo ataque. Hillary Clinton, cujo partido passou a defender a lei federal do casamento gay há quatro anos, prontamente aceitou o desafio e dobrou a parada, atacando o “Islã radical”.

O comentário é de Luiz Antônio Araujo, jornalista, publicado por Zero Hora, 15-06-2016.

Religião e homofobia andam juntas há milênios. No caso do Islã, teocracias como Irã e Arábia Saudita estão no topo da lista da repressão à homossexualidade. Mas, nesse como em outros casos, preconceito e descuido podem impedir uma análise acurada. Segundo pesquisa feita com 35 mil americanos pelo Pew Research Center, entre muçulmanos o percentual de apoio ao casamento gay é de 42%. É posição minoritária, mas, ainda assim, superior à de mórmons (26%), evangélicos (28%) e protestantes afroamericanos (40%). Nos EUA, o apoio ao casamento gay é de apenas 53%. O próprio fato de o assassino da boate Pulse ser, aparentemente, um ex-frequentador sugere que a explicação para o crime de domingo seja mais complexa.