• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Eleições 2024: prefeitos multados por desmatamento e queimadas são reeleitos

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Especialistas internacionais e nacionais – Andrea Grillo, Maria Cristina Furtado, Faustino Teixeira, Ivone Gebara e Alzirinha Souza – apresentam suas primeiras impressões após a eleição de Robert Francis Prevost, o primeiro papa estadunidense da Igreja

    Papa Leão XIV. Desafios e expectativas. Algumas análises

    LER MAIS
  • Esquerdas governamentais, conciliatórias e apaziguadoras reduziram-se a “salvar o capitalismo dele mesmo” e não conseguem canalizar inconformidade e indignação, tarefa que o fascismo desejado e reivindicado pelas massas tomou para si com sucesso

    A internacional fascista como modo de vida. Entrevista especial com Augusto Jobim do Amaral

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Outubro 2024

Políticos eleitos em 2020 e multados pelo Ibama conseguem reeleição no Mato Grosso e no Pará.

A reportagem é de Bruno Fonseca, publicada em Agência Pública, 06-10-2024.

Reeleito com 12 mil votos e R$ 5,5 milhões em multas ambientais: Weder Makes Carneiro (MDB), o atual prefeito de Brasil Novo, município de pouco mais de 24 mil habitantes no Pará, é um dos muitos políticos brasileiros que foram autuados por infrações contra o meio ambiente, mas, mesmo assim, foram reeleitos em suas cidades.

Carneiro, conhecido como Pirica, é um dos casos mais emblemáticos. Isso porque, entre os prefeitos eleitos em 2020 que disputavam a reeleição, ele é o que tem a maior multa ambiental.

A Agência Pública mostrou que 69 prefeitos que foram eleitos em 2020 foram multados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Juntos, eles tinham quase R$ 35 milhões, resultado de infrações ocorridas entre 2015 e 2024.

Segundo o Ibama, Pirica usou fogo para destruir mais de 739 hectares de floresta amazônica nativa dentro da Terra Indígena Cachoeira Seca em 2019. Nesse ano, a terra foi a terceira área indígena mais desmatada do país, segundo dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A Cachoeira Seca perdeu mais de 60 km² entre 2018 e 2019.

Weder Makes Carneiro (MDB), o Pirica, foi reeleito: ele tem a maior multa entre os prefeitos eleitos em 2020 | Foto: Reprodução

Alvo da polícia, prefeito multado é reeleito no Mato Grosso

Após Pirica, a segunda maior multa entre os prefeitos eleitos em 2020 e que foram reeleitos neste ano é de José Antônio Dubiella (MDB), prefeito de Feliz Natal, no Mato Grosso. Ele foi reeleito com quase 60% dos votos do município, apesar de ter multas de R$ 3,3 milhões e ter sido alvo de pelo menos duas operações policiais contra o desmatamento ilegal.

A última operação contra Dubiella aconteceu no ano passado, quando a polícia mirou uma madeireira do político. A operação Ronuro – que é o nome do rio que corta a região e de uma unidade de conservação estadual – teve como alvos tanto Dubiella quanto o seu vice-prefeito, Antônio Alves da Costa (PDT), que também atua no setor de extração de madeira.

José Antônio Dubiella (MDB), prefeito de Feliz Natal, foi reeleito apesar de ter R$ 3,3 milhões em multas e ter sido alvo de operações policiais contra desmatamento | Foto: Reprodução

Segundo a investigação policial, os dois teriam burlado a fiscalização ambiental para vender madeira extraída de forma ilegal, o que caracterizaria crime ambiental e sonegação de impostos. O vice, Costa, chegou a ser preso. A polícia encontrou armas e munições sem registro na empresa do prefeito.

Um ano antes, em 2022, Dubiella já havia sido multado pelo Ibama por descumprir a proibição de utilizar uma área da fazenda Chaparral, em Nova Ubiratã, que fica ao lado de Feliz Natal. O valor da infração foi de R$ 220 mil. A fazenda, no caso, havia sido multada em 2017 pela destruição de quase 250 hectares de floresta amazônica.

Ao todo, o prefeito tem multas que vêm desde 2015, ligadas à atuação da sua madeireira. O município de Feliz Natal teve 99 km² desmatados em 2023, de acordo com o Prodes/Inpe. A área é maior que a da capital do Espírito Santo, Vitória.

