O presente do papa: a oração dos cinco dedos

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16 Dezembro 2014

"Quando rezo, Deus respira em mim." Abre-se com essa frase e a assinatura de Francisco o livreto de bolso de 40 páginas que, nesse domingo, o papa presenteou os fiéis presentes no Ângelus na Praça de São Pedro, no dia da tradicional bênção dos Bambinelli [Meninos Jesus].

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 14-12-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Na capa do livrinho impresso pela Libreria Editrice Vaticana, acima do título Preghiere [Orações], é reproduzido um afresco do século III, que se encontra nas catacumbas de Priscila e retrata um orante com os braços abertos e voltados para o céu.

No livreto, estão reunidas as orações mais importantes da tradição cristã, as mais conhecida e fáceis de aprender de cor, para marcar o dia, mas também as situações e as necessidades particulares, sem esquecer de ninguém.

Nas páginas 32-33, está reproduzido o desenho de uma mão com as intenções de oração sugeridas por Francisco, partindo dos cinco dedos.

O polegar, "o dedo mais próximo de você", nos faz pensar e rezar por aqueles que estão mais próximos de nós, "são as pessoas de quem nos lembramos mais facilmente". Rezar pelos nossos entes queridos "é uma doce obrigação".

O indicador nos lembra de rezar por aqueles que têm a tarefa de dar indicações para os outros, isto é, "aqueles que ensinam, educam e cuidam", categoria que inclui "mestres, professores, médicos e sacerdotes".

O dedo médio é o mais alto e nos lembra dos "nossos governantes", das pessoas "que gerem o destino da nossa pátria e guiam a opinião pública (...) Eles precisam da orientação de Deus".

O quarto dedo é o anelar, que, explica o papa, "é o nosso dedo mais fraco, como qualquer professor de piano pode confirmar". Ele está ali "para nos lembrar de rezar pelos mais fracos, por aqueles que têm desafios a enfrentar, pelos doentes", que precisam das "suas orações de dia e de noite". E convida também a rezar pelos casais.

Finalmente, o mindinho, o dedo menor, "assim como nós devemos nos sentir pequenos diante de Deus e do próximo", que convida a rezar por nós mesmos: "Depois que você tiver rezado por todos os outros, poderá entender melhor quais são as suas necessidades, olhando-as na justa perspectiva".

No livreto doado por Francisco, que se abre com a oração por excelência, o "Pai Nosso", encontram espaço, para além das orações bíblicas e de alguns versículos do Salmo 51, do Salmo 130 e do Salmo 139, também os mistérios do Rosário e as ladainhas Lauretanas.

Há fórmulas simples para recitar antes e depois das refeições e também textos curtos, compostos por São Francisco, por Santa Teresinha do Menino Jesus e pelos bem-aventurados John Henry Newman, Charles de Foucauld, Madre Teresa de Calcutá. E há também o Terço da Divina Misericórdia de Santa Faustina.

Junto com orações a serem rezadas antes da confissão e depois da comunhão, também há espaço para as súplicas para a bênção dos filhos por parte dos pais, orações pelos cônjuges e pelos namorados, invocações contra o Maligno.

O novo presente de Francisco aos fiéis presentes no Ângelus se soma aos já dados nos últimos meses: o terço da "misericordina" e o texto do Evangelho de bolso. O papa muitas vezes repetiu a importância de levá-lo consigo todos os dias e de ler um trecho enquanto se está na fila ou no trem, ou quando se tem um momento livre.

Com o livreto de orações, de bolso e de leitura muito fácil, o bispo de Roma continua dando sugestões simples para a vida cotidiana dos fiéis, recorrendo ao patrimônio da tradição cristã.