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“Que a Nicarágua volte a ser república”. Entrevista com Sergio Ramírez

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29 Mai 2018

Do outro lado do telefone está o escritor premiado e protagonista da revolução nicaraguense, Sergio Ramírez. Os dias agitados, com repressão e morte, e a expectativa de uma mudança mobilizam ao prêmio Cervantes de literatura 2017 que integrou a oposição contra a ditadura de Anastasio Somoza Debayle e, em 1977, encabeçou o Grupo dos Doze, formado por intelectuais, empresários, sacerdotes e dirigentes que apoiaram a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN). Entre 1984 e 1990, foi vice-presidente e companheiro de chapa de Daniel Ortega. O tempo passou, o líder que foi presidente voltou ao poder, mas já não é o Ortega daqueles dias, é outro muito diferente, um inimigo que Ramírez olha entre atordoado e indignado.

Do bairro Los Robles de Manágua, o escritor conta como são esses dias de ebulição em um país a ponto de perder o equilíbrio sobre a corda da História. “A marcha (9 de maio) foi extraordinária. Contou com 200.000 pessoas. É muito para uma mobilização espontânea, sem nenhuma organização poderosa por trás”.

A entrevista é de Hector Pavon, publicada por Clarín-Revista Ñ, 25-05-2018. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Quem são os protagonistas deste movimento?

Os universitários. Foi sendo construída uma liderança através de diferentes grupos de estudantes, defendendo as universidades. E agora montaram uma confederação destas organizações improvisadas com líderes fortes. Aí está a chave: as pessoas desconfiam muito dos partidos tradicionais, das velhas caras. Estes são garotos de 23 a 25 anos de idade e as pessoas os consideram protagonistas com direito a liderar.

E a partir do social, como este movimento está integrado?

Há idosos aposentados, da classe média alta, baixa, profissionais, operários, taxistas, é um mosaico completo do país. O gatilho foi o assassinato dos estudantes, mas hoje a luta é pela democracia e a liberdade. As pessoas querem uma mudança de regime, que sejam garantidas eleições livres e liberdades cidadãs, e nada mais. Aqui, há um fator de unidade na população que é transversal. Há empresários, antes aliados ao governo, a Igreja Católica, sempre com bispos opositores, professores universitários estatais e particulares, empregados de todo tipo, cidadãos independentes. Não há estrato da sociedade sem representação aqui.

E isso também coloca em evidência uma crise dos partidos políticos?

É uma crise que era óbvia, desde antes, porque o que acontece é que na assembleia nacional estão sentados partidos que são cúmplices ou complacentes com Ortega. Que chegaram ali pelos votos que ele decidiu lhes dar, através do conselho supremo eleitoral. Dificilmente as pessoas respeitam estes partidos. Depois, há os partidos ilegais, pequenos, não são reconhecidos. Depois, há organizações defensoras dos direitos humanos, civis, da democracia, que tem uma liderança mais ou menos respeitada, mas nenhuma é capaz de levantar esta enorme unanimidade ao redor de uma causa.

Quando você recebeu o prêmio Cervantes, fez um discurso na Espanha e disse: “Já não há República”.

Bom, eu peguei essa frase de um discurso muito famoso de Pedro Joaquín Chamorro, que na luta contra Somoza acabou dizendo: “Nicarágua voltará a ser república” porque para ele a queda de Somoza significava isso. Hoje, está ocorrendo o mesmo. As instituições republicanas estão confiscadas, estão nas mãos de um casal, e me referia a isso, que a Nicarágua volte a ser República.

Como se deu a transformação de Daniel Ortega? O que resta daquele líder e presidente sandinista dos anos 1980?

Eu conheci um homem muito ortodoxo de pensamento, apegado às regras do marxismo tradicional, mas não desse marxismo ilustrado, mas o que se aprendia nos manuais, os jovens revolucionários se formavam nos manuais. Era muito conservador e isso o levava a um ateísmo muito severo. Hoje, eu o vejo entregue a crenças religiosas, converteu-se: casou-se na igreja - que antes não respeitava -, recebeu a primeira comunhão, concedeu a cidadania de honra a um senhor estadunidense que, aqui, fundou uma igreja neopentecostal, e ele aparece sendo ungido com as mãos na cabeça por este fundador. E nessa mudança decidiu aplicar algumas recomendações do FMI para, supostamente, salvar o instituto de seguridade social que está em falência. Muito distante do pensamento econômico radical que ultrajava o Fundo como o agente financeiro do imperialismo.

E isto não provocou críticas ou crise dentro da Frente Sandinista?

Não, porque a Frente Sandinista como nós a conhecemos nos anos 1980 não existe mais. Agora é um partido muito clientelista, com uma cabeça bicéfala, do casal presidencial, onde todos os comandos intermediários foram varridos. As decisões são tomadas de cima e são baixadas verticalmente. Há “cooperadores políticos”, pessoas que cumprem missões concretas, mas sem poder decidir.

Você saiu da Frente em janeiro de 1995. Por quê?

Foi um processo que começou em 1990, abarcou a camada intelectual da Frente a muitos dirigentes guerrilheiros, a essência do sandinismo. Ortega pretendia recuperar o poder a qualquer custo, não deixar Violeta Chamorro governar. Eram realizados levantes nas ruas, barricadas, algo absolutamente artificial. E cabia a mim, na Assembleia Nacional, fazer com que este governo novo sobrevivesse, pudesse se consolidar e fosse sendo estabelecida uma cadeia de sucessão democrática. A partir da Assembleia Nacional, conseguimos que fosse aprovada uma reforma muito profunda da constituição política, que proibia a reeleição presidencial e também estabelecia que o chefe do Exército não pudesse ser familiar próximo do presidente, separava o Poder Judiciário, e isto foi o que já marcou definitivamente o rompimento, até que Ortega também convocou uma assembleia extraordinária da Frente Sandinista, que então, sim, tinha órgãos de direção, e nos retiraram dos órgãos de direção do partido.

Nesta crise, como atuam atores internacionais centrais como Cuba, Venezuela e Estados Unidos?

Também Bolívia. Evo Morales disse: “Isto é o fruto de uma conspiração imperialista, da oligarquia”. É muito estranho para as pessoas que estão nas ruas demandando democracia ouvir que a um sorveteiro na rua, ou a alguém que pega sua bandeira da Nicarágua e sai à rua, Evo Morales diga que é um agente do imperialismo. É incoerente. Os Estados Unidos tiveram uma posição bastante suave frente a Ortega. A OEA também. Ortega não aceitou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos entrasse para examinar o massacre, aqui. Apenas França e Espanha se pronunciaram, mas não vejo uma crítica internacional a Ortega.

Existe a possibilidade de que o próprio sandinismo deseje a queda de Ortega?

Agora, a Frente sente que as massas superaram a própria Frente que foi dona das massas. Há uma realidade que golpeia esta militância que acreditou que a Frente Sandinista e povo são a mesma coisa. E o conto oficial é que os garotos que encabeçam este movimento são delinquentes. As redes são transcendentes porque as mentiras oficiais podem ser desmentidas de imediato.

Como você se coloca nesta situação como intelectual? Você disse que escreve com as portas abertas.

Eu não sou chamado, não busco que me chamem, não sou parte da direção deste movimento, e faço isto deliberadamente. Com uma convicção muito profunda que tenho. É que, aqui, quem deve assumir esta liderança são estes garotos e pessoas que pertençam a novas gerações. Tem que existir pessoas novas, sadias, sem passado político. Eu não tenho vela neste enterro. Meu interesse é ser uma voz crítica.

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