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A terra inabitável: o futuro segundo David Wallace-Wells

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04 Março 2019

"Para quem acredita nas propostas miraculosas dos tecnófilos cornucopianos, a crítica mais severa do livro é dirigida aos gigantes da tecnologia e à atual acomodação da corrupção moral dos EUA que alimenta o Vale do Silício: o da libertação coletiva da tensão do trabalho e da privação material via “A Igreja da Tecnologia”. O autor critica a ideia de que “a tecnologia nos salvará”, um refrão frequentemente apreendido como meio de nos permitir continuar com nossos hábitos destrutivos sem nos sentirmos muito mal", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 01-03-2019.

Eis o artigo.


Imagem: Amazon

A terra inabitável

O jornalista David Wallace-Wells publicou, no dia 09/07/2017, uma matéria denominada “The Uninhabitable Earth”, na revista New York Magazine (NYMag), pintando um cenário apocalíptico para o Planeta – um Armagedon climático – caso as tendências atuais se mantenham. O artigo se tornou viral e foi comentado amplamente em diversos países do mundo e passou a ser o artigo mais lido da revista (ALVES, 19/07/2017).

O texto começou de forma assustadora: “It is, I promise, worse than you think” (Prometo, é pior do que você pensa). O subtítulo diz do que se trata: “Fome, colapso econômico e um sol que nos cozinha: o que as mudanças climáticas podem causar – mais cedo do que você pensa”. Evidentemente, o autor estava tratando de um cenário extremo e de baixa probabilidade, mas que pode ocorrer se nada for feito para mudar os rumos da insustentabilidade do crescimento econômico e suas externalidades negativas sobre o meio ambiente. Naquele momento, o jornalista Wallace-Wells escreveu um artigo urgente e aterrorizante, mas sua premissa básica foi perguntar: e se a mudança climática for realmente um pouco pior do estamos pensamos?

Um ano e meio depois, Wallace-Wells manteve os seus argumentos e transformou o artigo da NYMag no livro “The Uninhabitable Earth: Life After Warming” (fevereiro de 2019). O livro começa quase na mesma linha do artigo: “É pior, muito pior do que você pensa”.

A maior parte do livro é uma avaliação expandida e horripilante do que poderíamos esperar como resultado da mudança climática, se não mudarmos o curso do consumismo num cenário de crescimento econômico e populacional. O resultado é um texto convincente que apresenta a questão: diante da ameaça real do aquecimento global e da degradação ambiental, que papel a narrativa ambientalista deve desempenhar?

Wallace-Wells é um jornalista extremamente competente e que explica o assunto com muita clareza, apesar da dificuldade técnica da matéria. Ele descreve o impacto das mudanças climáticas considerando as escalas espaciais e temporais. O espaço talvez seja o mais fácil dos dois, pois embora o aquecimento global e a degradação ambiental sejam fenômenos globais, as coisas serão piores nos países tropicais e pobres, que provavelmente vão enfrentar desastres simultâneos e em efeito cascata.

O aquecimento global vai ser abrangente, terá um impacto muito rápido e vai durar muito tempo. Isto quer dizer que os efeitos danosos das mudanças climáticas vão se agravar com o tempo e, embora todas as gerações já estejam sendo atingidas, são as crianças e jovens que nasceram no século XXI que vão sentir as maiores consequências do colapso ambiental. A degradação ambiental vai ocorrer em várias áreas, com a acidificação dos solos, águas e oceanos, a precarização dos ecossistemas e os desastres climáticos extremos (secas, chuvas, furacões e inundações de grandes proporções).

Todavia, mesmo que a humanidade pare de emitir gases de efeito estufa nas próximas décadas, a quantidade emitida desde a Revolução Industrial e Energética e o processo de retroalimentação poderá liberar o metano aprisionado no permafrost, que contém até 1,8 trilhão de toneladas de carbono equivalente, consideravelmente mais do que o atualmente suspenso na atmosfera terrestre. O metano, dependendo de como você mede, é pelo menos dezenas de vezes mais potentes do que o dióxido de carbono.

Na seção “Caleidoscópio do Clima”, Wallace-Wells explica o leque de possibilidades para a destruição do mundo físico, considerando como essas mudanças irão afetar os seres humanos. Ele contesta a ideia de progresso. Através da lente focada nas mudanças climáticas, percebe-se que a sociedade industrializada é uma tragédia na qual pensávamos que havíamos construído algo duradouro. O uso generalizado dos combustíveis fósseis funcionou como uma miragem temporária, mas que acaba sufocando o conjunto da vida no Planeta.

Para quem acredita nas propostas miraculosas dos tecnófilos cornucopianos, a crítica mais severa do livro é dirigida aos gigantes da tecnologia e à atual acomodação da corrupção moral dos EUA que alimenta o Vale do Silício: o da libertação coletiva da tensão do trabalho e da privação material via “A Igreja da Tecnologia”. O autor critica a ideia de que “a tecnologia nos salvará”, um refrão frequentemente apreendido como meio de nos permitir continuar com nossos hábitos destrutivos sem nos sentirmos muito mal.

A resposta de Wallace-Wells aos críticos que argumentaram que ele estava e está improdutivamente assustando as pessoas é apontar, com detalhes, que há muito mais pessoas não alarmadas o suficiente sobre a mudança climática do que as pessoas que estão muito alarmadas.

O livro é para assustar as pessoas que estão tranquilas diante da dimensão dos problemas ambientais que se avolumam. Inegavelmente, trata-se de alarme. De um despertador para acordar as pessoas. Ele desafia o mundo a provar que ele está errado.

Referência:

ALVES, JED. Catástrofe climática: a Terra inóspita e inabitável, Ecodebate, 19/07/2017

David Wallace-Wells. The Uninhabitable Earth: Life After Warming, 2019.

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