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Prestes a mudar de governo, Colômbia ainda digere conclusões de sua comissão da verdade

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03 Agosto 2022


Desafio é buscar conciliação em um país marcado por décadas de conflito e que se tornou insensível à tragédia cotidiana.

 

A repportagem é de Vitor Nuzzi, publicada por Rede Brasil Atual, 31-07-2022. 

 

Na semana que passou, a vice-presidenta eleita da Colômbia, Francia Márquez, cumpriu agenda não oficial no Brasil. O governo liderado por Gustavo Petro, o primeiro de esquerda no país sul-americano, tomará posse no próximo dia 7. A população vive um período de transformações, que inclui futuro e passado: recentemente, foi divulgado o relatório da Comissão da Verdade da Colômbia, ou la Comisión para el Esclarecimiento de la Verdad, la Convivencia y la No Repetición. Como o nome indica, o desafio será consolidar a paz em uma região marcada por turbulência e conflitos internos. Uma guerra com quase 9 milhões de vítimas, entre despejados, sequestrados, assassinados e desaparecidos. O documento final ganhou o título de Hay Futuro Si Hay Verdad.

 

Em 2020, quando o colegiado ainda trabalhava, Francia manifestou esperança de que as conclusões do relatório, divulgado em 28 de junho, fossem úteis para se transformar em ações para viver melhor no país. "Conhecer estas histórias deveria irmanar-nos. Espero que seja um processo transparente e não seja uma verdade acomodada a interesses da política da morte", afirmou à própria comissão. "Que seja uma verdade que nos permita construir uma política para a vida." Ela já declarou que pretende instalar comissão similar sobre colonialismo e racismo.

 

O próprio Petro já recebeu o informe final, em evento público, e prometeu seguir as recomendações. "A aproximação com a verdade não pode ser vista como um espaço de vingança, como se fosse uma extensão das armas", declarou. A verdade, acrescentou, deve ter como objetivo "a reconciliação, a convivência nacional".

 

Acordo de paz

 

A comissão nasceu como parte do acordo de paz firmado em 2016 entre o governo e as Farc. Foi criada e regulamentada no ano seguinte. O objetivo era esclarecer o que aconteceu durante o conflito armado iniciado em 1958, oferecendo uma "explicação ampla" de sua complexidade e com isso promover um entendimento na sociedade. "Em especial dos aspectos menos conhecidos, como o impacto nas crianças e nos adolescentes e a violência de gênero, entre outros." A maioria (75%) das vítimas se concentrou no período de 1996 a 2010.

 

A Comissão da Verdade colombiana se diferencia da maioria, afirmam ainda seus coordenadores. "A maioria das comissões no mundo se estruturou ao final de uma ditadura violenta ou ao término de um conflito. (…) O caso da Colômbia é especial porque não houve tal ditadura; ao contrário, há uma Constituição garantista e ampla nos direitos que consigna uma democracia contínua, e se terminou o confronto entre o Estado e as Farc, a violência articulada com a política e o dinheiro continua de diversas formas. (…) Uma sociedade que, sem passar à página do esquecimento, tenha a coragem de construir sobre as diferenças, incorporando os que se odiaram, para possibilitar um diálogo com respeito que faz a verdadeira democracia."

 

Ameaças à comissão

 

Foram 11 integrantes, sete homens e quatro mulheres. A presidência coube ao padre Francisco de Roux, filósofo e economista. Um processo desafiador e perigoso. Um integrante, além de receber ameaças, teve um de seus seguranças assassinado em Cali. Houve pelo menos duas invasões, da própria sede da comissão e do apartamento de um dos membros, em busca de dados sigilosos.

 

Iniciados em novembro de 2018, os trabalhos foram descentralizados, com a criação de 28 Casas da Verdade, espalhadas pelos territórios colombianos. "Lugares de acolhida, elas estiveram abertas às vítimas de todo o país, assim como aos responsáveis e testemunhas que quiseram oferecer seu depoimento", define a comissão. Foram ouvidas aproximadamente 30 mil pessoas, entre entrevistas individuais e coletivas.

 

Dignidade estraçalhada

 

Relatos de dor sem fim, em um país "estraçalhado" em sua dignidade, como disse o padre de Roux ao jornal espanhol El País. "Significa (o relatório final) uma experiência muito dura, de ser confrontado com a verdade. E ao mesmo tempo um apelo à esperança. Duro porque passamos por coisas muito profundas. Atravessamos o país mais uma vez e encontramos muitas mulheres estupradas e abusadas", afirmou o presidente da comissão.

 

E prosseguiu: "As mais de 30 mil crianças levadas para a guerra e que agora estão descrevendo como foram arrastadas para ela, como foram estupradas, como as mulheres foram forçadas a fazer abortos. Encontramos muitas pessoas que foram sequestradas, de um total de mais de 27 mil sequestros. Mais de mil famílias cujos filhos foram vestidos de guerrilheiros pelo exército e assassinados. Estivemos nas aldeias onde ocorreram massacres. (…) Essa é a realidade do sofrimento. E os soldados que perderam as pernas, com os rostos queimados pelas minas antipovo. Dor enorme em todos os lados. A Colômbia tem que parar e pensar sobre isso e seguir em frente", declarou. Ele também falou na necessidade de reconciliação.

 

Na TV, o massacre do dia

 

O que o surpreendeu, até então, foi como o próprio país se "insensibilizou" com a tragédia. "Tornou-se natural viver em meio a tanto sofrimento. No ano 2001, nós ligávamos a televisão e a primeira coisa que vinha era o massacre do dia. Hoje, ainda há pequenos massacres, mas antes, quase todos os dias, eram de 100, 80 pessoas. E o país seguia como se nada estivesse acontecendo. (…) Uma brutalidade. Por que a Colômbia não reagiu? Mais de 80% dos mortos foram civis desarmados, não foram combatentes. E isso aconteceu durante 50 anos."

 

De Roux conta que o presidente colombiano, Iván Duque, criticou o relatório devido aos pedidos de mudanças no sistema de Justiça. "As vítimas nos dizem que a justiça atual é inútil. Quando as vítimas fazem queixas, sentem-se mal, ficam sem resposta com toda esta impunidade e também correm perigo porque os perpetradores sabem quem fez as queixas, o que disseram em pormenor." Assim, afirmou, o pedido é por um sistema independente – de governo, partidos, militares, paramilitares e narcotráfico. E o governo deveria ter além dos tradicionais ministério da Economia e do Exército, um Ministério da Paz.

 

Além das revelações, a Comissão da Verdade incluiu um "decálogo" de sugestões para garantir o caminho da conciliação. Entre as propostas, está "aceitar a verdade como condição para a construção coletiva, e superar o negacionismo e a imunidade". E garantir que nunca mais se abrirá mão das armas estritamente políticas. Outro ponto da fala da responsabilização: "Aceitar que somo muitos – em diverso grau, por ação ou omissão – os responsáveis pela tragédia."

 

Viver para contar

 

Outra recomendação abrange transformações que transcendem a questão da memória. "Que o atual Estado se transforme em um Estado para as pessoas, que os políticos parem com a corrupção, que os empresários não excluam da participação na produção uma multidão que reivindica o direito de ser parte, que os que tomaram a terra a entreguem. Que mudem todos os que colaboraram com o narcotráfico, com a guerra, om a exclusão, com a destruição da natureza."

 

Foi assim que um país olhou para si. E, como diria um de seus filhos mais conhecidos, Gabriel García Márquez, viveu para contar.

 

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