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Acolher a sabedoria indígena e o real significado da sinodalidade por meio da itinerância

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27 Abril 2023

De 1 a 11 de abril de 2023, dois assessores da CLAR (Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos) e da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica) – a irmã Maria Helena Morra, ICM [1] e o padre Adelson Araújo dos Santos – estiveram acompanhando o serviço itinerante e missionário no Vicariato de Puerto Leguizamo-Solano, na Amazônia colombiana, ao longo do Rio Putumayo, passando a Semana Santa junto a inúmeras comunidades indígenas.

O objetivo da visita era conhecer a realidade local e apoiar o trabalho desenvolvido pelos itinerantes (sacerdotes, religiosas, leigos) que ali doam as suas vidas, em uma região ainda marcada pela violência dos conflitos armados que já fez milhares de vítimas na Colômbia, mas também pela forte presença dos povos originários e suas tradições milenares. Além disso, a visita também serviu para preparar com as lideranças eclesiais o próximo encontro da Rede Itinerante, que é fruto de uma articulação entre a REPAM e a CLAR, para fortalecer as atuais Equipes Itinerantes e fomentar que surjam outras por toda a Pan-Amazônia, um desejo confirmado pelo Sínodo sobre a Amazônia, que propôs "formar uma rede itinerante que reúna os diferentes esforços das equipes que acompanham e dinamizam as comunidades" (cf. Documento Final, 40).

O relato a seguir é de Adelson Araújo dos Santos, SJ, enviado ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU por Luis Miguel Modino. 

O padre Adelson Araújo dos Santos é professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, onde fez mestrado e doutorado em Teologia com especialização em Espiritualidade. Atuou no Sínodo sobre a Amazônia como perito e, mais recentemente, na Comissão de Espiritualidade do novo Sínodo sobre a Sinodalidade.

Eis o texto. 

Na chegada, os visitantes foram fraternalmente acolhidos pelo Pe. José Fernando Flórez Arias IMC, missionário da Consolata, e pela Ir. Nancy Negrón Ortiz, MBP, missionária do Bom Pastor, que junto com a líder pastoral Tania Ruiz Cardona, a estudante universitária de Comunicação Paula Tatiana Castro Paniagua e o jovem piloto do barco Jhairsinio Falcón Mori formariam a equipe que passaria a semana santa distribuída em várias comunidades, cujo único acesso é pelo rio.

Vindo de outra região da Colombia, Fernando está há dez anos atuando nesta parte da Amazônia, como responsável pelo Posto missionário de Soplín Vargas, no Alto Putumayo, pertencente ao Vicariato Apostólico “San José del Amazonas”, na margem peruana do rio. Ao relatar a história da formação das comunidades que atende e da situação eclesial e social atual daquela região, o missionário compartilhou também o seu processo pessoal de inculturação e conversão constante, na convivência com os povos indígenas e a sua espiritualidade do “bem viver”, sempre em total harmonia e respeito com a Mãe Terra e todos os seres que habitam a floresta. Sentindo-se apaixonado por aquilo que faz, Fernando recorda as palavras do Papa Francisco, quando visitou a Amazônia peruana (Puerto Maldonado) em 2018: “O Papa insistiu em apaixonar-se pelo nosso território; conhecê-lo melhor, poder amá-lo, respeitá-lo e cuidar dele”.

Por sua vez, Nancy compartilhou a sua experiência de discernimento que a trouxe de Porto Rico para a Amazônia, onde atualmente faz parte de uma equipe intercongregacional com mais duas religiosas. Ela acredita muito na itinerância como um modo de aprendermos a trabalhar e a caminhar juntos e de chegar a lugares onde sozinhos seria muito mais difícil chegar. Falando do que tem sido essa experiência, Nancy afirma que “navegar de um lugar a outro pelos grandes rios desta Amazônia é uma experiência fascinante e uma grande aventura por tudo que podemos ver, sentir, respirar, ouvir e contemplar. Estou aprendendo que navegar pelos rios é estar disposto a me deixar configurar

vagando em fluxo contínuo pelo canal profundo, que não se vê com facilidade. Querer ser itinerante, como Jesus, tem me ajudado a colocar na mochila apenas o essencial. Não só no aspecto prático, de levar o essencial para poder passar a noite lá onde a noite me leva, mas na dimensão espiritual do que significa caminhar leve, abertamente, sem outro horizonte senão Jesus e sua paixão pelo Reino”.

A presença na equipe de mais duas mulheres leigas, Tânia e Paula, além das duas religiosas, visibilizou ainda mais a força da presença feminina na Igreja da Amazônia, como já reconhecera o Papa Francisco, quando afirmou: “Entendemos radicalmente porque sem as mulheres (a Igreja) desmorona, como teriam desmoronado tantas comunidades da Amazônia se não estivessem lá as mulheres a apoiá-las, a tomar conta delas” (Querida Amazonia, 101).

