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Balanço e desafios da visita do Papa ao Canadá

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04 Agosto 2022

 

“Ao final da visita, insistiria em outra coisa que não foi dita, mas que é óbvia: para ‘avançar’, uma palavra cara aos bispos, será preciso que a Igreja e, em particular, o episcopado, abandone essa insuportável monocultura clerical, patriarcal, ainda impregnada de colonialismo”. A reflexão é de Jean-François Roussel, em artigo publicado por Presence, 02-08-2022. A tradução é do Cepat.

 

Jean-François Roussel é professor associado do Instituto de Estudos Religiosos da Universidade de Montreal.

 

Eis o artigo.

 

O Papa Francisco está de volta ao Vaticano depois da viagem que fez ao Canadá entre os dias 24 e 29 de julho. Estamos no tempo dos balanços. Aqui está um, seguido por algumas orientações em forma de desafios para a Igreja Católica canadense, que também quis endossar a postura “penitencial” anunciada pelo Papa. Se a autocrítica for rigorosa, a visita terá confirmado que a reconciliação é um processo de longo prazo e que exige que se dê conta da gravidade do desafio.

 

Expectativas e decepções

 

Durante o voo de volta, o papa endossou o termo genocídio, aparente efeito de uma espontaneidade redescoberta. Ele também ofereceu o rascunho de um repúdio da Doutrina do Descobrimento. Parece que o trabalho está bem avançado no Vaticano e deve levar a uma declaração em um futuro próximo. Esta boa notícia nos lembra que as ações da Santa Sé não devem se limitar ao tempo desta visita, cujo objetivo principal, nas palavras da Comissão da Verdade e da Reconciliação, era apresentar as desculpas em nome da Igreja católica. Voltarei a isso mais adiante.

 

Esta visita causou sofrimento a muitos indígenas. Era inevitável, mas muitas declarações, decisões e esquisitices adicionaram uma camada desnecessária de sofrimento, a ponto de me perguntar se não deveríamos pedir desculpas pela maneira como pedimos desculpas. Para citar apenas um exemplo: por que se demorou tanto para pedir desculpas pelos abusos sexuais? Imagine o desânimo e o tormento das pessoas que esperaram por essas palavras durante toda a vida e que as esperaram sem conseguir ouvi-las em Maskwacis ou em Lac Ste. Anne, nem em Sainte-Anne-de-Beaupré? Finalmente, elas foram apresentadas… a uma ágora de membros do clero, durante as Vésperas privadas de 28 de julho em Quebec.

 

Gestão de emergência

 

Há todo um contingente de trabalhadores nas sombras, o pessoal das pastorais que trabalhou em condições impossíveis, em número insuficiente devido às férias de verão, com horários muito apertados, a quem devemos agradecer, mesmo que o resultado não corresponda às suas esperanças.

 

A gestão de emergência não se presta a processos inovadores. Consequentemente, a Conferência dos Bispos Católicos do Canadá e as dioceses diretamente envolvidas recaíram em suas formas usuais de fazer as coisas. Esse é o problema: os indígenas são marginalizados. Faltou tempo para preparar os processos de preparação em si, uma vez que fomos convidados a abandonar a cultura organizacional reinante e o colonialismo arraigado que a assombra. As comunidades indígenas, os portadores das tradições, os próprios indígenas católicos foram mantidos fora dos preparativos e na ignorância, até mesmo das modalidades de participação de um evento preparado sem eles, porém para eles. Os agentes de pastoral em comunidades indígenas e intermediários valiosos, também dizem que foram deixados de lado. Enquanto a sinodalidade está na boca de todos para “caminhar juntos”, os hábitos se mostram bem enraizados.

 

As desculpas

 

Do ponto de vista objetivo (e deixando de lado o julgamento essencial dos povos indígenas, coletiva e individualmente), o pedido de desculpas é verdadeiro e representa um progresso. O papa falou de diversas maneiras sobre as várias formas de abusos e suas consequências. Mas essas desculpas permanecem incompletas. Dissemos isso várias vezes na semana passada. Eu acrescentaria duas coisas:

 

• O pedido de desculpas deveria ter reconhecido a responsabilidade da Igreja. Durante um século, quando o superior geral dos Oblatos em Roma informou sobre o andamento das obras da congregação, ele informou o papa da época sobre os internatos. O mesmo aconteceu com as outras congregações envolvidas. Por isso, vários papas aprovaram e abençoaram a ideia de retirar as crianças indígenas das suas famílias para inculcar nelas a fé junto com a “civilização”. Se nos perguntarmos concretamente até que nível vai a responsabilidade, é preciso dizer: não é exclusivamente de grupos de católicos, sejam eles poucos ou muitos.

