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“Assim como hoje a população palestina é bombardeada, amanhã podemos ser nós”. Entrevista com Olga Rodríguez Francisco

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14 Fevereiro 2024

Já se passaram quatro meses de guerra entre Israel e o Hamas e a pressão internacional tensiona o governo de Benjamin Netanyahu. Reuniões entre estadunidenses, israelenses, catarianos e egípcios discutem um cessar-fogo e o tema é analisado em entrevista do Página/12 com a jornalista e pesquisadora espanhola Olga Rodríguez Francisco, que nos últimos 20 anos cobriu em território os conflitos no Líbano, Afeganistão, Iraque, Territórios Palestinos Ocupados, Israel e Iêmen.

De Madrid, Olga explica que, ao contrário de suas coberturas anteriores, desde o início desta guerra, nenhum jornalista do Ocidente pôde entrar na Palestina devido ao forte controle do Estado de Israel. “Aqueles que conseguiram entrar em Gaza só o fizeram por um momento e acompanhados pelo exército de Israel”.

É sobre esta realidade que a população de Gaza diz que vive em um campo de concentração a céu aberto, gritando ao mundo que não cometeram nenhum crime. Só tentam sobreviver dia a dia.

A entrevista é de Irupé Tentorio, publicada por Página/12, 06-02-2024. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Você cobriu diversos conflitos no Oriente Médio. A última vez que esteve na Faixa de Gaza foi em 2007, quando o Hamas venceu as eleições. Antes do atentado de 7 de outubro, como a sua população vivia?

O Hamas venceu com uma contundente maioria. Desde que assumiu o poder, até o último dia 7 de outubro, Gaza era um território submetido a um castigo coletivo por meio de um bloqueio imposto por Israel. Fala-se de território ocupado porque as suas fronteiras terrestre, aérea e marítima são controladas por Israel. Somam-se a isto as incursões terrestres com tanques israelenses em territórios de Gaza. E todos os seus produtos, mesmo os essenciais, passam por esse controle. Lembro que me chamou a atenção que o óleo usado para cozinhar, depois, era utilizado nos automóveis.

Neste conflito, os políticos israelenses não respeitam os limites legais e a comunidade internacional apoia determinadas guerras, deixando de lado a exigência de paz. Quais são os riscos destas posições?

Observamos um desmoronamento da arquitetura construída durante a Segunda Guerra Mundial, baseada no direito internacional, na Carta Universal dos Direitos Humanos da ONU e, de alguma forma, podemos dizer que se passou da hipocrisia ao cinismo: tudo vale e assim como hoje a população palestina é bombardeada, amanhã podemos ser nós.

Também observamos um duplo padrão. Não transcorreu muito tempo entre a guerra na Ucrânia e a de Gaza, e o posicionamento é oposto, conforme cada guerra. Por isso, é muito difícil acreditar nos dirigentes ocidentais. Estamos vendo os riscos: se hoje Israel - com os Estados Unidos e boa parte da Europa - apoia o bombardeio da população de Gaza e a ocupação de seu território, amanhã, outra nação pode decidir que para se defender de atentados, pode fazer o mesmo em outros países. Isto é uma corrida para o abismo.

Temos de encontrar um recuo exigindo uma mudança, mobilizando-nos para que nossos dirigentes percebam que depois disto nada poderá ser igual. É preciso pedir um cessar-fogo imediato e mudar tais dinâmicas para reforçar os direitos internacionais, os direitos humanos e criar uma ONU baseada em uma nova ordem internacional.

Essa organização foi traçada há 80 anos, suas dinâmicas de voto e veto são obsoletas. Há poucos dias, o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, sugeria a entrada de algum país africano no Conselho de Segurança como membro permanente. Destacou que a ordem mundial atual é diferente. Este deveria ser o objetivo para criar dinâmicas de respeito mútuo entre os Estados, mas para isso as sociedades precisam estar mais coordenadas, sobretudo em um ano em que vemos como as ultradireitas avançam.

Nesses três meses de guerra, cerca de cem jornalistas perderam a vida. Que análise isto merece?

