31 Outubro 2019
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, comunicou nesta quarta-feira (30) que o país não irá sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25). O motivo são os protestos que tomam as ruas do país há quase duas semanas. No comunicado enviado à imprensa, Piñera afirmou que as prioridades do governo neste momento são reestabelecer a ordem pública e dar respostas às demandas da população.
A reportagem é de Fernanda Wenzel, publicada por ((o))eco, 30-10-2019.
O cancelamento acontece há pouco mais de um mês do início da COP, prevista para ocorrer entre os dias 2 e 13 de dezembro. A Secretária Executiva de Mudanças Climáticas da ONU, Patricia Espinosa, emitiu um comunicado afirmando apenas que está “explorando opções de sedes alternativas” para o evento.
Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, acredita que será muito difícil encontrar um novo país sede em tão pouco tempo: “É muito difícil realizar a conferência em outro lugar com um mês de antecedência. Você leva pelo menos um ano de preparação. E não é apenas logística, tem também preparação de agenda, do papel do país na condução do processo. Isso não acontece em um mês”. Rittl acredita que o mais provável é que a COP fique para o primeiro semestre do ano que vem, mas lembra: “O adiamento da COP não pode ser desculpa para atraso na ação climática”.
Este é o segundo revés da COP-25. Em novembro de 2018, o recém-eleito presidente Jair Bolsonaro retirou o Brasil da lista de países candidatos a receber a evento.
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Presidente do Chile cancela COP um mês antes do evento - Instituto Humanitas Unisinos - IHU