Antes de partir para a itinerância pelo Rio Putumayo, a equipe missionária foi recebida e acolhida oficialmente pelo bispo do Vicariato de Puerto Leguizamo-Solano, Dom Joaquín Humberto Pinzón Güiza IMC, ele também missionário Consolata, que manifestou a sua alegria pela presença dos assessores da CLAR e REPAM, em uma região e igreja tão distante dos grandes centros, o que mostra a importância de se ir ao encontro das periferias geográficas e existenciais, para escutar ali a voz do Espírito, que fala em defesa da vida e da casa comum. Dom Joaquín manifestou que as portas do vicariato estão abertas para a realização do encontro da Rede Itinerante, em agosto. E, em sinal de comunhão e respeito com os povos indígenas, os visitantes estiveram na mesma noite na “maloca” (construção típica dos povos originários amazônicos, que serve como habitação e também para momentos rituais) do cacique local, para igualmente pedir a sua licença para entrar no território indígena, sendo por ele igualmente acolhidos e bem recebidos.

Assim, no dia seguinte, a equipe iniciou a itinerância percorrendo em uma pequena lancha as águas do imenso rio Putumayo, parando nas comunidades, onde ficariam um ou dois missionários para ali passar a semana santa, enquanto os demais prosseguiam viagem até a próxima comunidade. A maioria dessas comunidades é formada pelo povo Murui, enquanto outras pertencem à etnia Kichwa. Por se tratar de comunidades ao mesmo tempo indígenas e católicas, como se apresentam seus próprios membros, é muito comum encontrar nesses territórios uma capela construída próximo da maloca, sendo ambos os locais utilizados para a realização dos ritos litúrgicos cristãos e das tradições ancestrais dos povos originários, convivendo em perfeita harmonia, pois, como ensinou um dos caciques, “o nosso Deus é um só e quer que vivamos em paz e praticando o bem entre nós e com os demais seres vivos”. De fato, a pedido da comunidade onde ficaram os assessores Adelson e Maria Helena, a celebração da vigília pascal do Sábado Santo ocorreu no interior da maloca, seguindo a liturgia tradicional do missal romano em um ambiente totalmente inculturado e familiar para aquele povo, que depois da missa expressou a sua alegria e gratidão com danças e cantos próprios da sua língua murui.

Essa harmonia com que esses povos sabem lidar com a sua fé cristã e as suas tradições passadas de geração em geração por séculos, sem dúvida são um testemunho vivo de encarnação e inculturação da mensagem do Evangelho, confirmando que longe de levar Deus àquelas culturas, o missionário deve chegar aberto para reconhecer a presença divina já presente aí, antes mesmo da sua chegada, uma vez que Deus “arma a sua tenda” em nosso meio, pela encarnação do seu Filho, em todas as culturas. Por outro lado, observar o modo harmônico como os povos indígenas se relacionam com a natureza nos ensina que o universo é feito das redes de relações, pois tudo está interligado e inter-relacionado, como tantas vezes afirmou o Papa Francisco: “Tudo está conectado. Por isso, é necessária uma preocupação com o meio ambiente, um amor sincero pelo ser humano e um compromisso constante com os problemas da sociedade” (Laudato Si', 91).

De fato, o que para nós, cristãos ditos “civilizados” é quase impossível de se praticar, os nossos irmãos da floresta amazônica vivem de modo natural e sapiencial. Comentando o impacto de tudo isso na sua experiência pessoal, Nancy conta que a cosmologia dos povos originários “é uma realidade totalmente nova para mim na qual me coloco com carinho e respeito, ouvindo para aprender sobre uma nova visão de mundo e da divindade. Gosto muito da forma como se relacionam com a mãe terra, do compromisso que eles têm com o cuidado da casa comum e sua forma de se organizar para resolver os desafios que enfrentam como comunidade”. Da sua parte, Adelson acrescenta que, como professor de teologia espiritual, pode perceber nesses dias passados com o povo Murui, que aquilo que nós, teóricos buscamos compreender e explicar, é o que eles, nossos irmãos indígenas, já vivem na prática e com muita simplicidade e autenticidade.

Em tempos de caminhar para a sinodalidade, como somos chamados a fazer hoje na Igreja, ter tido a oportunidade de caminhar junto com esses povos do Rio Putumayo, durante a semana santa, para viver com eles o tríduo pascal e partilhar da sua espiritualidade e prática do bem viver, certamente tornou ainda mais viva a celebração da presença do Ressuscitado entre nós, nesses poucos dias de missão e de itinerância pela querida Amazônia.

Nota

[1] Maria Helena Morra ICM, do Instituto do Sagrado Coração de Maria, faz parte da equipe interdisciplinar da CRB e da equipe de consultoria teológica da CLAR, é mestra em Teologia e doutora em Educação, com pós-doutorado na área de Ensino. Atualmente acompanha diversos processos de reestruturação de institutos e congregações religiosas.

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