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A parábola do “mare nostro”, os migrantes desconhecidos e o “Bayesan”. Artigo de Raniero La Valle

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27 Agosto 2024

"E o mar, com seu vento, com suas tempestades de verão, superaquecido e transformado em um redemoinho de água e névoa, assume seu papel, toma a palavra e fala em nome de toda a natureza, adverte os ricos para não desperdiçarem seu dinheiro em armas, especulações e corrupções, mas para usar todos os recursos para salvar a Terra, para mitigar o clima, para colocar 'a trava de volta nas águas'”. 

O artigo é de Raniero La Valle, jornalista, ex-senador italiano, publicado por Il Fatto Quotidiano, 23-08-2024. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo. 

O naufrágio do Bayesian de Londres no litoral de Palermo nos conta uma parábola que seria errado ignorar.

Há um ano, lemos em uma assembleia romana, da qual iniciou a experiência de Pace Terra Dignità, um poema de Erri De Luca cujos protagonistas eram os peixes do Mediterrâneo. Ele dizia: “Peguem e comam”. E lembrando o sacrifício da Última Ceia, dizia aos peixes reunidos em torno dos destroços dos migrantes: “Estes são os corpos que deslizaram de braços abertos para o fundo do mar. Na terra, foram crucificados, agora são do mar e de vocês, peixes. Peguem e comam todos, que não sobre nada...”. Agora o próprio mar é o protagonista da tragédia que envolveu o iate britânico e sepultou suas vítimas. O mar se rebelou contra o papel que lhe foi atribuído há anos como monstro marinho que engole os migrantes, tira-lhes até mesmo os nomes e se torna seu cemitério a céu aberto.

O mar, que hoje intercepta as rotas curtas, é o grande meio que conectou os homens na Terra, muito antes da comunicação eletrônica e das redes sociais. Povos inteiros se deslocaram pelo mar, chegaram a novas terras e descobriram o desconhecido, e o mar preservou e devolveu a memória do passado que é transmitida de uma geração para a outra, como mostram os bronzes de Riace, o sátiro de Mazara del Vallo, as ânforas espalhadas pelos museus, os destroços do avião de Ustica.

Mas os cadáveres dos migrantes que ele engoliu não os restitui, os deixa desconhecidos e sem nome. O nostro mare, contra sua vontade, tornou-se cúmplice de uma violência sem precedentes. Para aqueles que, ao vê-la, gritavam “Terra, terra! ”, fechou os portos, viu o resgate de náufragos no mar sendo transformados de obrigação em crime, os navios de resgate impedidos de zarpar, os barcos de patrulha à caça de ilegais financiados, aos “carregados de resíduos” dos salvados ser imposto navegar mais ainda para portos distantes, os desembarcados serem trancados em campos de migrantes, deportados ou trocados por dinheiro e enviados de volta para suas terras de origem, e os pobres, os fugitivos, os perseguidos riscados da informação.

E, em algum momento, o mar se vinga e se volta contra o veleiro dos ricos. E eis que então estoura a corrida dos socorros, e os barcos de patrulha vasculham o mar, e mergulhadores arriscam suas vidas para encontrar e trazer de volta os mortos, e até mesmo os embaixadores se deslocam, vêm de longe para cuidar da recuperação de seus compatriotas, e cada cadáver recebe seu nome de volta, e não se deixa que os peixes os peguem e comam para que não sobre nada, “nenhuma das cordas vocais que gritaram ao vento”.

A parábola do mar nos adverte para não fazer isso. E o mar, com seu vento, com suas tempestades de verão, superaquecido e transformado em um redemoinho de água e névoa, assume seu papel, toma a palavra e fala em nome de toda a natureza, adverte os ricos para não desperdiçarem seu dinheiro em armas, especulações e corrupções, mas para usar todos os recursos para salvar a Terra, para mitigar o clima, para colocar “a trava de volta nas águas”, para indenizar os depredados, para libertar os submersos e os explorados, para transformar os migrantes ilegais em passageiros, os requerentes de asilo em cidadãos.

E pede que para aqueles que não nasceram aqui, mas foram trazidos aqui pela dor e pelos genocídios, não se demore a dar o ius soli a seus filhos, mas se reconheça o ius maris aos pais, às mães e as parturientes nos destroços.

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