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04 Novembro 2024

"Four hours at the Capitol constrói um relato meticuloso do núcleo da cena e da dinâmica dos acontecimentos [do ataque ao Capitólio], incluindo entrevistas gravadas posteriormente, dos mais variados participantes", escreve João Lanari Bo, professor de cinema da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Autor, entre outros livros, de Cinema para russos, cinema para soviéticos (Bazar do Tempo), em artigo publicado por A Terra é Redonda, 03-11-2024.

Eis o artigo.

Four hours at the Capitol é um documentário real time sobre o patético acontecimento que surpreendeu o mundo em 6 de janeiro de 2021, quando uma horda heterogênea de manifestantes pró-Donald Trump invadiu o Capitólio em Washington, a casa do Legislativo. Passados quase quatro anos, o fatídico evento parece ter sido diluído na neblina apocalíptica que caracteriza a psique coletiva contemporânea, das redes sociais e algoritmos, dos simulacros e pós-verdades. Às vésperas de nova eleição presidencial, assistir ao filme de Jamie Roberts equivale a revisitar uma cena primária, daquelas que configuram o recalque psíquico dos neuróticos.

O vocabulário psicanalítico serve de atenuante para um esforço precário de racionalizar não apenas ao que de fato ocorreu, mas sobretudo no que toca ao apagamento posterior, a negação compulsiva de responsabilidades – começando pelo topo, com Donald Trump e os políticos a ele alinhados, e chegando ao aparato midiático a eles atrelado.

Mesmo o sistema jurídico dos EUA, certamente o mais equipado do planeta, não foi capaz de materializar provas suficientes para incriminar esses agentes, a despeito das evidências e dos inúmeros processos em curso.

Apenas os peixes miúdos, alguns deles pormenorizadamente expostos em Four hours at the Capitol, estão acertando contas com a Justiça. As sucessivas postergações do processo específico contra Donald Trump revelam não apenas a incapacidade do sistema, mas talvez a própria corrosão institucional da vida política como um todo.

A assertiva pode parecer overdramatic, mas naturaliza-se diante da sequência de falas e arroubos dos possessos que invadiram o Capitólio, portadores de um desejo psicótico de ruptura. A noção de contrato social surgida nos séculos XVI e XVII – a ideia singela era a de que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social – veio por água abaixo.

É irônico que boa parte dos invasores apareça envolto em bandeiras ou signos nacionalistas, gritando “USA”, “Freedom” e “1776”, ano da independência conquistada do poder colonial inglês. Mesmo os grupos mais radicais, como “Proud Boys” e “Cowboys for Trump” ostentavam esse suposto patriotismo. A ruptura simbolizada pela invasão – ou a escalada que aponta para a derrocada de quase 250 anos de democracia norte-americana, “a mais longeva da história” – cristaliza-se em cada esquina dos corredores do Capitólio, no percurso entrópico da massa e na resistência infrutífera dos policiais, reconstruídos pela hábil edição cronológica de Four hours at the Capitol.

O ataque ao Capitólio, como se sabe, foi instigado pelo discurso incendiário no mesmo dia de Donald Trump no parque Ellipse, perto da Casa Branca. O objetivo seria impedir sessão conjunta do Congresso de contar os votos do Colégio Eleitoral para certificar a vitória do presidente eleito, Joe Biden. O documentário não hesita em dar voz aos apoiadores: um deles sorri e descreve a cena como um grande dia para a América! Outro diz que Donald Trump foi ungido por Deus e é o salvador. As reações de políticos que estavam no Capitólio registram a perplexidade do acontecimento – realmente, ninguém poderia prever que chegaria a esse ponto.

Não se trata, enfim, de uma mera compilação de imagens das inúmeras câmeras que adentraram o local – não somente celulares, mas também de profissionais – nem tampouco um simples registro de câmeras de segurança. Four hours at the Capitol constrói um relato meticuloso do núcleo da cena e da dinâmica dos acontecimentos, incluindo entrevistas gravadas posteriormente, dos mais variados participantes.

A dimensão do ataque fica evidente a cada barreira que era superada pelos invasores. Foi um combate feroz, corpo a corpo – em um momento, um policial é arrastado para fora e fica sob risco iminente de linchamento. Pegue a arma dele, atire nele com a arma dele, grita alguém: milagrosamente, manifestantes moderados conseguem contornar e encaminhar a (quase) vítima para o interior do prédio.

No final do dia, seis pessoas morreram: uma mulher foi baleada pela polícia do Capitólio, outra morreu de overdose de drogas, três morreram de causas naturais e um agente de segurança faleceu após ser agredido pela turba. Muitos ficaram feridos: quatro policiais cometeram suicídio em até sete meses depois da invasão.

E dois anos depois, em 8 de janeiro de 2023, ocorreu ataque similar ao centro do poder em Brasília – a história se repete como farsa, como dizia Marx, ou como rima, como afirmava Mark Twain.

Referência

Four hours at the Capitol

EUA, 2021, documentário, 92 minutos.

Direção: Jamie Roberts.

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