Teresa de Jesus e o dinheiro. Artigo de José Centeno

Estátua representando Santa Teresa de Ávila. Foto: Carmelite Quotes

19 Outubro 2020

“Se com dinheiro você pudesse comprar o bem que eu agora vejo em mim, tê-lo-ia muito. Mas, esse bem se ganha deixando tudo. O que é que se compra com esse dinheiro? É uma coisa de preço? É uma coisa durável, e para que a queremos?... Muitas vezes o inferno é adquirido com ele e se compra o fogo duradouro e a pena sem fim...”, escreveu Teresa de Ávila, no Livro da Vida.

Segundo José Centeno: “o dinheiro salta em cada página, ainda que o mais grandioso de Teresa fosse a profunda ou alta espiritualidade da união com Deus tal e como escreve em seus livros sobre os distintos graus de oração, da união mística com Deus sob as palavras de núpcias e do matrimônio espiritual com Deus. No entanto, o tema do dinheiro ou das riquezas são sempre recorrentes em sua vida e escritos”.

O artigo é de José Centeno, escritor espanhol, publicado por Religión Digital, 15-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

Santa, porém, mulher. O aspecto mais humano de Teresa, a mulher do dia-a-dia, não foi divulgado apesar da abundância de informações. É conhecida como a Santa de Ávila. Seus arrebatamentos místicos obscureceram sua grande personalidade humana. Qualquer santo fica tão mais admirado e sugestivo conforme mais o conhecemos como ser humano em sua vida cotidiana. Historiadores, artistas, escritores, pensadores, filósofos, antropólogos e muitas personalidades, não somente crentes, mas também ateus ou agnósticos ou indiferentes se interessaram por esta mulher, como mulher.

Quase sempre nos transmitiu a espiritualidade dos santos desencarnada da sua vida diária e do contexto histórico que é imprescindível para compreende-la em sua profundidade. Como são as relações de Teresa com sua família, sua ascendência de cristã-nova, pertencia a uma classe social de fidalgos, suas relações com a aristocracia e altas hierarquias da Igreja e do Reino, os livros que lia, sua juventude de menina presumida, faladora, que gostava de ser agradável e se relacionar. Para alguns a palavra de Teresa não agrada, pois seria feminista. Em seus escritos, ela se enoja da baixa estima e desprezo que eclesiásticos e civis tinham das mulheres, que as condenam a criar filhos, e os eclesiásticos condenam as irmãs a dedicar e recitar orações memorizadas e não a pensar e meditar. Suas queixas eram abundantes contra os inquisidores que proibiam não apenas a leitura da Bíblia, mas também muitos livros espirituais. Há críticas sociais à preponderância que se dá à “honra” e à “casta dos cristãos velhos” e às aparências sociais. Para ela somente há a honra das virtudes de ser filha de Deus. Rompe com o costume de não admitir irmãs que não sejam de sangue limpo. Abriu as portas de seus monastérios às filhas de famílias de cristãs-novas.


Santa Teresa de Ávila. Imagem: Religión Digital

 

O dinheiro está presente em todos os seus escritos

Que lugar o dinheiro, os bens, as riquezas, as necessidades materiais, a comida, as tarefas diárias ocuparam na vida de Teresa de Jesus?

Teresa de Jesus, por ser descendente de cristãos-novos, ainda que nunca tenha dito abertamente, estava habituada à mentalidade mercantil própria dos judeus. Pertencia à classe média acomodada.

O primeiro escrito que se conserva de Teresa, quando tinha 31 anos, é uma carta ao rentista que se encarregava do pomar dos Ahumada, onde dizia: “faça-me a misericórdia de pagar pelo trigo, porque eu não tenho, porque o senhor Martín de Guzmán (cunhado de Teresa) ficará feliz com ele e pagará por ele, o que normalmente é feito lá”. Na última carta que escreve, também trata, dentre outras coisas, sobre o dinheiro.

