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Um pastor para um povo. Francisco, Scannone e a teologia do povo

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18 Março 2023

Comemoram-se nestes dias os 10 anos da eleição de Jorge Bergoglio ao sólio de Pedro. Muito tem sido falado pela ocasião e muito se falará a respeito da figura do Papa Francisco, das prioridades de sua agenda de trabalho (a que foi realizada e a que ainda está em andamento), de seu estilo de governo, de seu método pastoral, de sua habilidade comunicativa.

Isso será feito, licitamente, como um primeiro balanço provisório de seu ministério como bispo de Roma. A Editora Queriniana optou por fazer memória aqueles dias de meados de março de 2013 contando com uma apresentação do livro em que seu coirmão jesuíta Juan Carlos Scannone ilustra uma das principais fontes da teologia de Francisco: a Teologia do Povo.

Porque ali a perspectiva teológico-pastoral do Papa Francisco emerge segundo um perfil qualificado, e a partir daí a orientação do pontificado se torna mais bem compreensível. O livro de Scannone tem, entre seus méritos, o de recordar eventos e figuras importantes do mundo eclesial, social e cultural que contribuíram para a história da sociedade e da Igreja argentina: foi justamente ali que Bergoglio se formou e foi precisamente com esses instrumentos conceituais que elaborou sua peculiar postura como pastor da catolicidade.

O comentário é do teólogo estadunidense R. Zachary Karanovich, professor assistente do Boston College, em artigo publicado em Teologi@Internet, 10-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Em “La teologia del popolo. Radici teologiche di papa Francesco” [A Teologia do Povo. Raízes teológicas do Papa Francisco], Juan Carlos Scannone, jesuíta argentino falecido em 2019 e um dos professores de Jorge Bergoglio, oferece uma investigação esclarecedora sobre a teologia do povo por meio de uma análise de eventos e documentos fundamentais, lidos segundo sua própria chave interpretativa. O texto de Scannone nos leva a uma viagem pela teologia do povo, desde suas raízes históricas até suas manifestações atuais no papado de Francisco.

O livro está dividido em três partes. Na primeira, intitulada “Abordagem histórica”, Scannone indica acima de tudo alguns termos e tarefas essenciais da teologia do povo. Nascida nos tempos do Concílio Vaticano II, a atenção ao “povo” surgiu em primeiro plano como resultado de uma avaliação das necessidades das populações latino-americanas. O termo devia ser entendido de forma polivalente e complexa, ligado sobretudo ao âmbito cultural, ou seja, ao “estilo de vida comum de um povo” (p. 15). Como se afirmava – e continua se afirmando – para a interpretação mais ampla da teologia latino-americana daquele período “os pobres [...] são aqueles que permitem entrever melhor e mais autenticamente o que é comum de um povo”, em contraposição ao “antipovo”, que “trai” seus semelhantes ao pôr em práticas injustiças estruturais (pp. 15s.).

A opção preferencial pelos pobres, portanto, é a lente através da qual o povo é definido e deveria identificar a si mesmo. Isso leva necessariamente a evidenciar o valor da religiosidade popular como evangelização da cultura e será, depois, um fator-chave para o conceito de “teologia inculturada” (p. 19).

Também é essencial para a teologia do povo uma compreensão ampliada da “evangelização”, que inclua a libertação. Scannone resume assim: a teologia deveria se interessar por “propiciar uma evangelização libertadora que articule ambos (palavra e sacramento) sem separá-los, [...] ligando as dimensões (divina e humana) da encarnação e, consequentemente, da missão da Igreja” (p. 38).

Na segunda parte, “Rumo a uma teologia inculturada”, Scannone elenca alguns pontos de reflexão sobre a “inculturação da própria teologia”, expressão com a qual ele entende o lugar inextricável da teologia na cultura. Para ele, essa inculturação é uma verdade, não só para a Igreja argentina ou latino-americana, mas sim para toda a Igreja.

No centro dela, estão três convicções, que formam o coração metodológico da teologia do povo: “Opção pelos pobres como categoria teológica; piedade popular como locus theologicus; inter-relação entre elas e com a inculturação da teologia” (p. 46).

