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30 Setembro 2022

 

“Uma carícia no mundo: os humanos, os animais, o cuidado” é o título da conferência que o filósofo e etologista italiano Roberto Marchesini proferirá no sábado, 1º de outubro, no festival Torino Spiritualità.

 

O centro de gravidade da 18ª edição (de 29 de setembro a 2 de outubro) nos locais de encontro e culto, museus, espaços culturais e de entretenimento da capital piemontesa, é a “pele”, fronteira extrema entre nós e o mundo, superfície onde a vida flui, entra em conflito e produz encontros.

 

Entre os convidados, Orhan Pamuk, Frank Westerman, Jan Brokken, Oliviero Toscani, Cecilia Strada, Gherardo Colombo, Marco Aime, Lilian Thuram, Svamini Hamsananda Giri.

 

O artigo foi publicado em Il Manifesto, 27-09-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

Entre as dimensões expressivas do ser humano, um lugar não secundário diz respeito ao cuidado, aquela projeção afetiva que está na base dos comportamentos genitoriais e que representa o resultado mais significativo do fato de sermos mamíferos e sobretudo primatas.

 

Quando falamos de animalidade, costumamos cometer o erro de considerá-la uma dimensão contralateral ao humano ou, no máximo, de pertencimento comum. Na realidade, a animalidade é uma condição que apresenta diferentes declinações a partir de raízes comuns, para as quais os animais (incluindo os seres humanos) apresentam gradientes de semelhança e diversidade entre si, ou seja, dimensões predicativas de pertencimento.

 

Ser mamífero significa colocar o cuidado como fundamento ôntico, pois essa tipologia de animais focou toda sua estratégia adaptativa no acudimento e, portanto, na projeção para as necessidades expressivas de uma contraparte. Entre os mamíferos, além disso, isso teve uma enfatização entre os primatas, porque eles prolongaram a idade evolutiva em relação à duração da vida média. A pele nesses animais não é simplesmente um invólucro que contém o corpo, mas também se torna um limiar de relações compartilhadas, por meio do carinho, do abraço, do estender a mão, do grooming.

 

A dimensão epimelética – do grego epimeleomai, eu cuido – é o fundamento afetivo de um mamífero, capaz de transcender até mesmo a dimensão parental e ser cooptado em atividades de filiação, amizade, pró-socialidade e até de altruísmo. A projeção epimelética em direção ao mundo torna-se uma diretriz desejante, ou seja, uma atitude que não apenas se enquadra em um perímetro pró-social ou até mesmo moral, mas também produz satisfação em quem a implementa, por meio de mecanismos retroativos que têm uma base fisiológica em neuromoduladores como a dopamina, a serotonina e a oxitocina.

 

Em outras palavras, cuidar de alguém significa receber contribuições de gratificação e satisfação que também dão bem-estar ao cuidador. Acariciar é uma das atividades que estimulam a produção de endorfinas, e a proximidade afetiva é capaz de liberar endocanabinoides, demonstrando a forte necessidade de contato que caracteriza a nossa conjugação animal específica.

 

Na nossa natureza, não existe apenas o regime sociobiológico do egoísmo – hoje enfatizado como pretexto pela ideologia da autonomia e do hedonismo consumista –, porque precisamos de relações e construímos a nossa dimensão existencial por meio das relações. Não é possível encontrar sentido na própria existência fundamentando-a de modo solipsista em si mesmos, mas por meio daquela fenomenologia da doação que se insere na perspectiva da epimelese, ou seja, do cuidado do mundo.

 

Compreender o fato de ser mamífero significa recuperar um horizonte de inteligência afetiva, hoje infelizmente um pouco negligenciada pela visão elaborativa da cognição.

 

Os nossos valores e as preocupações que moldam sobretudo aquela proatividade ética que chamamos de moralidade estendida também não podem prescindir de uma base afetiva, ou seja, não podem se sustentar exclusivamente sobre a razão. Por isso, hoje mais do que nunca, é necessária uma nova educação sentimental, capaz de contrastar aquelas tendências solipsistas que prometem a felicidade na autossuficiência e na emancipação das relações, quando, pelo contrário, são fonte de sofrimento e perda de sentido.

 

Nesse sentido, a projeção epimelética vai além da dimensão parental para se tornar, como já assinalado por Martin Heidegger, um fundamento ontológico. O cuidado é pervasivo nas nossas relações, seja qual for o título a que pertençam, e se desenvolve em muitíssimas áreas da atividade humana, como a diligência no trabalho e nas ocupações cotidianas, a medicina e a assistência, a agricultura e a domesticação animal.

 

O cuidado é tomar contato, poderíamos dizer acariciar metaforicamente tudo o que nos cerca, projetando o eu em uma dimensão transindividual. O cuidado tem seu centro gravitacional na pele e principalmente nas palmas das mãos, razão pela qual transforma o próprio significado do nosso invólucro epidérmico – de vestido que contém a meio que põe em relação –, transformando-o em um limiar de acolhida.

 

Em um período dominado por fantasias desencarnadas, por imersões no virtual, por sonhos pós-orgânicos, redescobrir o sentido de uma inteligência afetiva conjugada na pele talvez seja o modo para renovar o contato com o mundo.

 

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