Em seus escritos de todo o tipo, não somente nas cartas, mas também nos mais místicos, falava com frequência do dinheiro, das riquezas, do ouro, dos diamantes, dos bens, etc. Por exemplo, disse que “a alma é toda um diamante criado pelo Vidreiro Divino e com o ouro de maior quilate”. Afirma que “as obras divinas são ouro, joias, pedras preciosas”. As obras humanas são “chifres de cobre”, moeda de ínfimo valor que estava fora do curso legal. Nas Moradas do Castelo Interior há uma transposição descritiva das grandezas e riquezas dos castelos ao Castelo ou Morada onde habita o Senhor Nosso Deus.

O dinheiro salta em cada página, ainda que o grandioso dela é a profunda ou alta espiritualidade da união com Deus tal e como escreve em seus livros sobre os distintos graus de oração, da união mística com Deus sob as palavras de núpcias e do matrimônio espiritual com Deus. No entanto o dinheiro ou as riquezas são sempre um tema recorrente em sua vida e escritos.


Carmelitas. Imagem: Religión Digital

 

Pequenos mosteiros de pobreza e esmola ou de renda

O destino da mulher era ou ser esposa, servir o marido e aos filhos ou solteira cuidando dos pais ou para o convento servir a Deus sob a vigilância dos clérigos. Não se concebia uma mulher sozinha na vida. Em 1536, com 21 anos, Teresa, contra a vontade de seu pai que procurava para ela um esposo do seu escalão, escapou de casa para entrar no convento da Encarnação. De acordo com um irmão “combinamos de irmos um dia, cedo da manhã, ao mosteiro onde estava aquela minha amiga, a quem eu tinha muita afeição”.

No mosteiro da Encarnação havia mais de 150 mulheres, nem todas freiras, porque algumas de famílias ricas entravam com suas criadas, recebiam visitas de todo tipo em suas celas que as vezes tinham cozinhas. Outras dormiam em pequenas celas ou dormitórios corridos. A clausura era infringida por qualquer desculpa. Havia lá dentro as desigulades de classes da sociedade. As “freiras” eram na prática subservientes. Algumas vivem muito bem, outras passando fome e frio. Mais que conventos, eram similares a beatérios onde ingressavam as mulheres que ficavam solteiras, ou que não queriam se casar, como ocorreu com Teresa. A vida era muito relaxada como na maioria dos conventos, Teresa que é muito profunda e radical aspirava com outras a outro tipo de vida mais autêntico. Ela e outras freiras decidiram por sair de lá e fundar um mosteiro que seria casa de oração, contemplação, pobreza e recolhimento. Uma casa para uma comunidade de doze ou treze monjas, como Jesus e os discípulos.

A primeira fundação foi o mosteiro de São José de Ávila em 1562. Ela queria que fosse um mosteiro onde vivessem da esmola ou da pobreza, como ela chamava. Ela sofreu uma oposição muito forte da Encarnação e também da cidade de Ávila. Estamos em 1562, Teresa tinha 45 anos e já estava na Encarnação há 27 quando partiu. Ela teve que obter uma licença civil e outra do bispo para criar outro convento. Naquela segunda metade do século XVI ocorreu uma grande crise econômica no Reino devido aos muitos gastos causados pelas guerras do rei Felipe II. As autoridades e os outros conventos relutaram em permitir outro convento, que teve de ser pago com mais esmolas. As esmolas estavam diminuindo como veremos mais tarde.

Sua intenção era fundar conventos de pobreza, sem dote, e viver da esmola, para evitar a desigualdade que os dotes geram entre as irmãs. Para fazer isso, ela fundou seus mosteiros em cidades importantes onde o dinheiro é abundante. Mas as dificuldades econômicas temperaram o início de seus conventos de pobreza. Sem dotes havia o perigo de se tornarem abrigos para os necessitados. Suas bases foram alimentadas principalmente por mulheres de origem burguesa. Não se admitia analfabetas que não soubessem rezar o ofício divino. Se viver da renda e não do trabalho era o ideal e a honra do rico castelhano, ela, pelo contrário, queria viver da esmola como os pobres e, se necessário, do trabalho. As judias-convertidas sempre tiveram dificuldades de se manter, então ela não descartou completamente o trabalho. “Você tem que viver de esmola sempre, sem renda, enquanto puder sofrer” (Const. 9).