Na cidade do “Dia do Fogo”, prefeito multado ganha de concorrente, que também é infrator ambiental

Em Novo Progresso, no Pará, o atual prefeito, Gelson Dill (MDB), conseguiu uma vitória acachapante: 81% dos votos.

Outro número que também impressiona na carreira do político é o valor das multas que ele possui: mais de R$ 4 milhões, apenas nos últimos dez anos, aplicadas pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Dill foi multado por ter sido acusado de destruir quase 200 hectares do Parque Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará.

Dill concorreu contra Juscelino Alves (Podemos), que já foi seu aliado: Dill foi eleito vice-prefeito de Alves, conhecido como Macarrão, em 2016. Apesar de hoje estarem em campos opostos, ambos têm um histórico contrário ao meio ambiente. Macarrão também tem multas de R$ 1,6 milhão pelo Ibama e já foi indiciado pela Polícia Federal por garimpo ilegal envolvendo exploração de ouro em balsas de garimpo no Amazonas, conforme apuração da Repórter Brasil.

Gelson Dill (MDB) foi reeleito prefeito de Novo Progresso, mesmo com multas por desmatamento no Parque Nacional do Jamanxim | Foto: Agência Senado

Novo Progresso ficou conhecido como o município do “Dia do Fogo”, uma ação de fazendeiros em 2019 combinada por WhatsApp para queimar áreas de preservação. Como mostrou a Pública, os responsáveis permanecem impunes até hoje.

Prefeito multado perde para pecuarista, que também tem multas

No Pará, São Félix do Xingu, o sexto maior município em área do país, o atual prefeito, João Cleber De Souza Torres (MDB), perdeu para Fabrício Batista (Podemos).

João Cleber, como é conhecido, foi multado quatro vezes desde 2015, num total de R$ 2,7 milhões. Ele é pecuarista e foi multado por destruição de mata nativa e descumprimento da proibição de usar áreas embargadas pelo Ibama.

Além disso, há menos de um ano, o seu afastamento chegou a ser pedido pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA). No final de outubro de 2023, o MPF acusou o prefeito de não cumprir consulta prévia a indígenas da Terra Apyterewa, considerada a terra indígena mais desmatada da Amazônia Legal, alvo frequente de madeireiros e pecuaristas ilegais.

Prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber, perdeu para outro político que tem multas ambientais | Foto: Reprodução

Segundo o MPF, a prefeitura de Cleber estaria apoiando a ocupação irregular de áreas no interior da terra, não estaria conduzindo licenciamento ambiental de forma regular e o próprio prefeito estaria espalhando notícias falsas em suas redes sociais e nas da prefeitura sobre as ações que tentavam retirar os invasores. 

A prefeitura chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reduzir à metade o território indígena. A justiça decidiu por não afastar o prefeito, mas foi proibido de se manifestar nas redes contra a operação. 

Em setembro de 2023, a Pública mostrou que o governo federal ainda hesitava para retirar os invasores da terra. Na época, o Ministério da Justiça havia autorizado o uso da Força Nacional na ação.

O novo prefeito de São Félix do Xingu, contudo, também tem multas ambientais no histórico. Fabrício Batista foi autuado em 2014 por desmatamento no município vizinho de Altamira e multado em mais de R$ 2,2 milhões.

Durante o período eleitoral, na primeira semana de setembro, São Félix do Xingu foi o município com mais focos de incêndio no Brasil, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, famílias estavam deixando crianças em casa ao invés de irem para as aulas.

Candidato a prefeito que foi multado por fogo em meio à campanha perde eleição

No Mato Grosso, um candidato multado durante o período eleitoral não ganhou as urnas, mas abriu espaço para outro desmatador assumir o cargo.

O caso de Siwal Sant Ana Soares, mais conhecido como Walzinho, foi revelado pela Pública: concorrendo a prefeito de Colniza pelo PL, o ex-vereador da cidade foi multado quatro vezes em setembro.

Walzinho, que foi multado por desmatar usando o fogo, perdeu a corrida para Miltinho — que tem uma madeireira que já foi multada | Foto: Reprodução Facebook

As multas aconteceram em Colniza e no município vizinho de Aripuanã. O político foi multado por desmatar floresta nativa da Amazônia, sem autorização. Em ao menos um dos casos ele fez isso com uso de fogo. Segundo o Ibama, a ação teria claros indícios de que a área está sendo preparada para ser usada como pasto. “É uma área grande em uma região onde a atividade agropecuária vem se estabelecendo sem as devidas licenças necessárias”, diz a descrição da multa.

