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Nicarágua. “Exigir democracia não é extremismo”, afirma Ernesto Cardenal

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06 Dezembro 2019

O poeta Ernesto Cardenal, que se definiu como um “perseguido político” do regime do sandinista Daniel Ortega, aproveitou uma homenagem que o governo mexicano lhe prestou nesta quarta-feira para enviar o que se pode entender como uma mensagem de apoio aos nicaraguenses que se manifestam contra Daniel Ortega. “Exigir democracia não é extremismo”, afirmou o padre em seu breve discurso de aceitação do reconhecimento que lhe outorga o México, em uma celebração realizada na sede da Secretaria de Relações Exteriores, na Cidade do México.

A reportagem é de Carlos Salinas, publicada por El País, 04-12-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Cardenal – que completará 95 anos em janeiro e que publicou seu mais recente livro, Hijos de las estrellas (Editora Trotta) – é um dos principais expoentes da literatura latino-americana e da Teologia da Libertação, com uma vasta produção literária na qual se destacam obras como o Cântico Cósmico, com a qual criou um novo estilo poético, o qual chamou como “poesia científica”. “Creio que sou o único poeta, ou ao menos o único que eu conheço, que está fazendo poesia sobre a ciência, poesia científica. Para mim é quase uma oração ler livros científicos. Vejo neles o que alguns disseram que são pegadas da criação de Deus”, disse ao El País, em 2017.

Apesar do reconhecimento a sua poesia, o padre disse que não merecia a homenagem que lhe foi outorgada pelo governo mexicano, porque “não sou autor de uma grande poesia”, explicou. Para ele, agregou a poesia “não brota espontaneamente, se consegue com muito trabalho e dedicação”, pelo que afirmou que seus poemas são de uma “pequena grandeza, relativa e por razões extraliterárias”.

Na homenagem desta quarta-feira, participaram o secretário de Relações Exteriores Marcelo Ebrard e a secretária de cultura mexicana, Alejandra Frausto, quem classificou o poeta como um “mestre da palavra e da ação intelectual de primeira linha”. “Cardenal – acrescentou – tem a capacidade de desatar a paz onde se desatou a dolorosa violência”. Durante a cerimônia se leram poemas de Cardenal, incluindo versos de Canto a México (Fondo de Cultura Económica), nos quais o poeta se submerge nas origens das culturas e dos povos mesoamericanos.

A poesia de Cardenal está fortemente ligada à Revolução Sandinista, que em 1979 derrotou a ditadura de Somoza. Em poemas como Hora Cero ou El Canto Nacional o poeta destacou as proezas de Augusto Sandino e os guerrilheiros sandinistas. Essa íntima vinculação à política fez que a nomenclatura da Igreja católica o rechaçasse, a tal ponto que o papa João Paulo II o admoestou publicamente quando visitou a Nicarágua, em 1983, em plena era sandinista. Cardenal, no entanto, mantinha um profundo amor cristão, expressado por obras como Los Salmos, versos que demonstram seu compromisso com a fé, mas também sua crítica às injustiças, à opressão e o sofrimento dos mais desprotegidos. O poeta é um criado incansável, um homem comprometido politicamente até o final de seus dias, e uma voz profética, combativa e incômoda para o poder. Depois de décadas de purgação por parte do Vaticano, o poeta foi reabilitado pelo papa Francisco. Jorge Mario Bergoglio o informou em fevereiro de 2019 revogou a suspensão a divinis (proibição de administrar os sacramentos) que Karol Wojtyla lhe impôs em 1984. Em uma entrevista, o próprio Cardenal reconheceu: “Sinto-me identificado com esse novo Papa. É melhor do que como poderíamos ter sonhado”.

Devido as suas posições críticas, é uma das personalidades mais perseguidas pelo governo de Ortega na Nicarágua. “Eles [Ortega e sua esposa e vice-presidente Rosario Murillo] são donos de todos os poderes da Nicarágua. Eles têm um poder absoluto, infinito, sem limites, e esse poder agora está contra mim”, disse Cardenal para esse jornal, em sua casa em Manágua. “Bem, me encontro bem... Porém estou entediado! Não posso sair! Não posso fazer nada!”, afirmou em outra conversa, realizada no ano passado, na qual também disse: “Não há liberdade para que eu diga algo, na Nicarágua estamos em uma ditadura”.

Nesta quarta-feira, ainda que cauteloso, o poeta fez referência ao que acontece na Nicarágua, onde Ortega classificou os manifestantes como extremistas e terroristas e as manifestações como tentativa de golpe. Cardenal – que assistiu à homenagem em uma cadeira de rodas e com um tubo de oxigênio – disse que estava contra o extremismo e o ódio e afirmou que “exigir democracia não é extremismo... ou é um extremismo válido”. E, apontou: “Odeio o ódio, e amo o amor”.

México ao resgate de autores centro-americanos “esquecidos”

Antes del homenaje al poeta Ernesto Cardenal na sede da Secretaria de Relações Exteriores, na Cidade do México, o editor Philippe Ollé-Laprune apresentou a Biblioteca de Literatura Centro-americana, uma iniciativa da diplomacia mexicana que pretende resgatar da “ignorância e o esquecimento” escritores de uma região rica em produção literária, porém em muitos casos menosprezadas pela indústria editorial.

A coleção reúne nesta primeira edição uma antologia de poemas do nicaraguense Carlos Martínez Rivas – considerado o melhor poeta desse país depois de Rubén Darío –; a única novela do salvadorenho Roque Dalton – definido na apresentação como “revolucionário, poeta e agitador internacional”; poemas de Juan Ramón Molina, de Honduras, autor de uma obra “atormentada, profunda e universal”; o guatemalteco Luis Cardoza y Aragón e ensaios da costa-riquense Carmen Lyra.

“Conhecer nossos vizinhos é sempre frutífero”, disse Ollé-Laprune, curador da coleção. “Buscamos – agregou – romper a inércia que impõem à história e à realidade, o silêncio que submerge muitas literaturas no vazio, exigir o retrocesso da ignorância e do esquecimento”.

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