O realismo a obrigou a adotar decisões flexíveis e admitir algum trabalho nas cidades onde há pouca esmola “porque os mosteiros com renda são os de lugares pequenos, não deveria ser feito assim, mas teve que ser assim para poder se sustentar”.

Em 1568, devido às graves dificuldades econômicas das duas primeiras fundações de São José de Ávila e de Medina del Campo, ela também concordou em fundar mosteiros para alugar, como o de Malagón. A partir deste momento alternando entre uns e outros, conforme as possibilidades. No total fundou 17 conventos em vinte anos, dez de pobreza e sete de renda. A partir de 1579, cinco dos “de pobreza” tiveram que se transformar em “de renda”. Teresa é uma mulher eminentemente prática.

Famílias benfeitoras, como frequentemente acontecia, pagavam por igrejas, capelas ou mosteiros protegidos para interceder por suas almas e garantir o céu com missas perpétuas. Teresa não se contenta com só a promessa de ducados suficientes para suas novas fundações. Ela é muito realista. Exige a assinatura de um contrato para que os doadores não voltem atrás depois. Tanto quanto possível, os rendimentos não devem ser de casas ou terrenos, mas sim de doações em dinheiro, em “juros” ou “censos” (empréstimos hipotecários, com a obrigação de pagar uma determinada quantia anualmente). “Aceitem doações de terras, dizia ela às freiras, apenas se forem muito perto do convento, onde podem viajar facilmente para receber o aluguel anual dos inquilinos, porque senão no final elas se perderão”.

As fundações deveriam ser feitas em povoados com mais de mil moradores, importantes, com movimento mercantil, nos quais morassem mercadores e flui-se o dinheiro onde fosse possível para que as famílias da alta sociedade facilitassem esmolas e doações. Devem os mosteiros estar bem comunicados, não distantes da aldeia para que possam ser visitados e se acesse sem dificuldade. Suas fundações foram nas cidades mais importantes de então: Medina del Campo, Valladolid, Toledo, Salamanca, Segóvia, Sevilla, Burgos, etc. além de Ávila.


Santa Teresa de Ávila. Imagem: Religión Digital

 

Os bens e as irmãs

Deseja em princípio que as irmãs, como foi dito, não façam doações para evitar desigualdades dentro do convento, porém diante das muitas necessidades admite que contribuam com o que possam e se são ricas exige o dote, porém nenhuma mulher poderia ficar de fora por não ter dote. “As irmãs são tanto para nós, que não olhamos para os dotes” (Carta 176, 5). “É um deleite para mim cada vez que entra alguma que não traz nada, mas que vem somente por Deus” (Carta 61, 4). Teresa concebia os dotes, assim se dizia, como uma doação e os utilizava para pagar dívidas e comprar casas, muitas vezes em mau estado, para fazer as fundações ou para fazer obras e consertos nos conventos. “Aqui nesta casa duas freiras entraram com mil e quinhentos ducados (em Burgos), e são muito boas e essenciais para a obra” (Carta 223, 7).

As freiras não saiam para mendigar, viviam da esmola que recebiam; elas não deveriam trabalhar para subsistir. Elas tinham que se dedicar à oração. Elas não têm, como em outros mosteiros, “casas de trabalho” (oficinas) para viver do seu trabalho. No entanto, elas podiam costurar apenas nas horas vagas para não ficarem paradas e, assim, conseguirem algum dinheiro.

Como era muito prática, Teresa admitiu nas Constituições que em situações extremas “ajudem-se no trabalho das vossas mãos como o fez São Paulo, que o Senhor vos dará o que necessitais, mas que não é um trabalho curioso, mas sim fiar ou costurar e em coisas que não sejam tão primorosas que ocupem o pensamento para no lugar de Nosso Senhor; não em coisas de ouro, nem prata, e que não se persista no que receberão por isso”. As irmãs não podem ter nada nas suas celas “nem para comer, nem para vestir, nem ter cômoda, gaveta ou armário... mas tudo é comum” (Const., 2).