Siwal se apresentava como “o candidato do Bolsonaro” nas redes sociais. Ele postou um vídeo dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Coronel Fernanda (PL-MT), no qual dão apoio ao candidato derrotado.

Ele teve 2,8 mil votos, contra 10,4 mil do seu concorrente, Milton de Souza Amorim, do União. Miltinho, como é conhecido, é sócio-administrador da madeireira Santa Clara, que foi multada em 2019 por desmatamento em Colniza. A multa foi de R$ 11,5 mil.

Colniza foi o município que mais teve focos de incêndio no Mato Grosso neste ano. Fica lá a fazenda que mais teve focos de incêndio em todo o país em 2024, que virou alvo de uma disputa judicial entre um ex-governador e um ex-deputado estadual condenados por corrupção: Silval da Cunha Barbosa (MDB) e José Geraldo Riva (PSD).

Eleito sem concorrência

Celso Padovani (União) levou de novo a prefeitura de Marcelândia, no norte do Mato Grosso. A vitória, contudo, já era garantida: ele precisava de apenas um voto, pois era o único candidato concorrendo na cidade. Ele recebeu 5.429 votos.

Como a Pública mostrou, Padovani tem duas multas aplicadas em 2018 pelo Ibama. Juntas, elas passam de R$ 1,2 milhão. O político foi multado pela destruição de 181 hectares de floresta amazônica nativa em Marcelândia e por entregar informações enganosas sobre área de vegetação que deveria ser preservada na propriedade privada.

Padovani é dono da ProNorte Colonização, empresa ré em uma ação civil pública de 2021 por desmatar vegetação sem autorização para um projeto imobiliário. 

Celso Padovani (União) era o único concorrente de Marcelândia, no Mato Grosso, e tem multas em R$ 1,2 milhão por destruir floresta amazônica | Foto: Reprodução Instagram

Além da multa milionária, Padovani tem um patrimônio ainda mais expressivo: R$ 16 milhões em fazendas e cabeças de gado, cavalos, ovelhas, mulas e porcos. Além disso, o político tem quase R$ 100 mil em armas, incluindo um fuzil, no valor de R$ 17 mil.

Leia mais

  • Mais de 90% do desmatamento na Amazônia são para abrir pastagens
  • Delegações indígenas brasileiras na Europa denunciam continuidade de desmatamento e massacres
  • Multado em R$ 11 mi pelo Ibama tenta prefeitura em campeã de desmatamento no Pará
  • Desmatamento no Cerrado desde 2023 emitiu quase o mesmo que toda a indústria
  • Pantanal acabará e meia Amazônia será devastada até 2070 nesse ritmo de desmate, diz Carlos Nobre
  • Desmatamento, clima e crimes torram o país. Artigo de Aldem Bourscheit
  • “Desmatamento é caro, fogo é mais barato”. Entrevista com Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama
  • Consumo de produtos agropecuários é o maior vetor do desmatamento amazônico
  • Como o consumo no Brasil afeta o desmatamento da Amazônia
  • Queimadas isolam indígenas em Mato Grosso
  • Emissão de CO2 por queimadas na Amazônia cresce 60%
  • Queimadas podem acelerar o colapso da Amazônia
  • 70% das queimadas no Brasil em 2024 destruíram vegetação nativa
  • Fazenda palco de “dia do fogo” em 2022 é hoje a que tem mais queimadas no Brasil
  • "Amazônia é esfolada viva", diz jornal francês sobre aumento das queimadas
  • Brasil em chamas: país tem cerca de 60% de seu território coberto por fumaça das queimadas
  • Fazendas com queimadas ilegais na Amazônia receberam R$2,6 bilhões em crédito rural. Artigo de Fábio Bispo
  • Ibama prevê queimadas críticas pelos próximos dois meses

Notícias relacionadas

  • Sueldo mínimo: dos décadas de efectos positivos sobre la reducción de la pobreza y de la desigualdad. Entrevista con Alessandra Scalioni (IHU/Adital)

    “No se debe apenas considerar las contribuciones de patrones y empleados como recaudación de la Jubilación, sino también la p[...]

    LER MAIS
  • A ambígua e ineficiente política indigenista brasileira. Entrevista especial com Egydio Schwade

    LER MAIS
  • "A democracia brasileira é chata. Não entusiasma ninguém". Entrevista especial com Francisco de Oliveira

    LER MAIS
  • João Goulart e um projeto de nação interrompido. Entrevista especial com Oswaldo Munteal

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados