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“O prazer é um dom de Deus e a castidade não é abstinência”. O sexo segundo Bergoglio que agita os tradicionalistas

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24 Janeiro 2024

"(...) João Paulo II, o Papa para quem os tradicionalistas olham com saudade, escreveu e falou repetida e explicitamente de corpo e sexualidade", escreve Iacopo Scaramuzzi, em artigo publicado por Repubblica, de 18-01-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Os protestantes têm um sentimento de culpa, os católicos têm gosto pelo pecado, dizia Luis Buñuel. O brilhante diretor surrealista captava um paradoxo que paira na Santa Igreja Romana: a paixão pelo que é proibido, a alegria que se mistura ao arrependimento, uma certa obsessão por um tema muitas vezes cercado pelo silêncio, a sexualidade. A esfera do erótico se sobrepôs àquela do herético. E com o tempo o magistério, gaguejando sobre os abusos sexuais e o papel das mulheres, porém, preocupou-se cada vez mais de temas que perpassam a sexualidade, desde a reprodução à homossexualidade. Com uma estrutura, muitas vezes muito detalhada, que o Papa Francisco vem desmontando há dez anos. Não por fúria iconoclasta, mas para arquivar matizes que possam ter dado uma impressão de um catolicismo preconceituoso e assustado com a modernidade.

E assim, quando ontem abordou o tema da luxúria, num ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, adotou as palavras de um pároco que não se embaraça com a normalidade da vida. Explicou que a sexualidade “envolve todos os sentidos, habita tanto no corpo como na psique: e isso é belíssimo”. "Sim, vejam bem", destacou: "No cristianismo não há uma condenação do instinto sexual". Jorge Mario Bergoglio alertou contra a “voracidade” sexual, a “coisificação” do outro, a sede de posse, problema destacado pelos "noticiários do dia-a-dia", disse ele em referência aos feminicídios. “O prazer sexual, que é um dom de Deus – disse o Pontífice argentino – é minado pela pornografia”. Recordou o significado da castidade, muitas vezes equivocado, na linguagem comum, com o celibato: “A castidade é mais que a abstinência sexual, está conectada com a vontade de nunca possuir o outro”. Apaixonar-se é “um dos sentimentos mais puros”, disse citando aquele cantado pelas músicas populares, e "não importa se esse amor, tão poderoso, também é um pouco ingênuo". Mas pode ser destruído pelo “demônio da luxúria” e por isso devemos estar vigilantes, até “por toda a vida”.

Um discurso que chega poucos dias depois da tempestade que atingiu o Cardeal Victor Manuel Fernandez, fidelíssimo de Francisco. Alguns sites ultraconservadores desenterraram um livro de um quarto de século atrás em que o prefeito do dicastério para a Doutrina da Fé descrevia, com linguagem sem dúvida explícita, o orgasmo masculino e feminino. Para seus detratores tradicionalistas, pornografia. Pouco importa que o livro tratasse na realidade do êxtase religioso, que a literatura mística sempre usou metáforas eróticas, pouco importa que Bernini tenha retratado a estátua de Santa Teresa de Ávila em êxtase como uma mulher excitada e que João Paulo II, o Papa para quem os tradicionalistas olham com saudade, escreveu e falou repetida e explicitamente de corpo e sexualidade.

O Cardeal Fernández, na realidade, é o para-raios do reformismo de Bergoglio. Que há dez anos normaliza o discurso sobre a sexualidade: quando proferiu a famosa pergunta “Se uma pessoa é gay e busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?” (2013) ou convidou os católicos para não ter filhos “como coelhos” (2015), quando declarou que a camisinha “é um dos métodos” para limitar a propagação da AIDS (2015) ou abriu a educação sexual na escola (2019), quando convidou os confessores a relativizar os pecados “abaixo da cintura” (2019) ou quando, contaram no Conclave de 2005, desconfiava daqueles homens da Igreja conservadores que “querem colocar todo mundo num preservativo."

Agora aprovou uma declaração do Cardeal Fernández sobre a bênção a casais homossexuais. Os bispos de África - mas não aqueles do Magreb nem os da África do Sul - não a aplicarão, os conservadores bradam blasfêmia. “Não há nenhuma indicação de que Jesus tenha sido tão obcecado pela vida sexual das pessoas", comenta o jesuíta estadunidense Thomas Reese, "como parecem ser os cristãos modernos."

A situação atual recorda o que aconteceu com Paulo VI em 1968: a Humane vitae, que proibia o uso de contraceptivos artificiais, suscitou tamanha onda de críticas que, até ao final do pontificado dez anos depois, o Papa Montini não escreveria mais nenhuma encíclica. Muitos fiéis simplesmente ignoraram o magistério, os confessionários se esvaziaram, falou-se de um “cisma silencioso”. Meio século depois, Bergoglio parece ter aprendido com essa lição. Não cede ao relativismo, não deixa de recordar os valores cristãos, mas trata os fiéis como adultos. Fala sobre sexo sem ênfases nem anátemas.

Voltando a uma sabedoria antiga, quando a Igreja condenava os pecados, mas não ultrapassava a porta do quarto do casal.

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