• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A cidade enfeitada e o não enfrentamento da exploração sexual durante a Copa. Entrevista especial com Daniella Alencar

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS
  • Prevost, eleito Papa Leão XIV: o cardeal americano cosmopolita e tímido

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 3º domingo da Páscoa - Ano C - O Ressuscitado encoraja para a missão

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

12 Junho 2014

"Com certeza, Fortaleza é conhecida pelas belas praias, sol o ano todo e, infelizmente, pelo turismo sexual que propaga para o resto do mundo. E, por conta desses megaeventos, quando muitos turistas chegam à cidade, não se pode negar que se vendem, além das passagens, das hospedagens e dos passeios, os corpos das mulheres e das meninas", diz a advogada. 

Foto: www.alagoastempo.com.br

Conhecida como uma das 241 rotas do tráfico sexual de mulheres, Fortaleza, uma das cidades-sede da Copa do Mundo, não promove, "por parte do Poder Público, nenhuma força-tarefa que seja para o enfrentamento a essa questão e isso é muito cruel", diz Daniella Alencar em entrevista à IHU On-Line por e-mail.

Segundo ela, "a preocupação do Poder Público hoje é enfeitar a cidade e tentar concluir o que não foi concluído no que diz respeito às obras físicas. (...) Não se vê na cidade uma campanha institucional para o enfrentamento da exploração sexual ou aliciamento de mulheres durante o período da copa".

Ela acentua que, apesar de não haver uma prevenção em relação ao tráfico de mulheres, há uma preocupação social em torno da questão, "tendo em vista que o grande público que virá para assistir aos jogos da copa do mundo são homens. E aquele tripé desastroso que coloca a mulher como sendo meramente integrante dos desejos lascivos do homem (mulher, cerveja e futebol) passa a ser uma realidade". E acrescenta: "Além disso, as cidades-sede passam por uma experiência de estado de exceção... Alguns regramentos sociais ficarão suspensos neste período, basta perceber que foi decretado feriado nas cidades em dias de jogos".

Daniella Alencar é bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade de Fortaleza e militante feminista da Associação Frida Kahlo do Ceará.

Confira a entrevista.

Foto: www.f5news.com.br

IHU On-Line - Qual é a situação do tráfico de mulheres no Brasil? Quais são as rotas em que o tráfico é recorrente?

Daniella Alencar - O Tráfico de mulheres no Brasil é um crime cometido rotineiramente nos grandes centros, no entanto, a apuração da responsabilização ainda não conseguiu ser efetiva. O Brasil é signatário do Protocolo de Palermo de 2003, porém a nossa legislação penal somente considera o Tráfico para fins de exploração sexual, desconsiderando as outras modalidades. As rotas de destino mais recorrentes são as da Europa (Itália, Espanha, Holanda, Portugal).

IHU On-Line - Qual é o perfil das mulheres traficadas e sexualmente exploradas no Ceará e dos abusadores?

Daniella Alencar - Não existe um “perfil” de mulher que pode ser vítima de tráfico, isto porque, muitas vezes, as mulheres “compram” o sonho de uma vida melhor e caem na rede de exploração e do tráfico. Entretanto, podemos dizer que, na maioria das vezes, as mulheres que se encontram em situação de tráfico são as que têm menor poder aquisitivo, sobretudo as mulheres negras e as que já trabalham no mercado do sexo. Os abusadores, aliciadores, exploradores, também não se apresentam com um perfil fechado, pode ser o estrangeiro, o motorista de táxi, o segurança do hotel ou mesmo outra mulher que passou por uma situação de tráfico. É cruel dizer, mas, muitas vezes, a mulher vítima de tráfico, por naturalizar a violência que sofreu, se ilude em pensar que a situação que passou enquanto traficada era melhor do que a realidade que vivia no seu país.

IHU On-Line - Houve exploração sexual de mulheres e tráfico durante o processo de preparação da Copa, próximo às obras da Copa e durante a Copa das Confederações, nos estádios?

Daniella Alencar - Ainda não temos dados/números de quantas mulheres entraram ou foram aliciadas nesses períodos, porém, tendo em vista a visão mercantilista do corpo das mulheres, que só aumenta e é reproduzida diariamente, com certeza esse “legado” da copa nós já garantimos. Nas Copas da Alemanha e da África do Sul, algumas ONGs realizaram estudos que identificaram crescimento na exploração sexual e no tráfico de mulheres.

IHU On-Line - Há uma preocupação de que o tráfico de mulheres possa aumentar durante o mês da Copa do Mundo. Quais são as implicações da Copa para o tráfico e exploração de mulheres?

Daniella Alencar - Há sim uma preocupação, tendo em vista que o grande público que virá para assistir aos jogos da copa do mundo são homens. E aquele tripé desastroso que coloca a mulher como sendo meramente integrante dos desejos lascivos do homem (mulher, cerveja e futebol) passa a ser uma realidade. Além disso, as cidades-sede passam por uma experiência de estado de exceção. Alguns regramentos sociais ficarão suspensos neste período, basta perceber que foi decretado feriado nas cidades em dias de jogos.

IHU On-Line - Em recente entrevista à IHU On-Line, a professora Magnólia Said comentou que há diversas casas de prostituição em áreas nobres de Fortaleza. Percebe, nesse sentido, uma indução à exploração sexual na cidade e, especialmente, durante a Copa?

Daniella Alencar - Com certeza, Fortaleza é conhecida pelas belas praias, sol o ano todo e, infelizmente, pelo turismo sexual que propaga para o resto do mundo. E, por conta desses megaeventos, quando muitos turistas chegam à cidade, não se pode negar que se vendem, além das passagens, das hospedagens e dos passeios, os corpos das mulheres e das meninas.

IHU On-Line - Fortaleza é uma das 241 rotas de tráfico interno e internacional para fins de exploração sexual. Há uma tensão na cidade por conta da possibilidade de aumentar o tráfico de mulheres? Como essa questão tem sido tratada na cidade e no estado de modo geral?

Daniella Alencar - Bom, existem dois lados nesse questionamento. O Poder Público, tem tido uma postura tímida para o enfrentamento ao tráfico, especificamente no período da Copa. Não se vê na cidade uma campanha institucional para o enfrentamento da exploração sexual ou aliciamento de mulheres durante o período da copa. De outra parte, os movimentos de mulheres têm se empenhado em realizar debates, campanhas, vídeos, rodas de conversa com as mulheres no sentido de conscientização sobre a questão do tráfico e a exploração sexual.

IHU On-Line - Existem campanhas no Norte e Nordeste do país no sentido de chamar a atenção para os crimes de tráfico de mulheres e turismo sexual? Como o Estado do Ceará tem se organizado tendo em vista o fato de o tráfico e a exploração sexual poderem aumentar durante o período da Copa?

Daniella Alencar - Não se vê por parte do Poder Público nenhuma força-tarefa que seja para o enfrentamento a essa questão e isso é muito cruel. A preocupação do Poder Público hoje é enfeitar a cidade e tentar concluir o que não foi concluído no que diz respeito às obras físicas.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados