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Por que o Conclave nos toca profundamente em uma sociedade na qual somos apenas espectadores. Artigo de Vito Mancuso

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08 Mai 2025

"A tarefa da Igreja hoje, afinal de contas, consiste apenas nisto: mostrar com a vida e com as palavras que a religião não é uma ilusão. E que há uma maneira de estar no palco do mundo que não é redutível ao espetáculo porque aspira ao totalmente outro", escreve Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele, de Milão, e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 07-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O que pensar da grande atenção midiática pelo Conclave? É uma atenção pela coisa em si ou pela dimensão espetacular que ela contém? O mundo inteiro está assistindo, mas o que está assistindo? Essa atenção das mídias e das pessoas a um fato eminentemente religioso, como a eleição do novo papa, antes de mais nada, ressalta o fato de que essa eleição não é apenas um fato religioso, mas também político.

Nada de novo, sempre foi assim em nossa história, pelo menos desde o século IV, mais precisamente desde 380, ano em que o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano, proibindo todas as outras. Sempre que um novo papa era eleito, o poder ficava atento, e imperadores e reis “entravam em campo” (para usar essa famosa expressão da história recente da política italiana) e, às vezes, o faziam de forma tão pesada que dava origem a uma série de confrontos com o poder eclesiástico, lembrados pela historiografia como a “luta pelas investiduras”.

A diferença em relação ao passado é que, naquela época, os papas entravam em campo por sua vez nos assuntos políticos e davam sua opinião, não sem incidir e, às vezes, decidir, ao passo que hoje não me resulta que o Romano Pontífice tenha qualquer peso significativo nem mesmo na eleição do prefeito de Roma, muito menos no resto. No entanto, o fato é que, mesmo agora, aos poderosos da política do mundo inteiro ainda interessa saber quem será o chefe da Igreja, e isso porque sentem que a Igreja ainda exerce um certo tipo de poder, de modo que a eleição do novo papa, apesar do declínio do cristianismo, não é apenas um evento religioso, mas também, como sempre foi, um evento político de importância mundial.

O que, por outro lado, é peculiar em nossos dias é a espetacularidade, pois a comunicação nunca foi tão invasiva. O que me leva a renovar a pergunta: a atenção midiática pelo Conclave é pela coisa em si ou por sua dimensão espetacular? Nós, seres humanos, somos estruturalmente definíveis como espectadores, somos “homo spectator”: só assim se explicam os ritos, religiosos e laicos, como celebrações, procissões, teatro, jogos olímpicos, jogos délficos etc., e até o próximo Conclave. Nascemos para ver; ou melhor, para olhar; e quando, ao olhar, ficamos tão absorvidos que podemos esquecer ou superar a aflição da existência, mesmo que por um momento, somos irresistivelmente capturados por ele. Isso é verdade em todos os lugares e sempre para toda a humanidade.

Feuerbach disse: “O homem é o que ele come”, mas como a nossa psique se alimenta principalmente de imagens (hoje em dia, filmes, esportes, séries de TV, mídias sociais), pode-se dizer que o homem é o que olha. A qualidade do que olhamos constitui a qualidade de nosso ser.

Nenhuma sociedade foi tão dominada pela espetacularidade como a nossa, nunca o ser humano foi tão integralmente “homo spectator” como nos tornamos, que passamos horas e horas olhando para telas nas quais fluem imagens de todos os tipos, que para muitos se tornaram mais reais do que a vida real. As previsões sombrias do filósofo francês Guy Debord, que escreveu A Sociedade do Espetáculo em 1967, estão se tornando realidade: “Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa acumulação de espetáculos”. Continuava: “Tudo o que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação”. Mario Vargas Llosa, em 2012, retomou essas análises à sua maneira no ensaio A civilização do espetáculo.

Mas o que significa ser homo spectator? Não podemos deixar de ser espectadores, uma vez que olhar, alimentando-se de imagens, faz parte de nossa natureza: mas o que significa ser “predominantemente”, ou mesmo “somente”, espectadores? Por que hoje, cada vez com mais frequência, em uma situação de perigo, em vez de intervir e ajudar, pensa-se primeiro em fazer um vídeo e postá-lo? Deixo a resposta de lado e volto ao interesse pelo conclave, reiterando o questionamento de saber se o interesse está na coisa em si ou no histórico espetáculo que representa.

Essa grande atenção midiática pelo próximo conclave e por todos os ritos ligados a ele, do Extra omnes ao Habemus papam, me fez pensar na seguinte passagem do Evangelho. Jesus acaba de receber alguns discípulos de João Batista que, preso na fortaleza de Maqueronte pelo rei Herodes Antipas, perguntou-lhe por meio dos seus se ele era ou não o esperado. Jesus primeiro responde referindo-se às suas obras extraordinárias e, em seguida, dirige-se às pessoas ao seu redor com estas palavras duras para aqueles que, atraídos pela fama de João Batista, tinham ido vê-lo: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Então, o que vocês foram ver? Um homem vestido com roupas finas? Ora, os que usam roupas estão nos palácios reais! Afinal, o que vocês foram ver?”.

Três vezes Jesus questiona os ouvintes sobre a identidade das imagens das quais eles se nutriram, como se dissesse: sim, vocês viram, mas o que “realmente” viram? Talvez hoje ele também dirigiria essa pergunta às multidões de espectadores que estarão olhando para as fumaças da Capela Sistina a parir de quarta-feira. Mas imaginemos que ele a dirigisse aos cardeais: “Vocês que habitam nos palácios do poder, o que estão indo ver ao entrar na Capela Sistina?” Os cardeais também são homens deste tempo, eles também fazem parte da civilização do espetáculo (também o Papa Francisco fazia parte dela, caso contrário ele não teria ido ao Che tempo che fa e ao Festival de Sanremo). E o que os cardeais responderiam? O que, em particular, responderia aquele cardeal que talvez hoje mesmo, mais provavelmente em alguns dias, será o próximo Papa?

É claro que não sei, mas acredito saber que a grande atenção dada ao Conclave e ao que gira em torno dele não é gerada apenas pela espetacularidade. Não há dúvida de que para muitos é apenas espetáculo e curiosidade mundana, mas para outros não, para outros é realmente uma questão de fé, em particular de fé “católica”, nesta Igreja, ou seja, que é de fato pecadora, mas continua sendo mãe, “Mater Ecclesia”, ou melhor, “Mater et magistra”; que de fato é humana, demasiado humana, mas também “Civitas Dei, Domus Dei”, até mesmo “Misticum Corpus Christi”: em suma, um incrível paradoxo, expresso de forma mais eficaz pela expressão patrística dos primeiros séculos “casta meretrix”, prostituta, mas também casta, um oximoro impossível que, melhor do que qualquer outra imagem, pode explicar a pedofilia do clero e, ao mesmo tempo, sua santidade (quantos padres verdadeiramente santos eu conheci, quantos ainda conheço com suas admiráveis e luminosas existências para os outros!).

E, além disso, se eu tivesse que apostar, também apostaria no fato de que mesmo para alguns não católicos ou não mais católicos, mas agnósticos, ateus ou de outras religiões, a fumaça branca no dia da eleição não será apenas um espetáculo, mas tocará algo mais profundo: uma emoção, um sentimento, um desejo, uma aspiração. Pelo quê? Acredito que por aquele horizonte último de sentido que o filósofo Max Horkheimer, um dos fundadores da Escola de Frankfurt, denominou de “nostalgia pelo totalmente outro” (foi na memorável entrevista ao semanário alemão Der Spiegel em 1970, mais tarde publicada como livro em si, com a expressão “totalmente outro” que provém da obra-prima de Rudolf Otto O Sagrado, de 1917, traduzida para o italiano em 1930 por Ernesto Buonaiuti, sacerdote romano, teólogo e historiador da Igreja, excomungado por Pio XI em 1925 por ser modernista, um dos pouquíssimos professores universitários na Itália, 12 entre 1225, a não prestar juramento ao regime fascista em 1931 e, portanto, privado de sua cátedra).

Concluo lembrando que Guy Debord, não conseguindo mais resistir à sensação de aprisionamento que a sociedade do espetáculo lhe causava, se matou atirando em seu coração. Ele havia escrito: “O espetáculo é a reconstrução material da ilusão religiosa”. A tarefa da Igreja hoje, afinal de contas, consiste apenas nisto: mostrar com a vida e com as palavras que a religião não é uma ilusão. E que há uma maneira de estar no palco do mundo que não é redutível ao espetáculo porque aspira ao totalmente outro.

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