 

Teresa estava ciente das necessidades econômicas dos mosteiros

Antes de embarcar numa viagem para uma fundação, Teresa, através dos confessores ou das relações que tem com a alta sociedade (a sua família, embora diminuída, era bem ligada) procura casas que tenham jardim e água onde instalar a nova fundação. Ela cuida das transações para adquiri-los. Muitas vezes as casas não são adequadas como aconteceu em Valladolid, estão em mau estado ou o proprietário, em Burgos, volta atrás ou especula exigindo mais dinheiro no último minuto. Viaja sempre com duas ou três irmãs fundadoras e um frade para a cidade para onde vão estabelecer o convento. São obrigadas a dormir ao ar livre, em pousadas ou na rua ou galpões até desistirem ou a casa ser entregue a elas.

A casa que recebeu em Valladolid junto ao rio Pisuerga no pomar de Río Olmos (hoje bairro Cuatro de Marzo) não tinha boas condições, era insalubre e ficava a um quarto de légua (pouco mais de um quilômetro) da cidade. Como no momento não havia mais nada, a casa teve que ser limpa para as freiras viverem. Ela escreve nas Fundações: “Fiz os oficiais virem muito secretamente e comecei a fazer paredes para o recolhimento”. Saiu de casa algumas semanas depois por estar doente, sendo acolhida em alguns quartos do palácio (Palácio Real, antiga capitania) de María de Mendoza, irmã do Bispo de Ávila, onde viveram uma vida monástica durante vários meses até conseguir comprar uma casa, hoje o atual convento das Carmelitas.

Teresa não saiu da nova fundação antes de estabelecer suas irmãs. “Nunca saí de minha própria casa e me recolhi acomodada à minha vontade, não saí de nenhum mosteiro, nem abandonei. Que nisto Deus me fez muito favor, porque no trabalho gostava de ser a primeira, e em tudo pelo seu descanso e alojamento ele experimentou até os mais pequenos, como se por toda a minha vida tivesse que viver naquela casa; e por isso fiquei muito feliz quando elas pareciam bem” (Livro das Fundações 19, 6). Em Burgos, cuja fundação foi pouco antes de sua morte já doente, ela teve que ficar por cinco meses até encontrar o local definitivo.

“Porque eu sempre quis que os mosteiros (que fundei) tivessem uma renda tal, que as freiras não precisassem dos seus parentes, de nenhum deles, mas que ganhassem tudo o que precisam em casa, para comer e se vestir, e a doente se curar muito bem, porque se falta o necessário se tem muitos inconvenientes. E para fazer muitos mosteiros de pobreza sem renda nunca me faltou coração e confiança, com a certeza de que Deus não faltou, e se para fazê-los de renda mesmo com pouco, é melhor que não sejam fundados”. As doentes devem receber “sua boa ração de carne, mesmo que seja sexta-feira”.


Cartas de Santa Teresa de Ávila. Imagem: Religión Digital

Introdução à contabilidade

Teresa mandava que mantivessem uma contabilidade diária em cada convento com as receitas e despesas. “A esmola que o Senhor dá em dinheiro deve sempre ser colocada na arca das três chaves depois; exceto se não forem nove ou dez ducados abaixo, que serão dados à tesouraria que a prioresa julgar conveniente, e ela dá ao procurador tudo o que a prioresa disser que ela gasta. E todas as noites, antes de cantarem em silêncio, deem contas à prioresa ou à felicidade frequentemente pregada. E uma vez feita a conta, junta-se no livro que está no convento, para relatar ao visitante a cada ano” (Constit 2).

