Saúde e Segurança no trabalho foi tema de estudos pelos metalúrgicos do Vale do Sinos

  • Domingo, 13 de Dezembro de 2015

Na noite do dia 10 de dezembro ocorreu o encerramento do Ciclo de Estudos: Saúde e Segurança no Trabalho na região do Vale do Rio dos Sinos. Esta atividade foi pensada para ser um espaço de formação em saúde e segurança no trabalho, visando à melhoria na qualidade do ambiente de trabalho dos/as trabalhadores/as da região do Vale do Sinos.

Foto: Carolina Teixeira Lima

Foto: Carolina Lima

O Ciclo de Estudos aconteceu entre os dias 9 de novembro e 9 de dezembro e contou com a participação de trabalhadores/as metalúrgicos/as dos municípios de São Leopoldo, Sapucaia e Novo Hamburgo, que atuam na CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A CIPA é a representação interna dos/as trabalhadores/as nas empresas e tem o compromisso de pensar a prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho, buscando sempre a melhoria na qualidade de vida dos/as trabalhadores/as.

O Ciclo de Estudos foi uma atividade construída coletivamente entre Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM, Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Centro de Referência da Saúde do Trabalhador da Região do Vale dos Sinos – CEREST. Contou ainda com as participações da Saúde do campo, florestas e águas – Obteia e do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Para este evento de encerramento, o ObservaSinos preparou a memória do Ciclo, que durou um mês, contando com dois encontros presenciais e duas semanas de atividades a distância. Entre os destaques da formação proposta pelo Ciclo está a experiência de realização dos Mapas de Saúde e Segurança dos Municípios, assim como os Mapas de Saúde, Segurança e Risco das empresas.

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Seguiram-se, ao momento de memória, os debates sobre os resultados, avaliações e projeções de continuidade do Ciclo, assim um importante momento de confraternização e celebração, que contou com a participação de muitos familiares.

Antes da entrega dos certificados aos participantes, também houve um momento cultural, onde os poemas “Perguntas de um Trabalhador que Lê” e “Intertexto”, ambos de Bertolt Brecht, foram declamados pelos participantes do Ciclo.

Na avaliação foi apresentada a importância de os/as trabalhadores/as participarem da oportunidade de formação na universidade, que é um espaço para ajudar a pensar e transformar as realidades. Também foi destacada a importância da contribuição do Ciclo para a mudança no pensamento dos cipeiros e da gestão do trabalho da CIPA "temos que pensar em outra gestão da CIPA a partir do melhor entendimento do que é saúde e segurança".

O Ciclo oportunizou a sistematização de algumas publicações pelo IHU, que seguem como subsídios para a formação. Destacam-se: Cadernos IHU Ideias - 233ª edição - Capitalismo biocognitivo e trabalho: desafios à saúde e segurança, com o texto de Elsa Cristine Bevian. Elsa também esteve presente no dia 26 de novembro, no IHU, onde ocorreu um debate sobre o assunto com os/as trabalhadores/as que estavam participando do Ciclo.

Foto: Carolina Lima

Outra publicação sistematizada pelo ObservaSinos intitulada “Realidades do trabalho e perfil do/a trabalhador/a no Vale do Sinos: desafios para a garantia de Saúde e Segurança”, onde está apresentada a reunião de dados sobre o mercado formal de trabalho na região do Vale do Sinos. Foram coletados dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS indicando o perfil dos trabalhadores e do trabalho na região do Vale do Sinos.

Dar seguimento a processos de formação foi a manifestação de todos os participantes do Curso e dos representantes das organizações copromotoras deste espaço de formação. Marta Boeck, coordenadora do CEREST Vale do Sinos, valorizou a articulação e aprendizagem das entidades pela realização deste projeto coletivo.

Como disse Loricardo Oliveira, representante da CNM, foram informações e formações, baseadas em conhecimento acadêmico e na praticidade do chão da fábrica, que mostram que “se tivermos a capacidade de ousar, faremos um mundo melhor e com mais participação”.

Por Marilene Maia e Carolina Lima