As consequências são gravíssimas para o direito à informação totalmente afetado. Dessa forma, facilitam uma obscuridade na informação e o controle das mensagens. Exerço o jornalismo desde os anos 1990, mesmo a geração anterior à minha não viveu uma situação de bloqueio total para cobrir um conflito. Devido aos controles israelenses no norte de Gaza e no sul de Gaza, por sua aliança com o Egito, ninguém pode entrar. Isto acontece porque o exército israelense não quer comunicadores ocidentais mortos, nem testemunhas.

Lamentavelmente, com o racismo que existe no Ocidente, não existe o mesmo respeito a um jornalista palestino ou árabe em relação a um do Ocidente. Apesar disto, destaco o papel das redes sociais: os palestinos/as souberam comunicar e suas mensagens chegaram a toda a imprensa ocidental de forma contundente e sem os filtros dos meios de comunicação. Sabem que se não demonstrarem da forma como estão agindo, não serão credíveis. Infelizmente, precisam mostrar assim para que nesta bolha do primeiro mundo possam acreditar neles.

O governo israelense quer que a Palestina desapareça?

Existe um desejo do governo da ultradireita israelense de alcançar o Grande Israel, um mapa que inclua os territórios da Palestina, Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia ocupada ilegalmente, em 1967, com várias resoluções da ONU reivindicando o fim dessa ocupação. Porque só nesses Estados poderia ser criado um Estado Palestino, não há outros.

Antes do atentado de 7 de outubro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu esteve na ONU e em seu discurso sobre como alcançar a “paz”, mostrou um mapa intitulado “Israel 1948” que incluía o território ocupado e Gaza. Pois bem, suas políticas vão nessa direção, pois o seu objetivo final é manter a maioria judia.

A concepção sionista de um Estado judeu para uma população judia envolve ter uma maioria judia e isto significa não assumir a população palestina do território ocupado como população própria e com direitos. Por isso, aplicam todos os tipos de controle. Tudo isto implica em afastar os palestinos através da ocupação e de um regime de apartheid definido como tal por organizações como a Human Rights Watch, a Anistia Internacional e a israelense B’Tselem. E há vozes que propõem promover uma nova limpeza étnica.

Contudo, há excepções: a intelectual israelense Nurit Peled-Elhanan sofreu a morte de sua filha em um atentado do Hamas e nunca mudou as suas críticas às políticas israelenses de ocupação ilegal e maus-tratos à população palestina. Ela destaca que a sociedade israelense é educada para viver no trauma permanente e pensar que todas as pessoas que não fazem parte da sua sociedade são uma ameaça. Atualmente, felizmente, há novas manifestações de jovens contra o que está acontecendo. Estas pessoas defendem a paz e entendem que as políticas de direitos humanos são necessárias.

A África do Sul denunciou Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça por condutas genocidas. Por que isto é importante?

Em si, quebrou um tabu no cenário internacional. E contribui para a perda de credibilidade de Israel e para a erosão da imagem que transmitem, que não corresponde à realidade. Seja qual for a sentença final, lembra-nos que vale a pena lutar. Esta sentença demorará anos, mas ao menos é um passo. Urge salvar as vidas da população em Gaza.

Leia mais

  • Em Gaza, o trauma de uma geração inteira
  • Diário de guerra (31). Uma saída para Gaza. Artigo de Riccardo Cristiano
  • “Em Gaza só a morte vence, não há paz sem os dois estados. Por causa dos casais homossexuais me atacam, mas não temo um cisma”. Entrevista com o Papa Francisco
  • Em Gaza, está em jogo o que somos. A crise de identidade do Ocidente
  • Palestina: em busca da difícil unidade
  • “A Palestina representa para esta geração o que a África do Sul representou para as anteriores”. Entrevista com Angela Davis
  • Tribunal dos EUA insta Biden a examinar seu “apoio inabalável” a Israel
  • Lindsey German: “As pessoas estão horrorizadas com o apoio do Reino Unido à máquina de guerra israelense”
  • Denúncia de genocídio contra Israel é reação do Sul Global a Gaza. Entrevista com Danny Zahreddine

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