O Papa viajará a Lesbos no dia 15 de abril para denunciar a devolução dos refugiados à Turquia

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Por: André | 06 Abril 2016

Definitivamente, Francisco quer ser o Papa das periferias. E também o Papa dos refugiados. Se sua voz foi a primeira a denunciar a “vergonha” dos mortos em Lampedusa e a lavar os pés de uma dezena de refugiados na Quinta-Feira Santa passada, agora o Vaticano confirma que Francisco quer fazer uma visita relâmpago à ilha grega de Lesbos para mostrar seu apoio aos refugiados sírios que estão sendo expulsos da Europa.

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada por Religión Digital, 05-04-2016. A tradução é de André Langer.

A viagem está prevista para o próximo dia 15 de abril e foi acordada com a Igreja ortodoxa grega. De fato, o Patriarca Ecumênico Bartolomeu também poderia ir, em um movimento estudado há semanas e que busca pressionar a União Europeia para que reveja o acordo com a Turquia, que a totalidade das organizações que trabalham em campo – entre elas Ongs católicas como Caritas, Serviço Jesuíta aos Refugiados ou Mensageiros da Paz – qualificaram de “desumano”.

Embora a visita não tenha sido confirmada oficialmente, a Igreja da Grécia indicou que o Papa aceitou sua sugestão de visitar esse país “para ecoar a situação enfrentada por milhares de refugiados que fogem dos conflitos em seus países”.

“O Governo grego vai receber o Papa Francisco e o Patriarca como defensores do apoio aos refugiados. Também o primeiro ministro grego, Alexis Tsipras, irá com eles à ilha”, assinalou uma fonte do governo.

Perguntado sobre este assunto, o porta-voz vaticano, Federico Lombardi, assegurou que no momento não há confirmação da viagem, mas, ao mesmo tempo, reconheceu que há “contatos para uma viagem à Grécia” do Pontífice.

Veículos da imprensa italiana, que citam a imprensa grega, sustentam que esta hipotética viagem aconteceria entre o dia 14 e 15 de abril, na próxima semana, e que o Papa iria a Lesbos, próxima à Turquia e para a qual rumam milhares de imigrantes para atingir solo europeu. Não obstante, Lombardi também recusou confirmar estas informações ao ainda não ter o programa da viagem.

Caso a viagem for confirmada, Francisco voltaria a colocar o acento nos imigrantes e nos refugiados, a quem recordou na primeira viagem de seu pontificado à ilha italiana de Lampedusa, no meio da rota migratória entre a Líbia e a Itália e cenário de numerosos naufrágios, assim como Lesbos.

Além disso, aconteceria uma semana depois do início das deportações de imigrantes desta ilha e da ilha próxima de Quios para a Turquia, em virtude do acordo assinado entre a União Europeia e Ancara para frear a crise de refugiados vivida pelo Velho Continente.

O Vaticano também estuda uma viagem do Papa à Armênia em meados de junho próximo.

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