 

• Não se tratava apenas de colaborar em um sistema colonialista de governo, mas de parceria com as autoridades religiosas. De fato, foi demonstrado pela Comissão da Verdade e da Reconciliação e pelos historiadores que os Oblatos e vários bispos acreditavam nessa parceria. Além disso, eles a defenderam, às vezes, com um governo que ainda não acreditava totalmente nela, no início do tempo das escolas residenciais: veja em particular o ardente trabalho de persuasão dos oblatos Albert Lacombe e Vital Grandin na década de 1870. Para as escolas residenciais de Quebec, o historiador Henri Goulet mostrou que persuasão semelhante ocorreu junto ao governo, a partir da década de 1930, quando este começou a questionar o balanço das escolas residenciais em termos de integração dos indígenas na sociedade canadense. Se tínhamos escolas residenciais em Quebec, era porque o clero as promoveu junto a um governo que se tornou relutante em continuar a investir nesse modelo.

 

Os pedidos

 

Do ponto de vista dos pedidos de continuação, repetimos isso durante toda a semana e o resumiria em dois termos que por vezes se apresentam como mais relevantes do que a palavra “reconciliação”:

 

– Restituição: restituir os arquivos das escolas residenciais, em Roma e, certamente, das congregações no Canadá; os artefatos indígenas das coleções do museu do Vaticano;

 

– Reparação: o repúdio da Doutrina do Descobrimento, o pagamento integral da indenização fixada em um acordo legal em 2006 para projetos de cura e revitalização cultural; a plena colaboração das autoridades católicas para que o oblato Johannes Rivoire seja levado à justiça, bem como qualquer missionário acusado de agressões sexuais, nos internatos ou nas comunidades indígenas.

 

Um desafio: abandonar a monocultura

 

Ao final da visita, insistiria em outra coisa que não foi dita, mas que é óbvia: para "avançar", uma palavra cara aos bispos, será preciso que a Igreja e, em particular, o episcopado, abandone essa insuportável monocultura clerical, patriarcal, ainda impregnada de colonialismo. Ao final de um caminho penitencial, é apropriado diz isso.

 

– Clericalismo: a Igreja controlava o programa e a mensagem, os indígenas eram, na maioria das vezes, os espectadores do espetáculo que tinha sido preparado para eles. Muitos indígenas recusaram-se a se moldar ao “sentir-se bem” e valeram-se de sua liberdade de expressão.

 

– Patriarcalismo: com exceção do Governador Geral e das mulheres que assumiram canções, as leituras de textos ou de breves orações universais, apenas uma mulher falou fora do quadro previsto. Em Maskwacis, a cri [grupo étnico] chamada Si Pih Ko cantou uma canção de sua nação (a linha melódica do hino nacional canadense foi adotada ao longo do tempo para esta canção que já era próxima), antes de expressar sua desaprovação à concessão de um cocar de chefe para um papa cuja autoridade ela – e vários aborígenes – não reconhece mais. Em um contexto indígena, esse rebaixamento das mulheres a segundo plano não acontece, pois a mudança nas relações de gênero é outro legado do colonialismo e da missão. Uma presença masculina em massa, apropriando-se do poder e do sagrado, cria uma dissonância real.

 

– Colonialismo: não podemos mais agir como se os indígenas não cristãos fossem marginais e pedir a todos que rezem a Cristo, mesmo em uma comunidade indígena onde muitos não querem saber nada sobre Cristo, principalmente por causa das escolas residenciais. Esses indígenas não cristãos não tinham lugar no programa, mesmo que decidissem se fazer ouvir de outras maneiras. A este respeito, se o desejo não reconhecido do projeto eclesial de reconciliação é ver todas essas pessoas se reconectarem com a fé cristã, estamos iludidos. Além disso, não podemos preparar sozinhos, entre católicos não indígenas, rápida e adequadamente uma visita a povos indígenas dos quais nada sabemos, porque nunca nos interessamos por eles.

 

Certamente, o clericalismo e o patriarcado têm e terão uma vida difícil na Igreja Católica. No entanto, é possível “avançar”…

 

– se os bispos que há muito tempo aspiram a uma mudança de postura em relação aos povos indígenas ganharem influência ao final desta jornada histórica;

 

– se os católicos empenhados numa reconciliação, que é também descolonização, perseverarem no seu trabalho, com a hierarquia ou sem ela;

 

– se, finalmente, surgir na Igreja Católica um trabalho de imaginação moral para que os indígenas saiam de sua posição periférica.

 

Sobre este último ponto, para transformar o lugar dos indígenas na Igreja Católica, é preciso repensar o governo eclesial. Tratarei desse assunto em um próximo artigo.

 

Leia mais

 

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