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Lava-pés: deslocamento que amplia a visão da vida

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08 Abril 2020

“Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura” (Jo 13,5).

A reflexão bíblica é elaborada por Adroaldo Palaoro, padre jesuíta, comentando o evangelho do Domingo de Ramos - Ciclo A, que corresponde ao texto de João 13,1-5.

No Evangelho desta Quinta-feira Santa, Jesus, com sua original sabedoria, nos oferece uma outra perspectiva de vida. Sem dúvida alguma, Jesus era um provocador, no sentido etimológico da palavra, (provocar: chamar para frente, desinstalar), que motivava as pessoas a verem as coisas a partir de uma perspectiva diferente da que era habitual.

Mas, custa-nos muito modificar nossa perspectiva; estamos acostumados a um modo fechado de viver, com umas viseiras que não nos permitem captar a vida em sua plenitude e riqueza; com isso nos instalamos no já adquirido e conhecido e atrofiamos em nós o dinamismo que busca abrir a mente e alargar o coração à realidade que nos cerca.

Ver as coisas “por uma outra perspectiva” é muito mais instigante.

Um ponto de vista novo, limpo e original é uma grande ajuda para uma vida sadia.

O que Jesus pretende, no gesto do “lava-pés”, é nos oferecer um novo ponto de vista, um novo ângulo, uma nova perspectiva, fazendo-nos ver a realidade do outro como se fosse pela primeira vez, com um olhar límpido e uma atitude compassiva.

Na noite em que ia ser entregue, Jesus realizou um gesto provocativo: levantou-se da mesa, distanciando-se do lugar reservado àqueles que a presidem e se situou no lugar daqueles que pertencem à categoria dos “servidores”. Jesus sabia que o lugar em que estamos situados condiciona nosso olhar e nossa atitude; por isso, tomou distância e adotou a perspectiva que lhe permitia perceber outras dimensões da vida.

A partir desse lugar tocou de perto o barro, o pó, o mal odor, a sujeira..., tudo isso que aqueles que estão sentados à mesa acreditam estar a salvo ou simplesmente ignoram e desprezam. Rente ao chão e em contato com os pés dos outros, Jesus realizou uma mudança e uma amplitude de visão que lhe fazia perceber tanto as riquezas e dons de cada um como captar a desnudez, a fragilidade e as limitações da corporalidade das pessoas. E, olhadas a partir daí, Ele deixa transparecer que qualquer pretensão de superioridade ou domínio se revela como ridícula e falsa.

Nesse deslocamento a um “lugar entre tantos outros”, Jesus viu de perto e por dentro àqueles que os outros consideravam distante e fora. Porque para Ele, os maiores e os mais importantes são aqueles que, segundo nossos critérios, não são contados. O lugar em que Jesus decidiu se situar deu origem a “revolução nas relações pessoais”, que tanto nos sobressalta e ao qual tanto nos resistimos. Só o fato da possibilidade desse deslocamento se revela ameaçadora porque nos tira do terreno do conhecido e nos convida a descobrir novos significados que não coincidem com os que consideramos evidentes.

Com o gesto do lava-pés e ao deslocar-se para o lugar do servo, Jesus rompe a verticalidade e a relação senhor-escravo, os de cima e os de baixo, os de dentro e os de fora, inaugurando, assim, a nova ordem circular do Reino, onde ninguém é descartável.

Ali também Ele nos revela-nos um rosto novo de Deus: o Deus cuidadoso e compassivo, identificado com os últimos e que a partir do último, serve, sustenta, universaliza, iguala, inaugurando deste modo a horizontalidade do Reino e denunciando toda hierarquia e pretensão de poder-dominação.

“Eu estou entre vós como aquele que serve”. Jesus não renuncia a nenhuma grandeza humana, mas denuncia a falsidade da grandeza do ser humano que quer se apoiar no poder ou no domínio sobre os outros. A verdadeira grandeza humana está na identificação com Jesus que se doa, sem por condições nem reservas.

Como aconteceu com Pedro, o gesto de Jesus no Lava-pés continua nos provocando, porque se há algo que incomoda é deslocar-se até os últimos e colocar-se no lugar deles.

