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Claustro com vista para a floresta

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11 Setembro 2011

Acima de tudo, é importante estar lá no pôr-do-sol. Quando vai embora o último grupo de peregrinos, e o sol se infiltra entre as folhas da floresta dos Vosges, animando a colina de Bourlémont, na França. Nesse momento, diante da janela da recepção do convento, nasce o silêncio. E o silêncio encontra a luz. Não chamem-na de magia: seria desrespeitoso para com a profunda espiritualidade laica que se respira neste lugar, desde que Le Corbusier edificou a capela de Notre Dame du Haut sobre as ruínas de uma antiga devoção medieval.

A reportagem é de Paolo Griseri, publicada no jornal La Repubblica, 04-06-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O encontro do silêncio e da luz é a contribuição Renzo Piano a essa espiritualidade, 56 anos depois. Nasce assim o convento ao contrário. As clarissas se despojam de séculos de vida reclusa, na escuridão, em mosteiros onde a contemplação ia de mãos dadas com a fuga da sociedade, invisíveis ao mundo e também a si mesmas, escondidas por uma grande burca social.

Piano rasga esse véu, constrói as celas ao lado da colina e as fecha com uma parede de vidro. Deixa que as monjas contemplem o mundo. Com um golpe de loucura, subverte a sua perspectiva, da grade para a vidraça.

Brigitte de Sangly, a abadessa das clarissas de Ronchamp, sorri quando lhe pedimos uma opinião sobre a polêmica que precedeu a construção do convento: "Piano derrubou idealmente o muro dos nossos claustros, porque, como dizia Santa Clara, o nosso horizonte é o mundo". Não foi fácil. Não para as freiras, na verdade. Foi mais simples se entender com as clarissas do que com a Academia, com todos aqueles que, durante décadas, transformaram Le Corbusier em um monstro sagrado.

No fundo, das irmãs se mostraram mais seculares do que os arquitetos. A Fundação Le Corbusier levantou dúvidas, surgiram abaixo-assinados dos que pensavam que o convento perturbaria o equilíbrio do lugar, alguém tirou das gavetas uma velha carta do arquiteto suíço contra qualquer projeto de construção perto da sua igreja: "Deixem Ronchamp assim como é".

Le Corbusier escreveu no início dos anos 1970 contra outros planos de ampliação, mas essa frase se tornou o grito de guerra contra os opositores do convento. E pouco importava se quem propôs a realização do projeto a Piano tenha sido justamente o filho daquele ministro da reconstrução que, em 1950, pediu que Le Corbusier construísse a capela.

Agora os opositores parecem ter perdido o jogo. Ontem de manhã, festa da Natividade de Maria, com a peregrinação liderada pelo bispo de Besançon, a fraternidade das clarissas, 12 freiras transferidas para Ronchamp para se ocuparem da igreja sobre a colina, tomou posse definitivamente das celas.

Nem todo o trabalho está terminado. "Mas a experiência me ensinou que, em um certo ponto, é preciso marcar um início, uma data que sirva de divisor de águas", diz Piano enquanto passeia na fronteira entre o convento e o quintal.

Para o arquiteto genovês, o desafio de Ronchamp foi arriscado: "Das polêmicas, eu entendi só uma parte, mas também aprendi com elas. Na França, há quem diga que ainda não me perdoaram pelo Beaubourg". A primeira regra para superar o confronto com o monstro sagrado da arquitetura francesa foi a de tornar-se invisível. Um exercício de humildade? "Não, o respeito pelo espírito do lugar", responde Piano.

Quando estiver concluído o trabalho de todo o complexo, se verá só a torre do sino. O resto está construído ao lado da colina: vidro, cimento e madeira de oliveiras centenárias. "Para ilustrar o projeto ao Ministério francês – conta Piano – cheguei na reunião com um estilete e fiz três cortes em uma folha de papel. Depois, levantei as abas e disse: "Senhores, o convento será realizado sob estes cortes"".

As irmãs viverão em células quadradas de menos de três metros de cada lado: "É a demonstração de que é possível sentir-se bem mesmo em um espaço modesto", diz o arquiteto. Em pouco mais de sete metros quadrados, há também um pequeno jardim de inverno. E não nos sentimos apertados. Especialmente porque as antigas grades foram substituídas por perfilados que sustentam a janela voltada para a floresta: "Com o passar do tempo – é a promessa – as acácias voltarão a recuperar o seu espaço, aproximando-se sempre mais do vidro".

Dessas células, o silêncio está ao alcance das mãos: "Mesmo para um leigo como eu, o silêncio é muito importante", diz o arquiteto. Ele fala dos seus diálogos com o amigo Claudio Abbado: "Para a música, o silêncio é essencial. Recentemente, Claudio concluiu uma sinfonia de Mahler, prolongando uma pausa justamente para fazer com que se entenda como é importante escutar uma ausência de som".

E para um arquiteto? "Em certo sentido, projetar um convento como esse é um modo de fazer silêncio, para tomar distância do mundo dos arranha-céus, dos câmpus, das tantas construção vividas por milhares de pessoas que me coube realizar na vida".

Para a irmã Brigitte e as suas companheiras, o silêncio e a luz de Ronchamp serão a sua nova casa. Depois de seis séculos, deixaram o antigo convento de Besançon para subir a colina. Voltaram a viver na luz para seguir Santa Clara.


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