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Ele não denunciou o padre pedófilo. A sombra no passado do novo chefe do Santo Ofício

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04 Julho 2017

Na cidade de Foggia, em 2012, dom Gianni foi afastado por molestar menores, mas ninguém ficou sabendo. Porque o arcebispo Dom Ladaria ordenou o silêncio. E os abusos continuaram. Em março de 2012, Dom Luis Ladaria Ferrer, que no sábado foi indicado pelo Papa Francisco como novo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, encobriu, sem denunciá-lo, um padre pedófilo que foi reduzido ao estado de laico por abusos sexuais.

A reportagem é de Emiliano Fittipaldi e Giuliano Foschini, publicada por Repubblica, 03-07-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

Mais ainda. Ele ordenou, preto no branco, que a condenação canônica transitasse em total silêncio. Padre Gianni Trotta, graças à tolerância do Vaticano e da cúria local, teve a oportunidade de continuar livremente a estuprar menores de idade: após de ter sido forçado a abandonar a batina, tornou-se treinador de um time de futebol juvenil, e em dois anos molestou uma dezena de crianças em uma pequena cidade perto de Foggia. A história de Trotta foi contada em fevereiro passado pelo jornal Repubblica, que hoje, juntamente com o L’Espresso, estão em condições de reconstruir a responsabilidade direta de Ladaria. Foi ele que, em 16 de março de 2016, assinou o decreto em latim, no qual convidava os superiores do pedófilo a permanecerem calados e mudos para não "criar escândalo entre os fiéis". Um novo espinho para o Papa Francisco, que - após a acusação formal de seu (agora ex) braço-direito George Pell por supostos abusos de alguns adolescentes australianos - decidiu nomear Ladaria como sucessor de Gerhard Ludwig Müller, o cardeal alemão dispensado também por ter sido julgado pouco incisivo na luta contra a pedofilia. Um paradoxo.

Vamos recapitular os fatos. Sabemos que padre Trotta foi indiciado no Vaticano em 2009. Também sabemos que sobre o seu caso não vazou nenhuma palavra e que Ladaria, secretário da Congregação a partir de 2008 até sua promoção atual, e seu superior na época, o prefeito William Levada, assinaram o decreto que condenava dom Trotta à pena máxima, ou seja, à redução ao estado laico, por abusos sexuais contra menores. O documento foi enviado, presumivelmente, aos superiores do abusador, que pertencia à congregação da Pequena Obra da Divina Providência, e residia no bispado de Lucera, perto de Foggia. Para o Vaticano, Trotta é oficialmente um pedófilo, mas ninguém se dá ao trabalho de denunciá-lo às autoridades italianas. Ladaria e Levada escolheram outro caminho. No documento, depois de ter comunicado que "Padre Gianni Trotta é culpado de crimes contra menores em desrespeito ao sexto mandamento" e que "o Sumo Pontífice Papa Bento XVI decidiu com suprema e inapelável sentença que, para o bem da Igreja, deveria ser imposta a demissão do estado clerical e da Pequena Obra da divina providência", dispõem que "os responsáveis tratem, quanto possível, que a nova condição do sacerdote destituído não se torne escândalo para os fiéis”. Um convite, na prática, ao silêncio.

É verdade que na carta de Ladaria e de seu superior é acrescentado que “os responsáveis”, ou seja, aqueles que tinham autoridade direta sobre padre Trotta, poderiam quebrar o pacto de tolerância frente a novo “perigo de abuso de menores” e que em tal caso poderiam "divulgar a notícia da demissão, bem como o motivo canônico subjacente". Mas se trata de um adendo à la Pilatos: em vez de denunciar o pedófilo à magistratura, o novo chefe da Congregação para a Doutrina da Fé transferia toda responsabilidade de vigilância ao instituto de origem do maníaco. Um contrassenso, já que o bispo, o padre e o superior da Ordem não tinham mais influência alguma sobre um padre já destituído.

Trotta decidiu permanecer na cidadezinha, reciclando-se como treinador de pequenos jogadores de futebol. Nenhuma família foi informada da sentença, porque a Cúria e o instituto calaram. De 2012 a 2014 ele abusou (pelo menos de acordo com a acusação) de uma dezena de garotos, entre alunos da escolinha a meninas perseguidas nos chats. Gianni praticamente destruiu a vida de toda uma geração da cidade.

Apenas em abril de 2015, graças à denúncia dos pais de uma criança da sexta série que tinha finalmente encontrado a coragem de falar, o ex-padre foi preso por ordem de uma promotora pública de Bari, Simona Filoni. Em julho de 2016, Trotta foi condenado em primeira instância a oito anos de prisão por violência contra o menor de doze anos de idade, e em poucos dias terá início um novo processo por abusos a outras crianças. "Se a congregação e a cúria local tivessem denunciado o sacerdote às autoridades, em vez de escolher o caminho do silêncio, os menores poderiam ter sido salvos desse horror: nós o teríamos parado", explica um investigador que está acompanhando o caso.

Uma escolha, a de Ladaria e Levada, que é questionável eticamente, mas que permanece impecável do ponto canônico. A decisão, aliás, também é permitida por lei: graças aos Tratados de Latrão, na Itália o clero não tem a obrigação de denunciar a conduta de seus subordinados, mesmo que tenha implicações criminais. A opção pelo silêncio, por fim, permite agora a desculpa de praxe: "Eu não sabia nada sobre Trotta", declarou o bispo da época Domenico Cornacchia.

Certamente fica a dor dos sobreviventes, e o fato de que o novo prefeito escolhido por Francisco talvez pudesse ter salvo algum garoto, se apenas tivesse colocado os interesses dos mais fracos à frente daqueles da Igreja.

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