Dois anos do sequestro de dois bispos ortodoxos na Siria: Boulos Yazegi e Youhanna Ibrahim

Mais Lidos

  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

23 Abril 2015

Já se passaram dois anos do sequestro (22 de abril de 2013) no norte da Síria de dois bispos ortodoxos: o metropolitano grego-ortodoxo de Aleppo, Boulos Yazegi e o metropolitano sírio-ortodoxo da mesma cidade, Yoyhanna Ibrahim. Até agora não se soube nada de concreto sobre o destino destes dois religiosos.

A reportagem é de Luis Badilla, publicada no sítio Il sismógrafo, 21-04-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

As crônicas de dois anos atrás informaram que os dois metropolitanos “se encontravam juntos a bordo de um carro proveniente dos confins da Turquia, distante a aproximadamente 30 quilômetros. Estavam indo direto a Aleppo, mas na altura de Kfar Dael, localidade na periferia oriental do centro urbano, foram parados por homens armados que os obrigaram, juntamente com o motorista – um diácono – a descer do carro. Depois do motorista ter descido os homens armados assumiram a direção e desapareceram levando consigo os dois bispos para um local desconhecido”.

Ontem durante uma coletiva de imprensa no Líbano, o irmão de um dos dois sequestrados, YouhannaYazegi ou João X, Patriarca de Antioquia, lançou um apelo à comunidade internacional para que se mobilizem para obter informações sobre o destino dos dois bispos. “Temos esperança que estejam vivos, mas o mundo inteiro permanece em silêncio e ninguém nos manda provas materiais”, disse o Patriarca.

Papa Francisco por diversas vezes pediu a libertação imediata dos dois metropolitanos e de outros reféns. No dia 24 de abril de 2013 quis recordar a situação na Síria assim: “O sequestro dos metropolitanos grego-ortodoxos e sírio-ortodoxos de Aleppo sobre a questão de que há relatos conflitantes, é mais um sinal da trágica situação que está atravessando a querida nação Síria, onde a violência e as armas continuam a semear morte e sofrimento”.

Em 23 de abril de 2013, poucas horas depois do sequestro dos dois bispos, o diretor da sala de imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, declarou: “O Santo Padre Francisco foi informado deste novo e gravíssimo fato que se acrescenta ao aumento da violência nos últimos dias e a uma emergência humanitária de proporções amplas, segue os eventos com participação profunda e intensa oração para a saúde e a libertação dos dois bispos raptados e porque , com o empenho de todos, o povo Sírio possa finalmente ver respostas eficazes ao drama humanitário e surja no horizonte esperanças reais de paz e de reconciliação”.

Do Líbano, onde se encontrava em visita no dia 26 de maio de 2013, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para a Igreja Ocidental, deixou um pedido para a libertação dos dois bispos e dos dois sacerdotes sequestrados na Síria. O fez com uma oração especial à Virgem Maria no final da homilia da missa celebrada no santuário de Nossa Senhora da Paz em Zahlé. A Mãe de Deus – disse o religioso – “os console e os mantenha fortes na prova, enquanto lançamos um forte apelo para a sua libertação e o seu retorno às suas famílias e às suas comunidades eclesiais”.

Desde o início da guerra na Síria, centenas de pessoas foram sequestradas ou simplestemente, como certifica a burocracia estatal, “desapareceram”. Entre os religiosos padre Paolo Dall’Oglio, sequestrado em julho de 2013 na província de Raga e cujo destino continua desconhecido e as 13 freiras sírias sequestradas em março de 2014 e depois libertadas. Por fim, é preciso lembrar da bárbara chacina do jesuíta holandês, padre Frans vam de Lugt, em abril de 2014 na cidade de Homs.