Os primeiros documentos contábeis ainda estão preservados no mosteiro Medina del Campo. Por exemplo, nos anos 1569-1571, um total de 207,8 ducados entraram (202 eram de esmolas e os 5,7 restantes eram de seus empregos). Quinze anos depois, em 1584-1585, devido às dificuldades econômicas prevalecentes, o mosteiro deixou de ser de pobreza e passou a ser de renda. Entraram 1000,9 ducados (cinco vezes mais), dos quais 116 de esmolas (metade do que no outro biênio), 358 de dotes e 397 de censos e juros. Tem que se levar em consideração a forte inflação. O custo total de comida e obras por freira em 1562 era de 47 ducados. Em 1585 de 68 ducados. Em seu livro “Modo de visitar os conventos”, previne o erro de que as prioresas são gastadoras.

Envolvida na vontade de seu irmão Lorenzo

Ela sempre teve uma relação muito próxima com seu irmão Lorenzo, quatro anos mais jovem. Ele foi para as Índias em 1540 como quase todos os seus irmãos e voltou viúvo com três filhos em 1572. Teresa tinha 60 anos e o ajudou a se adaptar em Ávila. Entre outras coisas, orientou-o sobre onde investir o dinheiro trazido das índias. Como nos últimos treze anos já havia fundado onze mosteiros, teve longa experiência em obras de construção, compra e venda de casas e fazendas, negócios, aluguéis, ações judiciais e empréstimos. Ela procurou uma fazenda para ele em Serna, perto de Ávila onde ele iria morar. Lorenzo combinou com doações e empréstimos para fundações. Ele já a havia ajudado antes de vir, quando ela estava nas Índias. Ela se dava tão bem com ele que eles até tinham confidências espirituais. Lorenzo a confiou a sua filha Teresita, de 8 anos, ao chegar a Sevilla. Teresita viveu no convento e esteve sempre ao lado da tia, foi freira e a ajudou nos últimos anos da sua vida.

Ela teve que intervir no testamento de seu irmão Lorenzo muito favorável à sua filha Teresita, a freira, e ao convento de São José de Medina. Lorenzo morreu repentinamente em 1580, dois anos antes de Teresa. O outro irmão, Pedro de Ahumada, que era bastante irresponsável, foi nomeado por Lorenzo administrador e testamentário e guardião de seus dois filhos, Francisco e Teresita, caso morresse antes dele. Francisco estava casado e sua sogra impugna o testamento para evitar que o dinheiro fosse para o convento de São José, onde estava Teresita, e para que a sua filha, mulher de Francisco, ficasse com a herança. Teresita, entretanto, naquele momento não tinha boas relações com sua tia Teresa de Jesus e cedeu sua parte em favor de seu irmão Francisco. As freiras de São José tiveram que negociar com a família a parte correspondente ao convento.

Ganha-se deixando tudo

Apesar de estar tão envolvida  em tantos negócios, ela também escreve sobre o que pensa sobre dinheiro e riqueza:

“Se com ele (dinheiro) você pudesse comprar o bem que eu agora vejo em mim, tê-lo-ia muito. Mas, esse bem se ganha deixando tudo. O que é que se compra com esse dinheiro? É uma coisa de preço? É uma coisa durável e para que a queremos?... Muitas vezes o inferno é adquirido com ele e se compra o fogo duradouro e a pena sem fim... com que amizade se tratariam todos se faltasse interesse de honra e de dinheiro! Tenho para mim que se remediaria tudo” (Vida 20, 27).

Teresa ria das mulheres devotas que vão às freiras para rezar a Deus para que seus negócios deem certo porque Deus não lhes faz caso: “Que eu ria e me entristeça com as coisas que elas vêm nos confiar, que imploremos a sua Majestade, aluguéis e dinheiro, e algumas pessoas que eu gostaria que implorassem a Deus para pisar e chutar todos esses. Elas têm uma boa intenção, e aí eu o confio a Deus, para dizer a verdade, embora eu tenha para mim que nessas coisas ele nunca me ouve” (Cam Perfec 1,5).

“Nunca deixes de receber as que se tornarão freiras... porque se elas não têm fortuna, têm virtudes” (Fundac 27,13).

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