Não é comum prestar atenção ao lugar ocupado pelo outro, sobretudo o outro que pensa e sente diferente; é normal perceber, delimitar, defender e fechar-se no próprio lugar. Isso se faz de maneira tão zelosa que nem se vê aquilo que está para além do próprio lugar. São grandes os riscos de se viver em horizontes tão estreitos. Tal estreiteza aprisiona a solidariedade e dá margem à indiferença, à insensibilidade social, à falta de compromisso com as mudanças que se fazem urgentes. O próprio lugar se torna uma couraça e o sentido do serviço some do horizonte inspirador de tudo aquilo que se faz.

Compreende-se claramente que o que ali estava em jogo não era a humildade – nem a de Pedro, nem a do próprio Jesus -, nem sequer uma boa exortação para praticar a caridade. Porém, a intenção de Jesus ia muito mais longe, tão longe que Ele mesmo teve de perguntar aos discípulos aturdidos: “Compreendeis o que vos fiz?” Efetivamente, o que Jesus estava dizendo a seus apóstolos era o seguinte: “Eu, que sou o Mestre que ensina o que é preciso saber, e que sou o Senhor-Deus que dispõe o que se há de fazer, não me relaciono convosco com base no poder, mas na exemplaridade”.

Daí Jesus termina dizendo: “Pois é um exemplo que eu vos dei: o que eu fiz por vós, fazei-o vós também”.

Com isso, Jesus estava afirmando que eles, os apóstolos, não podem compreender sua missão com base no poder que se impõe, mas sim na exemplaridade que convence.

E Ele exigirá isso a todo aquele(a) que queira segui-lo: terá que estar disposto, o mesmo que Ele, a “não ter onde reclinar a cabeça”, a ir mais além de tudo aquilo que a nossa cabeça se inclina, descansando naquilo que acredita saber, controlar ou dominar.

A reação de Pedro expressa bem o escândalo que este gesto produz, porque Jesus revela que a autoridade - ser Senhor – é um serviço, não uma dominação.

Pedro fica desconcertado e em dilema. Sua imagem do Messias seguro e vencedor não combina com a vulnerabilidade de um servo; ele comungava com a mentalidade hierarquizada da época, a qual determinava a cada um o seu devido lugar. A relação entre mestre e discípulo era regulada pela superioridade, sapiência, respeitabilidade de um, e pela inferioridade, ignorância e submissão do outro. O gesto de Jesus pareceu inaceitável para Pedro, pois rompia a hierarquia, podendo gerar indisciplina. A mentalidade de Pedro era perigosa. Agindo assim, corria o risco de introduzir na comunidade dos seguidores de Jesus o esquema senhor-escravo que Ele viera abolir.

Em muitas culturas e tradições espirituais (como no Evangelho), o Mestre lava os pés dos seus discípulos. De um ponto de vista simbólico, “lavar os pés” de alguém é devolver-lhe a capacidade de sentir-se enraizado, é recolocá-lo de pé, ativar nele a autonomia para que possa dar direção à sua vida.

A palavra “pé”, “podos” em grego, está estreitamente relacionada à palavra “paidos”, usada para significar criança. Assim, um “pedagogo” é um especialista que cuida dos pés do ser humano, desde que cuidar dos pés de alguém significa cuidar da criança que está nele.

Eis a missão do(a) seguidor(a): ajudar as pessoas a se colocarem de pé, resgatando-as em sua dignidade para serem capazes de andar pelos seus próprios pés.

Não cabe ao cristão carregar as pessoas com seu paternalismo. Antes, sua missão é vê-las maduras, entrando por seus próprios pés na presença de Deus e assumindo o compromisso com a vida.

 

Para meditar na oração:


“Levantar-nos da mesa”

– “Sentar-nos à mesa”: movimento de partida e de chegada; prolongamento do gesto provocativo e escandaloso de Jesus. Isso é viver a Eucaristia no cotidiano da vida.

- Como você pode prolongar nos seus ambientes cotidianos o gesto de Jesus no “lava-pés”?

 

Leia mais:

  • Quinta-feira Santa: “...E tudo começa em torno à mesa”
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