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O valor humano do trabalho. Artigo de Massimo Recalcati

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02 Mai 2023

"As despesas que não aparecem diretamente relacionadas à potenciação do lucro e da produção são tratadas como secundárias. A saúde, o meio ambiente e a escola são, portanto, as primeiras vítimas designadas pela política submetida à vontade de poder?", escreve Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pávia e de Verona, em artigo publicado por La Repubblica, 01-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O Primeiro de Maio celebra não só o direito, mas também o valor humano do trabalho. Deste ponto de vista, todos os trabalhos deveriam ter a mesma dignidade. Mas sabemos que existem trabalhos que têm um impacto mais significativo nas nossas vidas individuais e coletivas do que outros. Entre eles, é necessário lembrar o trabalho dos médicos. Não só porque a recente experiência da pandemia o viu protagonista de uma luta sem limites, mas porque o trabalho do médico, mais do que outros, tem por objetivo o cuidado da vida.

A recente notícia da psiquiatra assassinada cruelmente por um ex-paciente não é apenas um episódio que desperta indignação, mas deveria nos fazer refletir sobre a enorme responsabilidade que os médicos enfrentam tratando da nossa cura. A Itália, por outro lado, negligencia descaradamente essa responsabilidade. É um verdadeiro aviltamento que se manifesta principalmente numa remuneração inadequada a ponto de resultar ofensiva. Os salários dos nossos médicos são até três vezes mais baixos do que muitos de seus colegas que desempenham as mesmas funções em outros países europeus. Mas seus minguados salários não só não compensam onze anos de estudo, como não levam em conta, justamente, a extrema responsabilidade que acompanha cada decisão e cada ato de cuidado a que o médico é chamado cotidianamente no exercício de sua profissão.

No entanto, não é apenas um problema econômico, mas também cultural. A progressiva burocratização do trabalho médico e o risco de denúncia ou agressão física por parte dos pacientes, combinado a turnos de trabalho muitas vezes massacrantes, agravam ainda mais a condição de desvalorização generalizada da profissão médica de que também é expressão paradoxal o insano bloqueio de matrículas em Medicina.

Mas não ficou realmente nada do terrível ensinamento da Covid? O valor insubstituível de todo o pessoal de saúde, que a epidemia havia trazido à luz com grande força dramática, já foi esquecido como acontece com um pesadelo no final da noite? A saúde será destinada a tornar-se coisa de ricos, contradizendo um dos pilares da nossa Constituição (art. 32) que, ao contrário, garante o justo atendimento também para os indigentes? O trabalho do médico continuará a ser desqualificado, não reconhecido, marginalizado? Não deveríamos, em vez disso, voltar ao ABC e lembrar que se tornar médico não é seguir uma carreira profissional como as outras? Não deveríamos lembrar que apenas o trabalho da cura lida com a vida em sua condição máxima impotência? Nenhum outro trabalho é caracterizado por essa dedicação.

O cuidado médico atua quando a vida se revela frágil ou, melhor, quando sua fragilidade estrutural emerge claramente na doença e no sofrimento. De fato, o doente experimenta a reversão repentina de poder em impotência. Sua vida revela-se frágil e insuficiente.
A idolatria hipermoderna do ego é assim revertida em seu oposto. Torna-se então necessário que alguém responda ao grito de Jó, que não deixe cair a vida de quem sofre no vazio. Neste sentido, a profissão do médico continua a ser uma verdadeira vocação: dedicar-se a responder ao mal, à queda da vida na dor, a não abandonar quem sofre.

Ao aviltar o trabalho do médico e, de forma mais geral, o trabalho de todos aqueles que exercem uma atividade de cura, ao ignorar a importância decisiva do cuidar, o nosso tempo revela seu niilismo básico. Não cuida o cuidado, não sabe atribuir valor a quem cuida do outro. Deixar todo o sistema nacional de saúde cair no descaso, descuidar de todos os trabalhadores que exercem profissões de assistência ao doente, revela o quanto a lógica do lucro rege as nossas vidas da cabeça aos pés, alimentando um fantasma de poder que empurra para as margens de nossa comunidade a doença e aqueles que cuidam dela.

Não é, então, essa repressão fundamental – a remoção de nossa natureza vulnerável – que acompanha e talvez inspira as políticas míopes que não reconhecem a prioridade que a saúde pública deveria ter? Não é o mesmo que acontece também para o nosso planeta ou para as nossas escolas?

As despesas que não aparecem diretamente relacionadas à potenciação do lucro e da produção são tratadas como secundárias. A saúde, o meio ambiente e a escola são, portanto, as primeiras vítimas designadas pela política submetida à vontade de poder? Se o nascimento do estado moderno teve como base a teoria hobbesiana do medo da morte - a primeira função do estado é colocar um freio à "guerra de todos contra todos" - não deveríamos talvez nos lembrar hoje da lição de Jó? Reconhecer que a primeira função de um Estado é responder ao grito de quem sofre?

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