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Dussel: marxismo, teologia e política

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08 Novembro 2023

“Dussel estabeleceu diálogos e discussões com sindicatos, associações de camponeses, de bairros e partidárias. Nesse processo, nunca baixou, nem adaptou o nível de seu discurso. Manteve-o com alto propósito de sistematicidade e densidade, pois entendia que esse era o seu trabalho como profissional. Sua partida, no último dia 5 de novembro, também marca o fim de uma geração que colocou seu corpo e mente na tarefa de buscar a dignidade dos povos, em diálogo com o melhor das tradições de nossa região”, escrevem Jaime Ortega, da Universidade Autônoma Metropolitana – UAM, e Rodrigo Wesche, da Universidade Nacional Autônoma do México – UNAM, em artigo publicado por La Jornada, 07-11-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Enrique Dussel foi, além de um filósofo da libertação, um tributário das ideias de Karl Marx, para cujo estudo contribuiu. Exilado de sua Argentina natal, chegou ao México no final dos anos 1970. Embora já contasse com uma concepção do mundo que foi denominada Filosofia da Libertação, em sua nova residência encontrou um mundo intelectual e acadêmico onde a discussão marxista era vital.

Com seriedade, assumiu a tarefa de dialogar com tal corrente, produzindo nos anos 1980 e inícios dos anos 1990 uma tetralogia que, em grande medida, permanece sem paralelo nos estudos marxistas. Apontamos, aqui, algumas das principais marcas de sua reflexão e as razões de seu impacto.

Primeiro: Dussel não só mergulhou na discussão a partir dos Grundrisse de 1857, mas também avançou em vários manuscritos de 1861-1863 e, claro, no comentário pontual à primeira edição do livro O Capital. Sua hipótese se manteve ao longo de suas três primeiras obras e se fundamentava em que a categoria fundamental para a análise marxista não era a de totalidade – como se sugeria de Lukács a Althusser –, mas a de exterioridade.

Nos Grundrisse e textos subsequentes, Dussel descobriu que a categoria “trabalho vivo” expressava esse espaço de exterioridade, ou seja, de algo não completamente determinado pela relação social do capital. Com esta hipótese, Dussel se distanciava do marxismo tradicional, que considerava que o trabalho assalariado era a negação do capital (e não uma determinação a mais), e do marxismo ocidental, ao destacar que havia formas comunitárias não totalmente subsumidas ao mando despótico do capital. Além disso, permitia pensar que O Capital: Crítica da Economia Política não era um livro, mas, sim, um grande projeto que havia tido várias redações.

Segundo: a originalidade desta leitura dusseliana de Marx esteve completamente determinada pela sua formação teológica e seu compromisso com o que naquele tempo se denominou “a opção preferencial pelos pobres”. Embora seja verdade que outros filósofos e teólogos europeus haviam construído pontes entre o cristianismo e o marxismo, e que os teólogos da libertação haviam equilibrado os esforços emancipatórios das lutas sociais na América Latina com as veias libertadoras do cristianismo, em particular, Dussel, com a sua obra Las metáforas teológicas de Marx, de 1993, demonstrou que o filósofo alemão era um profundo conhecedor dos elementos teológicos e antropológicos centrais do judaísmo e do cristianismo e que, em grande medida, haviam inspirado suas reflexões.

As inúmeras referências bíblicas de Marx não eram um assunto meramente retórico, mas uma parte fundamental de sua crítica da economia política e da modernidade. Neste sentido, foram ao menos duas as contribuições desta leitura inovadora que desconcertou marxistas e cristãos (e ainda faz isto). Em primeiro lugar, ao destacar que as duas perspectivas bebiam de uma antropologia semita ou materialista (conforme denominada por uns e outros), ainda que expressa em termos míticos ou filosóficos, respectivamente. Em última instância, a luta pela libertação animada pela utopia do Reino de Deus dos cristãos era a mesma do Reino da Liberdade de Marx, sendo assim, os dois setores podiam unir esforços em sua luta contra a dominação.

Também contribuiu para desfazer os preconceitos jacobinos e eurocêntricos de certos setores da esquerda em relação à religião. Marx reconheceu que a modernidade havia desencadeado um processo de secularização que derrubava os altares dos deuses tradicionais, mas, ao mesmo tempo, instaurava o capital, o Estado moderno e a doutrina do progresso como novos fetiches que estruturavam a sociedade, que agora era necessário atacar. A crítica ao fetichismo da mercadoria se assemelhava à crítica dos profetas de Israel contra os ídolos, pois a questão de fundo, segundo a leitura dusseliana, estava em questionar todos aqueles deuses que implicaram a dominação do ser humano e não em se opor àqueles deuses que impulsionaram a libertação de seus crentes.

Terceiro: passada a crise do socialismo histórico, Dussel não renunciou a Marx, a quem manteve em pé mesmo quando novas concepções – como a decolonialidade – ganharam a cena. Dussel criticou o eurocentrismo, mas soube distanciar Marx dessa perspectiva. Sem abandonar o horizonte latino-americano, marcado a sangue e fogo pelas experiências nacional-populares, não renunciou à herança histórica legada por Marx.

Tudo isto o levou a acompanhar as experiências mais francas de questionamento do neoliberalismo, iniciadas em 1999 com a presidência de Hugo Chávez, na Venezuela. Assim, contribuiu com uma leitura que não só encontrava seus limites no que chamou de “momento negativo da crítica”, destrutivo do sistema imperante, mas que também servia para pensar seu “momento positivo”, o que supõe a transição e construção de outro sistema destinado a satisfazer, na medida do possível, as necessidades dos mais desprovidos.

Quarto: o compromisso militante com as causas dos governos progressistas esteve relacionado a expressões que não cabiam nos estreitos marcos das instituições acadêmicas. Dussel se tornou, em toda a América Latina, um formador de quadros. Não existe filósofo profissional mais reconhecido e lido por pessoas de fora do mundo acadêmico.

Dussel estabeleceu diálogos e discussões com sindicatos, associações de camponeses, de bairros e partidárias. Nesse processo, nunca baixou, nem adaptou o nível de seu discurso. Manteve-o com alto propósito de sistematicidade e densidade, pois entendia que esse era o seu trabalho como profissional. Sua partida, no último dia 5 de novembro, também marca o fim de uma geração que colocou seu corpo e mente na tarefa de buscar a dignidade dos povos, em diálogo com o melhor das tradições de nossa região.

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