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Para além da corrupção, o erro estratégico na política externa brasileira

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Por: Jonas Jorge da Silva | 12 Abril 2017

O cientista político Bruno Lima Rocha (UNISINOS) não é nada econômico na utilização de recursos provenientes de sua vasta leitura de mundo, principalmente quando desafiado a apresentar chaves interpretativas acerca da efervescente situação do Brasil, a partir do debate das relações internacionais. Com o tema O Brasil atual no contexto geopolítico latino-americano e mundial, na manhã do dia 08 de abril, este cientista político de fala incisiva, inaugurou o ciclo de debates Brasil: conjuntura, dilemas e possibilidades, promovido pelo CEPAT, em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos da PUCPR e apoio do IHU.

Rocha não poupou críticas aos últimos desdobramentos políticos no país, apontando desde erros estratégicos de políticos considerados experientes na era Lula/Dilma até a tosca postura de personagens ligados ao Judiciário, muito deslumbrados com o modus operandi do sistema jurídico de países anglo-saxões.

Em destaque, Bruno Lima Rocha (Foto: Ilona K. Gomes)

“O poder é uma condição de força e não de desejo”, afirma Rocha, que deteve parte de sua explanação para ressaltar como o Comando Sul das Forças Armadas americanas se posiciona estrategicamente na América Latina, com suas bases militares e diferentes técnicas de influência sobre os rumos das nações. É nesta perspectiva que o cientista político procurou fazer uma leitura do que vem ocorrendo no Brasil, a partir dos interesses estadunidenses, já que é evidente que os Estados Unidos contam com o potencial de exercer hegemonia e projeção de poder sobre os campos ideológico-cultural, institucional, militar e financeiro da América Latina.

Nesse sentido, Rocha considera que no cálculo estratégico estadunidense não cabe a admissão de qualquer anseio do Brasil em ser uma potência média, com liderança sobre seus vizinhos, daí a necessidade de se destruir suas bases produtivas e qualquer outra ambição, mesmo que ainda sejam apenas em termos de potencialidades futuras. É bom lembrar que o Brasil vinha se destacando com suas empresas de construção pesada e seus conglomerados (Complexo de Óleo e Gás, Indústria Naval, exportação da expertise em construção pesada, engenharia estrutural).

Partindo destas considerações, Rocha lançou luzes sobre o significado que a Força Tarefa da Lava Jato assumiu no campo da política externa brasileira. Trata-se de um tema dificílimo do atual momento político, mas que precisa ser visto sob mais de um ângulo, não se resumindo a um assunto de simples agenda interna. Visto sob o ângulo dos interesses imperiais estadunidenses, todo este processo está minado por uma aproximação suspeita entre funcionários de carreira do mundo jurídico-policial brasileiro e estadunidense.

Rocha considera que procuradores, promotores, magistrados e autoridades das carreiras jurídicas e policiais, partindo de uma idealização do liberalismo conservador anglo-saxão, mimetizam um sistema jurídico importado como se fosse a salvação para os problemas internos brasileiros. Do ponto de vista estadunidense, este fascínio facilita a utilização imperial do direito como arma de guerra. Trata-se da captura de corações e mentes de uma tecnocracia togada que, em muitos casos, de fato, parece acreditar na possibilidade de se alcançar a meta de supressão da corrupção, vendo no arranjo entre Estado, oligarquias políticas e os capitais familiares de base nacional o causador da proliferação da corrupção.

É preciso alertar que se por um lado, segundo as contribuições de Rocha, o emprego de acordos de cooperação e convênios entre órgãos jurídico-policiais-investigativos significam melhores condições para a investigação e punição de alvos domésticos, ao mesmo tempo, implicam a vantagem estratégica dos Estados Unidos em selecionar as informações centrais a partir de seu sistema de monitoramento e espionagem. A dúvida que paira é se tais funcionários públicos agiram e agem cinicamente ou se, de fato, estão convictos do alcance desta investida jurídica, agindo como verdadeiros novos cruzados.

Para Rocha, esta confluência entre os interesses estadunidenses e de funcionários de carreiras policiais e jurídicas brasileiras está fortemente marcada pelo início do Projeto Pontes que, ainda em fevereiro de 2009, propunha consolidar treinamento bilateral de aplicação das leis e habilidades práticas contra o terrorismo e que contou com a participação de promotores, juízes e policiais federais de todo o país. Esse foi o pontapé para o estreitamento de intercâmbios posteriores que possibilitou uma série de solicitações de acordos de cooperação e convites a funcionários de carreira para estarem em prestigiadas instituições dos Estados Unidos.

A situação chegou a tal ponto em que, na análise de Rocha, o Governo brasileiro, ainda na era Lula/Dilma, perdeu a condição de agente direcionador dos interesses nacionais, leia-se dos interesses dos oligopólios nacionais, uma vez que diante das aproximações estadunidenses e dos primeiros acordos de cooperação com os Estados Unidos, em momento algum se viu a coordenação de uma Autoridade Central. Ao contrário, em uma possível leitura rasa ou equívoca, o Ministério da Justiça (Tarso Genro e, na sequência, José Eduardo Cardoso) nada fez diante dos intercâmbios entre servidores brasileiros e agentes da superpotência estadunidense, sempre preocupada em preservar e alargar o exercício de sua hegemonia.

Com estas observações, Rocha não desmereceu e nem negou o agravante caso de corrupção estrutural na vida política e social brasileira, que não é diferente das espúrias relações mantidas entre as grandes empresas estadunidenses e seus governos de plantão. Também não poupou os erros de nenhum governo, independente de sigla partidária. Contudo, quis ressaltar que do ponto de vista de uma superpotência, a criminalização de empresas estrangeiras é tratada como um recurso de guerra. Não há dúvida que interessa aos Estados Unidos o desmonte da Petrobras e das empresas de engenharia complexa que operam a partir do Brasil.

Para Rocha, tão ou mais grave que o envolvimento de políticos em casos de corrupção, é a sua omissão nos possíveis casos de ingerência dos Estados Unidos em questões internas brasileiras, o que gerou o enfraquecimento de todo o país, com consequências para a toda a sua população. O descontrole e a autonomização de instâncias do aparelho de Estado devem ser analisados com maior rigor, principalmente quando se coloca em xeque os interesses de um país, dentro de uma dinâmica de ataques e concorrências capitalistas.

A exposição de Bruno Lima Rocha não compactuou com a análise fácil e enviesada, comumente aceita com maior simpatia pelos que buscam respostas simples. Além disso, como bom cientista político, procurou trazer aos participantes as questões políticas como se dão e não como as pessoas gostariam que fossem.

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