Scannone continua, nessa seção, aprofundando os conceitos introduzidos na primeira parte e fundamentando-os em exemplos históricos retirados do contexto argentino. Esses exemplos concretos ajudam a evitar aquela que, às vezes, pode parecer uma repetição inútil de explicações já dadas e também oferecem importantes aprofundamentos dos fatores contextuais que favoreceram o nascimento e o desenvolvimento da teologia do povo.

Um exemplo interessante, por exemplo, é o da discussão em torno da festa argentina do Tinkunaco (pp. 83-87). Entre outras coisas, a análise do Tinkunaco oferece a oportunidade de ver a dupla maneira com que a teologia do povo interpreta a piedade e a religiosidade popular: elas são atos inspirados pela Palavra e também expressões da Palavra, isto é, expressões inculturadas da fé apreendida ou algo a ser aprendido pela fé.

Por fim, na terceira parte, “Abordagens teológico-pastorais do Papa Francisco”, Scannone traça uma linha desde a mudança de paradigma teológico de meados do século XX, devido ao Vaticano II, até o atual magistério de Francisco – um magistério que não pode ser compreendido, segundo Scannone, desconectado da teologia do povo.

Nessa parte conclusiva do texto, emergem dois elementos fundamentais. Primeiro, que a teologia do povo ajuda a distinguir o pensamento de Francisco da teologia da libertação. Embora a teologia do povo participe da obra comum pela libertação dos oprimidos, a atenção não se concentra na utilização (ou no simples uso) da crítica econômica, mas sim na crítica mais ampla “individual, social, cultural, política, econômica, internacionais e até religiosa”, necessária para enfrentar a “mundanidade espiritual” que está contaminando as realidades socioculturais contemporâneas (p. 146).

Segundo, a solução proposta por Francisco tanto na Evangelii gaudium (que Scannone aprecia mais) quanto na Laudato si’ passa por quatro critérios ou princípios:

  • 1) o tempo é superior ao espaço, critério que prefere o “horizonte” de tempo que constantemente “nos é aberto” à nossa frente e nos conduz a um futuro melhor, em contraste com os espaços definidos pelo poder e pela jurisdição, que restringem e excluem;
  • 2) a unidade prevalece sobre o conflito, critério que privilegia a unidade na “amizade social”, que não ignora as alteridades, mas as respeitas na “comunhão nas diferenças”;
  • 3) a realidade é mais importante do que a ideia, critério que se esforça para evitar a tentação das ideologias dominantes;
  • 4) o todo é superior à parte (e à mera soma das partes), critério que deseja agir por um bem comum cada vez maior, de forma a não se anular a existência dos indivíduos dentro da coletividade global (pp. 193-201).

Profundamente enraizados na teologia do povo, esses critérios compõem o “poliedro”, usado para “julgar e discernir acerca da situação de um povo (ou do povo de Deus), em função de sua construção e sua liderança na paz, na justiça e na fraternidade” (p. 204). Eles servem para definir um caminho para uma situação sociocultural mais sadia e para edificar povos sadios.

“A teologia do povo” é uma obra riquíssima, que às vezes pressupõe um leitor com sólidos conhecimentos teológicos. […] Independentemente disso, no entanto, os leitores que chegarem à conclusão do texto serão profundamente enriquecidos por ele e terão um quadro de referência para compreender melhor a agenda do Papa Francisco.

Com efeito, assim escreve Peter Casarella na Introdução à edição em língua inglesa: “Os leitores do mundo anglófono deverão descobrir a sua própria síntese e seu próprio caminho rumo a uma teologia para um povo, cuja identidade como tal foi forjada ‘a fim de aperfeiçoar a nossa União, garantir a justiça, assegurar a tranquilidade doméstica, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral e assegurar para nós mesmos e para a nossa posteridade o bem da liberdade” (Constituição dos Estados Unidos)”. Considerando-se a nossa situação atual, essa tarefa nunca foi tão importante.

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