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Para além de esquerdas e direitas ancoradas no passado

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02 Junho 2023

“O que se questiona hoje são essas grandes divisões conceituais (espírito e matéria, vivo e inerte, humano e não humano, sagrado e profano) que decidem em cada civilização o que pode e o que deve ser feito. Se concebêssemos essa contraposição de outra maneira, então nossa compreensão do mundo e o âmbito de nossos direitos e deveres se modificariam significativamente”, escreve Daniel Innerarity, professor e pesquisador de filosofia política na Universidade do País Basco, em artigo publicado por Clarín, 31-05-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Se a modernidade se afirmava como um presente superior ao seu passado, hoje estamos em um estado de ânimo que dá como assentado que o futuro será pior do que o nosso presente. Não só os reacionários defendem que o passado foi melhor, assim também pensam aqueles que, à esquerda, pressagiam um futuro catastrófico.

Por um lado, temos a nostalgia reacionária e, por outro, em uma curiosa coincidência formal, uma esquerda que prega o decrescimento e, inclusive, outra que agora só confia que o colapso nos devolva a sensatez.

O progressismo, atualmente, não consiste em pensar que a melhora da humanidade é inevitável, mas em que a piora da humanidade é justamente o que deve ser evitado. O progressismo ingênuo acreditava que as coisas melhoravam, mesmo que não fizéssemos nada, ao passo que o progressismo crítico está convencido de que as coisas vão piorar se não fizermos nada.

A grande narrativa de uma convergência inescapável entre os três projetos da modernidade europeia (progresso econômico e científico, liberalismo político e secularização) não se sustenta mais. Sabemos que o capitalismo e a ciência são compatíveis com regimes autoritários e que a modernidade tecnológica pode ser ajustada ao tradicionalismo religioso.

Nossa única projeção para o futuro é o desenvolvimento tecnológico e seu universalismo abstrato. Contudo, basta analisarmos como esse desenvolvimento ocorre e a que custo para que se difundam as dúvidas sobre a capacidade humana de melhorar a nossa condição.

Essa descrição negativa do presente e do futuro vem fundamentalmente da severidade do julgamento ecológico sobre a modernidade. O projeto moderno (racionalidade tecnológica, globalização, homogeneização cultural, instrumentalização da natureza) se manifesta incompatível com a existência de um planeta habitável.

Mantemos um projeto que não refletiu suficientemente sobre as condições terrestres de sua própria realização. A crise climática é o melhor exemplo de que o mundo não é mais o que a humanidade faz dele, mas, sim, aquilo que estamos desfazendo.

Os atores políticos respondem de maneira diferente a esse problema. Quando analisamos com um pouco de calma os discursos e as práticas políticas dominantes, encontramos algumas diferenças significativas nas duas principais famílias ideológicas que configuraram essa modernidade.

É verdade que direita e esquerda compartilham, em princípio, o objetivo ecológico, ainda que em graus e intensidades diversos, mas suas respectivas culturas políticas se distinguem claramente. Aqui, voltamos a encontrar surpreendentemente alguns paradoxos que são difíceis de entender a partir dos paradigmas clássicos.

A direita está hoje mais otimista em relação à técnica e à economia, está menos preocupada com os riscos que ambas geram e, em geral, em relação ao futuro. Há quem considere isto uma virtude do pensamento positivo ou como uma falta de responsabilidade.

A distinção entre direitas e esquerdas parece se estabelecer atualmente em função do grau de preocupação em relação ao futuro. Entre os extremos da dramatização e da frivolidade, no arco ideológico, há uma grande diversidade de graus e intensidades acerca da inquietação pelo futuro.

Nesse sentido, se o progressismo equivale à confiança no futuro, a direita tecnocrática está hoje na vanguarda, ao passo que a esquerda fala com a linguagem da conservação. Essa troca de papéis permite afirmar que é na esquerda que a relação com o progresso sofreu sua mais espetacular reversão.

Há 175 anos, Marx e Engels proclamavam, no Manifesto Comunista, que a vitória do proletariado seria inevitável. Interessa-me menos examinar o que eles consideravam destinado a vencer, do que o fato de que acreditaram que determinada vitória aconteceria inexoravelmente. Hoje, a esquerda não abandonou essa ideia da inevitabilidade, mas a mantém em sua forma negativa.

Como podemos recuperar o futuro? Quais mudanças na forma de pensar e agir essa recuperação exige de nós? Devemos fazer pequenas modificações no projeto moderno ou devemos abandoná-lo? A questão ecológica nos indica o sentido e o alcance da transformação requerida.

A insustentabilidade de nossas práticas sociais é, de entrada, um erro em nossa forma de pensar. O que se questiona hoje são essas grandes divisões conceituais (espírito e matéria, vivo e inerte, humano e não humano, sagrado e profano) que decidem em cada civilização o que pode e o que deve ser feito. Se concebêssemos essa contraposição de outra maneira, então, nossa compreensão do mundo e o âmbito de nossos direitos e deveres se modificariam significativamente.

Essa mudança de enfoque implica entender a configuração da sociedade de outra forma: quando pensamos no contrato social, costumamos nos referir à vontade constituinte de sujeitos soberanos e não aos vínculos já existentes entre os corpos capazes de se influenciarem mutuamente, dentro de um mesmo espaço de vida compartilhada.

A partir do momento em que justamente esse meio vital é ameaçado, todas as nossas categorias sobre o que é justo ou não são colocadas em questão. De entrada, essa ideia de justiça própria de uma sociedade exclusivamente humana deve ser substituída por uma abordagem ecológica que não exclua nenhum ser vivo do espaço terrestre comum.

Os modernos pensaram que o mundo era simplesmente um espaço que lhes oferecia ilimitadas possibilidades e bens supostamente inesgotáveis. Reduziram o não humano à categoria de uma natureza disponível para todos os tipos de usos. A natureza foi considerada como ambiente e agora devemos recuperá-la como meio. Só recuperaremos o futuro se respeitarmos as condições para que isso aconteça.

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